sábado, 31 de maio de 2008

aberrações exploradas


O circo tem que continuar, e paga-se bem para ver as aberrações humanas. No fundo, para exorcizarmos fantasmas e nos confrontarmos com o pior de nós próprios.

Só que o homem elefante não recebia um chavo nem a organização lhe fretava aviões. Nem era aplaudido pela crítica, recebendo prémios.

De resto, o destroço é o mesmo, e o fim creio ir ser semelhante. Se Amy tivesse voz, não bebesse e não se drogasse andava a cantar no chuveiro e pouco mais. Mas é uma "não-notícia", pelo que vale mais do que uma notícia.

PS: Aldina Duarte e Paulo de Carvalho lançaram discos, esta semana - quantos conseguirão vender? Quantas faixas passarão nas rádios? Quantos minutos de tempo de antena?

5 comentários:

miguel disse...

Querido amigo Mário:

Esta Amy é melhor do que ela própria se pinta. E digo isto, não obstante ter bastas razões para estar despeitado, É que aqui em casa quase me trocaram , no que à admiração diz respeito, por essa inglesinha alcoolizada.

Com efeito tenho que reconhecer que a rapariga é um talento: temos os dois cd's dela e canta muito melhor do que mostrou no rock in rio. Além disso é ela que compõe as canções e escreve as letras. Experimenta fazer uma viagem pela curta obra dela, de espírito aberto, e és capaz de descobrir que a " Amymania" tem alguma razão de ser. Numa fase inicial, pensei exactamente como tu. Depois alterei a minha percepção do fenómeno.

Não sei: a ver vamos o futuro.

abraço

miguel

Mário disse...

Caro Miguel
Em primeiro lugar, um abraço. E um bom domingo.
Vou-te contar uma pequena história, que demosntra a minha ignorância (eu, que me julgo até informado: aqui há uns tempos li uma notícia no jornal de que tinha ardido um pub em Londres, onde vários "famosos" iam, e que uma tal Amy Winehouse pretendia comprar. Para mim, era como se dissessem outro nome qualquer. No dia seguinte, para meu espanto, a tal rapariga "casa do vinho" era apontada como presumível vencedora de não sei quantos prémios. E foi-o.
A curiosidade, embora tenha morto o gato, vence sempre, pelo que "descarreguei" (atenção, ASAE, de um site pago e legal...) a discografia da referida. Detestei. Não entendi como, em termos musicais, de voz, de instrumentos, pudesse ser diferente de outras tantas centenas de milhar. Para pior, talvez.
A seguir comecei a reparar nas notícias - e só depois de a ouvir -da droga, do álcool, de andar semi-nua na auto-estrada, do marido preso ou dela proibida de ir aos Estados Unidos.
Não é, pois, preconceito. É mesmo não gostar!
Mas respeito o gosto dos outros, mantendo embora a pergunta: se não fosse o resto (que nada tem a ver com música), as pessoas fariam este xirivari à volta dela?
Continuo a achar que há qualquer coisa de síndroma do hom,em-elefante...
Abaços
PS: ontem assisti ao concerto dos Bon Jovi - isso sim. Inesquecível!

Anónimo disse...

NOTHING LASTS FOREVER

ou

ALL GOOD THINGS COME TO AN END


..."Não entendi como, em termos musicais, de voz, de instrumentos, pudesse ser diferente de outras tantas centenas de milhar. Para pior, talvez."...

As palavras são tuas e, quer o queiras quer não, o preconceito também, meu caro.

Ninguém de tão genial e verdadeiramente diferente despontou neste género de música nos ultimos anos.
Mas foi sol de pouca dura e como todos os cometas brilhantes, que ela é, já se desintegrou e no Rock in Rio isso foi por demais evidente.

Mas os seus dois CDs e o DVD do concerto no London's Shepherd's Bush Empire ficaram, felizmente, para a posteridade como o registo de uma brilhante mas meteórica carreira de uma grande artista neste mundo cruel.

Love you Amy !

Manuel Teixeira

imaginante disse...

Me diga uma cantora atual que se compare a Amy, ela é a melhor a vida pessoal não importa....

Simone Azevedo disse...

Acho que a Amy não é lá grande coisa, e o que ela faz é ridículo mas não me afeta, então...
Estou cagando e andando pra ela e pra quem ainda perde tempo falando dessa anoréxica pé de cana.