Em 1943, Albert Hoffman, um cientista, ingeriu acidentalmente uma pequena quantidade de um produto químico que estava a investigar para o tratamento das doenças cardíacas. Ao sentir-se "esquisito", Hoffman decidiu explorar a droga mais criteriosamente.
Tomou então 250 microgramas. Como bastam 50 para uma boa "trip", pode imaginar-se o que aconteceu.
Logo a seguir foi a CIA, a interessar-se pelo assunto, já que verificou eficácia, quer nos interrogatórios, quer na "reprogramação" das pessoas quando de lavagens cerebrais - militares, autistas, prisioneiros e doentes mentais foram os primeiros a experimentar o fármaco (obviamente sem o seu consentimento).
Escritores como Aldous Huxley, Ken Kesey, Allen Ginsberg ou William Burroughs tornaram-se utilizadores regulares.
A dietilamida do ácido lisérgico viria a universalizar-se e, ao que se diz, a ser codificada e imortalizada na canção "Lucy in the Sky of Diamonds", dos Beatles.
A droga que faz os consumidores "sairem do seu corpo", dá intensidade aos estímulos (principalmente cor e som), distorce a realidade (embora não mate) e possa causar depressão, ansiedade e dependência, generalizou-se nos anos sessenta.
Albert Hoffman morreu hoje, aos 102 anos de idade - não sabemos se ainda com a trip dos anos quarenta na memória.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário