Muito se fala em "políticas sociais". Pois é, senhores governantes, ponham os olhos no IKEA - mais do que citar a Escandinávia, talvez fazer como ela faz.
Para lá de tudo o que nos dá, em mobiliário de bom gosto, qualidade, prático e barato, o IKEA dá-nos também uma lição do que são "políticas sociais": as funcionárias do IKEA têm direito a mais dois meses de licença de maternidade integralmente pagos, para lá de vários apoios, como a oferta de um enxoval inteiro à nascença.
Claro está que nada disto é inocente, ou seja, o IKEA sabe que funcionários bem tratados trabalham mais e melhor. E que, em consequência, os clientes sentir-se-ão mais agradados e, eles próprios, melhor tratados. E a firma ganhará com isso. Mas há, subjacente a isto tudo, uma opção por "políticas sociais".
O Zé, o Povinho e o outro, não aprendem, infelizmente...
6 comentários:
Todas as empresas, organizações e governos de sucesso sabem disso. O nosso governo acha que o estado deve tratar-se bem a si próprio e o resto...que pague a factura.
Essa política empresarial não é inocente e nem vejo que tenha de ser! As nossas empresas exploram como podem, pagam o que podem, e exigem resultados competitivos e trabalhadores altamente profissionais e briosos (casos destes em call-centers são aos molhos). Esses trabalhadores queixam-se, mas "é o que há, e já é uma sorte ter trabalho tendo em conta como isto anda..."
O IKEA está no diretito de ser exigente como qualquer empresa mas reconhece (ou tenta incutir) o valor dos seus funcionários. Uma reciprocidade que a todos traz vantagens! Não é preciso ser-se grande visionário para se chegar a estas conclusões, mas não nos convém, ou não nos é possível porque, claro está, isto anda muito mal...
Tenho, em casa, a melhor cadeira de baloiço, de todas as que já tive. foi comprada no IKEA.
Isso é, lamentavelmente, discutível. Eu dou 1 mês e meio de férias aos meus colaboradores (mais duas semanas portanto), para além de outro benefícios, e não é por isso que andam mais motivados. Pelo contrário, apanho com cada balde de àgua fria...
Sim, é muito verdade que a má formação humana prevalece muitas vezes sobre a boa vontade e regalias oferecidas pelo patronato. E por isso, infelizmente, também concordo com o Miguel Pais.
Penso que os funcionários de qualquer empresa deveriam ter premios ou comissões, mesmo que esteja ao balcão duma confeitaria. Tb acho que deviam ter uma cursinho de boas maneiras, pois a diferença entre as pessoas que servem cá e noutros países é abissal. Cá dá a impressão de que nos fazem um favor, lá, são simpáticos, prestáveis e informados.
Estou a falar de Inglaterra, onde a amabilidade faz parte do ADN dos funcionários, empregados, chauffeurs de taxi ou polícias. é um gosto falar com eles.
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