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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

arranjem um estupidómetro!

Nem sequer me referirei à estupidez, alarvidade, racismo, xenofobia, ignorância científica, cretinice e outras coisas deste cartaz.

Mas como Cordeiro, insurjo-me contra a utilização da minha figura sem a minha prévia autorização.

Um dia, um fedelho de 45 anos de Cascais (não é este ao lado... este é o líder do PNR) discutiu comigo um jantar inteiro, re-afirmando a sua tese de que os filhos de emigrantes que cometessem todo e qualquer crime, deveriam ser expulsos para os países de origem dos pais, isto para obviar o facto de eles serem... portugueses.

Concordei. Ele ficou admirado, e voltei a afirmar a minha concordância. E dei-lhe então uma série de exemplos: de André Robert Gonçalves Pereira a Nikias Skapiniakis, passando por Calouste Gulbenkian. De André Jordan a Jorge Listopad, além de duas pessoas que connosco jantavam e cujos nomes omito et pour cause. "Não!" - exclamou - "Esses não! Refiro-me aos outros!" A comida alentejana era boa e o vinho também - salvou-se alguma coisa!

PS: se eu fosse finlandês, mandava este escuro e moreno berbére para o deserto, "de onde nunca deveria ter nascido"!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

venha já!


Quinta da Fonte - que belo nome para um condomínio de luxo

Portugal é uma sociedade inter-racial, onde todos se dão bem, porque temos brandos costumes, blá-blá-blá. Aqui estão alguns dos candidatos a esta nova urbanização VIP.

Condomínio
Fechado
Domínio
Cercado
Ignorância
E medo.
Vigilância
E segredo
Vinte e quatro horas.
Na boca o credo
Mais juros de mora
Com patrocínio.
É o que há.

Meus senhores, é entrar
Meus senhores, é entrar
Ainda há muitos T6 para comprar...

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

faces da mesma moeda, ou o Zimbabwe-Rodésia


Morreu Ian Smith, que governou a Rodésia entre 1964 e 1979, primeiro como Governador, depois como Primeiro-Ministro, quando da independência unilateral em 1965. Quinze anos.
Acusado de promover um regime de appartheid, em que a comunidade negra quase não tinha direitos, designadamente o de votar, pressionado internacionalmente, e sujeito a sanções económicas duras, aceitou um governo de coligação "inter-racial" e, em 1980, retirou-se do cargo após eleições que perdeu, para ser, durante sete anos, deputado ao Parlamento do então denominado Zimbabwe. Terminou os seus dias na cidade do Cabo.

A personagem de Ian Smith não se pode desligar de outra: Robert Mugabe. Pois, o mesmo que vem aí dentro de dias (não sei se para montar tenda, como o actual menino-querido dos "ocidentais", Muhamar Kaddafi). O mesmo Mugabe que criticava Ian Smith por ser discricionário, racista e favorecer economicamente certos grupos. O mesmo que assegurava ir levar o seu país ao conforto e à riqueza. O mesmo que, nos anos setenta, criticava Smith por se manter "há demasiado tempo no poder". Vinte e sete anos, leva Mugabe.

Pobre Zimbabwe-Rodésia...

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

ADN e há dias...



Desde os meus tempos da Faculdade que ouvi falar nele. Estudei-o e aprendi a admirar as descobertas de Crick e Watson - a espiral do ADN, que tanta coisa explica (mais ainda do que Freud!).

Mas as declarações recentes de James Watson, são um exemplo de outra descoberta: o princípio de Peter, ou de outra teoria que finalmente se demonstra: ganhar o Prémio Nobel não quer dizer humanismo e inteligência.

O mesmo homem que, há dez anos, afirmou que "uma mulher deveria poder abortar se algum teste mostrasse que o seu filho seria homossexual" ou que "o rastreio genético curaria a estupidez", acaba de dizer que "os africanos são menos inteligentes do que os caucasianos", mostrando-se também contra a mistura de etnias e de populações.

Pobre Watson - ou ele tem razão e é preto, ou não é preto retinto, e (não o sendo efectivamente) é digno de pena.
Fica para a História a sua descoberta. Para os anais da dita (in veru sensu) estas declarações, autênticos monumentos de estupidez - talvez um dia algum geneticista encontre a cura...