terça-feira, 4 de março de 2008
da indústria da relojoaria...
As pessoas geralmente não gostam nada
de ouvir o "tic-tac" dos relógios.
Afligem-se.
Enervam-se.
Irritam-se.
Dizem "Que porcaria de relógios".
e tapam-nos com almofadas,
escondem-nos dentro das gavetas.
Pobres relógios...
Que diriam eles, se os deixassem,
do "tic-tac" das pessoas...
(Imagem: Relógios. Dwight Yoakam)
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2 comentários:
mas os relógios também são objecto de culto. Para mim, são um pouco como os vinhos: susceptiveis das mais incriveis análises e interpretações ( plenas de hermetismo), cheios de categorias e sub-categorias e também uma formidável industria que vem sendo alimentada por especialistas e cultores.
Cá por mim , um relógio é para ver horas. Por isso, que venha o mais barato do mercado. Quanto aos vinhos, que venha aquele que é feito pelo vizinho do amigo do meu sogro.Pode ser uma merda, mas sabe tão bem que às vezes quase me vêem as lágrimas aos olhos ( de prazer).
Estou como tu, Miguel - nem sequer uso relógio.
Em caso de necessidade, espreito no telemóvel ou, na rua, para os automóveis, embora seja cada vez menor o número de carros com relógio "à moda antiga".
Por vezes pergunto as horas, e noto que as pessoas ficam desconfiadas, porque não acreditam que alguém possa andar sem noção do tempo "ao segundo".
Há pessoas que têm dezenas de relógios e gastam fortunas neles - não consigo compreender. Respeito mas acho o maior dos desperdícios...
Quanto aos vinhos, só sei se me sabem bem ou não. Embora me lembre sempre de um filme (French Kiss) em que um enólogo (Kevin Kline)mostrava a uma rapariga (Meg Ryan)o que se pode apreciar num vinho tinto. Espantoso! (e a Meg, por sinal, espantosa nesse filme).
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