Se, por um lado, é capaz há muitos anos de fabricar armas nucleares, pelo outro sucedem coisas que nos deixam deconcertados, porque correspondentes a tradições e práticas medievais e obsoletas.
Relata o El Pais que um "conselho de notáveis" de uma povoação achou que a maneira de saldar uma disputa de clãs, por causa de um burro morto, era o clã responsável pela morte do burro entregar ao outro quinze meninas, à razão de uma por mês, e com idades entre os 3 e os 10 anos.
Assim, de repente, várias coisas me apetecem escrever, mas para além daquelas que não ficam bem num blogue, realço o seguinte:
- o Paquistão ratificou a Convenção sobre os Direitos das Crianças, da ONU;
- entende-se como é difícil a Europa ou os EUA e países afins negociarem ou estabelecerem entendimentos com países onde se passam destas coisas (e não serão excepcionais);
- dizemos mal da SIC ou da TVI, mas se o caso se passasse em Portugal, as televisões estariam lá e o debate aconteceria;
- percebe-se porque é que um sismo violento causa, na Grécia, dois mortos, e nestes países, dezenas de milhar de mortos;
- vale a pena agradecer aos astros termos nascido e vievrmos em Portugal!
domingo, 8 de junho de 2008
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5 comentários:
Totalmente de acordo, Mário. Se entre os diplomatas que desenham as linhas da realpolitik há aqueles que são honestos ( e há concerteza) então deve-lhes ser muito dificil negociar e acordar coisas com esta gente.
É tão bom viver no lado ocidental do mundo...um privilégio.
Arrepiante, a Oriente. Repugnante, a Ocidente. Lembra-me a conversa que tivemos há dias sobre o filme Água (sobre o qual vale a pena ler isto). Beijinhos!
Alguém disse que já era suficientemente bom acordar vivo. E será. Mas a qualidade de vida também conta, e queixamo-nos muito mas somos, a nível mundial (e também, pessoalmente, a nível nacional) uns privilegiados.
Ainda bem que o somos, porque são "privilégios" que todos deveriam ter. Mas não nos esqueçamos disso. E também que alguns desses privilégios se fazem à conta das desigualdades e da exploração de pessoas.
É por isso que o "acordar" de alguns países nos causa tanta apreensão, choques económicos e outras revelações da fragilidade desta teia de aranha.
Boa semana
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Totalmente de acordo, Mário. Se entre os diplomatas que desenham as linhas da realpolitik há aqueles que são honestos ( e há concerteza) então deve-lhes ser muito dificil negociar e acordar coisas com esta gente.
É tão bom viver no lado ocidental do mundo...um privilégio.
MIGUEL NÃO ENCONTREI MELHOR MODO DE FAZER TAMBÉM MINHAS AS TUAS PALAVRAS.
Manuel Teixeira
Regressado de França, digo com toda a convicção: acho que nasci do lado certo do mundo, no tempo em que nasci, e também com privilégios que me deveriam fazer encerrar este Blogue e corar de vergonha...
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