domingo, 8 de junho de 2008

a idade média no século XXI

Se, por um lado, é capaz há muitos anos de fabricar armas nucleares, pelo outro sucedem coisas que nos deixam deconcertados, porque correspondentes a tradições e práticas medievais e obsoletas.

Relata o El Pais que um "conselho de notáveis" de uma povoação achou que a maneira de saldar uma disputa de clãs, por causa de um burro morto, era o clã responsável pela morte do burro entregar ao outro quinze meninas, à razão de uma por mês, e com idades entre os 3 e os 10 anos.

Assim, de repente, várias coisas me apetecem escrever, mas para além daquelas que não ficam bem num blogue, realço o seguinte:
- o Paquistão ratificou a Convenção sobre os Direitos das Crianças, da ONU;
- entende-se como é difícil a Europa ou os EUA e países afins negociarem ou estabelecerem entendimentos com países onde se passam destas coisas (e não serão excepcionais);
- dizemos mal da SIC ou da TVI, mas se o caso se passasse em Portugal, as televisões estariam lá e o debate aconteceria;
- percebe-se porque é que um sismo violento causa, na Grécia, dois mortos, e nestes países, dezenas de milhar de mortos;
- vale a pena agradecer aos astros termos nascido e vievrmos em Portugal!

5 comentários:

miguel disse...

Totalmente de acordo, Mário. Se entre os diplomatas que desenham as linhas da realpolitik há aqueles que são honestos ( e há concerteza) então deve-lhes ser muito dificil negociar e acordar coisas com esta gente.

É tão bom viver no lado ocidental do mundo...um privilégio.

Huckleberry Friend disse...

Arrepiante, a Oriente. Repugnante, a Ocidente. Lembra-me a conversa que tivemos há dias sobre o filme Água (sobre o qual vale a pena ler isto). Beijinhos!

Mário disse...

Alguém disse que já era suficientemente bom acordar vivo. E será. Mas a qualidade de vida também conta, e queixamo-nos muito mas somos, a nível mundial (e também, pessoalmente, a nível nacional) uns privilegiados.
Ainda bem que o somos, porque são "privilégios" que todos deveriam ter. Mas não nos esqueçamos disso. E também que alguns desses privilégios se fazem à conta das desigualdades e da exploração de pessoas.
É por isso que o "acordar" de alguns países nos causa tanta apreensão, choques económicos e outras revelações da fragilidade desta teia de aranha.
Boa semana

Anónimo disse...

COPY/PASTE

Totalmente de acordo, Mário. Se entre os diplomatas que desenham as linhas da realpolitik há aqueles que são honestos ( e há concerteza) então deve-lhes ser muito dificil negociar e acordar coisas com esta gente.

É tão bom viver no lado ocidental do mundo...um privilégio.

MIGUEL NÃO ENCONTREI MELHOR MODO DE FAZER TAMBÉM MINHAS AS TUAS PALAVRAS.

Manuel Teixeira

Mário disse...

Regressado de França, digo com toda a convicção: acho que nasci do lado certo do mundo, no tempo em que nasci, e também com privilégios que me deveriam fazer encerrar este Blogue e corar de vergonha...