"A menina, que viveu no estrangeiro, vai ter de aprender o que é a realidade russa" - afirma Natália, a mãe da criança russa que foi educada em Portugal durante cinco anos, e que foi remetida para a mãe biológica por decisão do Tribunal de Guimarães. A mãe critica a "educação mimada europeia" e diz que isso "vai passar depressa". Num documentário para uma das televisões russas, as últimas cenas são de Alexandra a apanhar umas palmadas e a fazer uma birra. "É da educação que lhe davam, deixavam-na fazer tudo".
Só soube deste caso pela comunicação social, mas gostava de adivinhar o que os juízes de Guimarães têm a dizer sobre o que citei acima, e que consta do JN on-line.
E, já agora, o que é que o camarada Brejnev pensaria do assunto...
5 comentários:
Já li muitos artigos sobre o assunto e há várias versões - como no caso da outra miuda da Sertã - só que aqui muito mais grave porque a miuda vai ficar fora dos olhos portugueses e sob domínio russo - pelos vistos a mãe começou por lhe impôr a educação à russa!!! Será que já lhe dá vodak ao pequeno almoço??
Confrangeram-me os videos na TV.
Só pensava nos meus netos e no que eles sentiriam se fossem separados nestas idades dos pais ( sejam eles quais forem).
O tribunal achou como sempre que a mae já estava em condições de voltar e levar a criança ( era menos uma a chatear a bófia em Portugal), os direitos e sanidade da menina vão às urtigas!!
E as crianças, Senhor, porque lhes dais tanta dor, porque padecem assim? - já dizia o Augusto Gil.
Virgínia
Bom Dia Prof. Mário Cordeiro,
Vinha aqui para retribuir o convite blogosférico e apresentar o GOJOSblogspot.com .
Mas esta história é demasiado incomodativa para nada dizer..
Uma criança não pode ser objecto de estabilidade diplomática entre países, e parece que Portugal é sensível ao abrir de olhos de agentes federais sejam eles de Inglaterra ou da Rússia. Temos classes profissionais cujo trabalho passa pelas crianças e sem aptidão, formação ou apenas emoção para com elas lidarem.
É em simultâneo que assistimos á infantilização geral e à insensibildade de decisores e cuidadores .
Rita T. G- Clara
Olá, Miguel e Rita
Obrigado pela sugestão: vou colocá-la na margem lateral.
Relativamente ao tema, infelizmente,as leis e juízes ponderam pouco o verdadeiro "superior interesse da Criança".
E a facilidade com que as mães largam o filho enquanto se dedicam às suas actividades, sabendo que passados cinco (5!) anos as podem voltar a ter, faz-me pensar que "a carne se vende ou troca". Não sei se teria sido possível ao casal adoptar a criança, provavelmente não porque a mãe biológica nunca deixou ou deixaria, mas esta coisza de aproveitar outros para "guardarem" a criançaq até que fique mais crescida e dê menos trabalho, choca-me.
Estou, como cidadão, solidário com a dor do casal, e perguntou-me até que ponto a mãe russa não "proxenetou" o casal de Guimarães... com eventual dolo.
Adorava também saber o papel nos bastidores que terá tido a Embaixada Russa. A escola do meu filho fica ao lado do edifício da embaixada, e a maneira como "limpam" os desmandos do sfuncionários na piscina e no jardim (desde atirarem água para o recreio até pedregulhos do jardim) é à boa maneira soviética... a matriz é a mesma.
Mas, pelos vistos, tira-se, segundo a mãe biológica, essa "horrível educação ocidental" com duas palmadas russas bem pregadas. E com a cooperação da Justiça portuguesa... (desta vez não falaram Maria Barroso, Eduardo Sá, Clara Sottomayor, Villas-Boas... - estariam ocupadas com o retrato-robot do alegado raptor da Maddy, ou a pensar se Leonor Cipriano teria ou não sido sovada?).
Tal como se fosse mercadoria: "Bem, já terminou a fase da engorda, já está bom para ir para o mercado!" Só que em lugar de um animal, está um ser humano que ainda por cima é uma criança com todas as características de uma criança: vulnerável, sensível, carente, em crescimento (físico e cognitivo), dependente e, acima de tudo, numa fase em que todos os traumas que vivenciar serão inolvidáveis. O Mário é o especialista. Se estiver errado, por favor, corrija-me!
Um abraço!
É completemente surreal... E trite...
Pelo que tenho lido, não me aprece semelhante ao caso da Esmeralda. Além de que, o seguimento,
é totalmente diferente. A Esmeralda foi garantido apoio psicológico e transição, com hipóteses de contacto com a família com que esteve. Aqui, além do degredo para um país estrangeiro cuja língua não fala, os contactos foram suprimidos.
Curioso, também, é ver a posição do Tribunal de Barcelos e a do de Guimarães, nas antípodas: mas será que o superior interesse da Criança tem assim tantas leituras, diametralmente opostas?
Ai a Justiça!!!
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