Já vi. Pensei logo numa professora horrorosa que tive na 3ª classe, já cá em Lisboa. Como eu era uma “retornada” mas, para cada pena dela, era a melhor aluna da turma, o divertimento da infeliz era humilhar-me porque eu só tinha dois pares de calças (aliás, lindas, feitas pela minha Mãe) que usava alternadamente para a minha Mãe poder lavar. Nunca me esqueci dela, da cara amarelada, do aspecto “sebento” e não lavado como os meus dois pares de calças. Desprezo-a também. Veneza: que inveja!
Boa noite, Dr Mário Cordeiro, é com imensa satisfação que visito este espaço, depois de "devorar" as páginas de "O Grande Livro do Bebé" e "O Livro da Criança"! As minhas memórias dos professores que tive são boas, felizmente: lembro-me da minha primeira professora, meiga e com um olhar enternecedor; lembro-me ainda do meu professor de Português do 6ºano, um senhor com um humor perspicaz e com uma paciência infinita...o que será feito dos "meus" professores?! Cumprimentos
Prefiro não pensar nos profs que me hostilizaram ou traumatizarem para recordar outros maravilhosos que me despertaram para a beleza da Matemática (?) no liceu, por meio de motivação, expos e trabalho pessoal, para a História como aquela senhora de Chaves ( mal eu sabia onde ficava) que nos contava a Revolução Francesa como se dum romance se tratasse, a de Português que lia um livro da Enyd Blyton todos os sábados em voz alta...ou outra de Francês que trouxe o disco do Petit Prince para a aula, na bela voz do Gerard Phillipe e La Mer de Debussy, aulas que nunca mais esquecerei. No Faculdade tb tive outros excepcionais como o Monteiro Grilo que leu na primeira aula poemas simbolistas e Florbela Espanca ou o João Flores, que me fez escolher literatura inglesa para finalizar a tese de licenciatura....a Ivette Centeno que tornava Goethe um mundo inatingível e tão belo, etc.etc.
São estes profs que nos marcam....e fazem de nós, no futuro, bons profs também. Espero que alguns alunos se lembrem de mim agora e tenham algumas saudades das aulas que dei.
Felizmente o Prof. Lamy (chamar-lhe "professor" é demais...) foi uma excepção dantesca no quadro de professores, uns mais anódinos, a maioria bons, uns excepcionais. Guardo boas recordações do ensino/aprendizagem, e talvez por isso há 26 anos que dê aulas, sempre com gosto e descobrindo nos alunos - designadamente nos de Medicina, dos quais tantas pessoas dizem mal -, pessoas aptas, responsáveis, imaginativas e trabalhadoras (não os "monstros acéfalos e marrões" de que tanto se fala).
Só mais um comentário. O Gloria de Vivaldi leva-me aos píncaros...ouvi-lo seja onde for eleva-nos a moral e dá-nos força para acreditar que há realmente momentos maravilhosos de plenitude...mesmo quando estamos sozinhos.
O Porto visto do ar tb é espectacular...só rio e mar tudo numa simbiose de azul e espuma branca...
5 comentários:
Já vi. Pensei logo numa professora horrorosa que tive na 3ª classe, já cá em Lisboa. Como eu era uma “retornada” mas, para cada pena dela, era a melhor aluna da turma, o divertimento da infeliz era humilhar-me porque eu só tinha dois pares de calças (aliás, lindas, feitas pela minha Mãe) que usava alternadamente para a minha Mãe poder lavar. Nunca me esqueci dela, da cara amarelada, do aspecto “sebento” e não lavado como os meus dois pares de calças. Desprezo-a também.
Veneza: que inveja!
Boa noite, Dr Mário Cordeiro, é com imensa satisfação que visito este espaço, depois de "devorar" as páginas de "O Grande Livro do Bebé" e "O Livro da Criança"!
As minhas memórias dos professores que tive são boas, felizmente: lembro-me da minha primeira professora, meiga e com um olhar enternecedor; lembro-me ainda do meu professor de Português do 6ºano, um senhor com um humor perspicaz e com uma paciência infinita...o que será feito dos "meus" professores?!
Cumprimentos
Prefiro não pensar nos profs que me hostilizaram ou traumatizarem para recordar outros maravilhosos que me despertaram para a beleza da Matemática (?) no liceu, por meio de motivação, expos e trabalho pessoal, para a História como aquela senhora de Chaves ( mal eu sabia onde ficava) que nos contava a Revolução Francesa como se dum romance se tratasse, a de Português que lia um livro da Enyd Blyton todos os sábados em voz alta...ou outra de Francês que trouxe o disco do Petit Prince para a aula, na bela voz do Gerard Phillipe e La Mer de Debussy, aulas que nunca mais esquecerei.
No Faculdade tb tive outros excepcionais como o Monteiro Grilo que leu na primeira aula poemas simbolistas e Florbela Espanca ou o João Flores, que me fez escolher literatura inglesa para finalizar a tese de licenciatura....a Ivette Centeno que tornava Goethe um mundo inatingível e tão belo, etc.etc.
São estes profs que nos marcam....e fazem de nós, no futuro, bons profs também. Espero que alguns alunos se lembrem de mim agora e tenham algumas saudades das aulas que dei.
Bjo
Virgínia
Felizmente o Prof. Lamy (chamar-lhe "professor" é demais...) foi uma excepção dantesca no quadro de professores, uns mais anódinos, a maioria bons, uns excepcionais.
Guardo boas recordações do ensino/aprendizagem, e talvez por isso há 26 anos que dê aulas, sempre com gosto e descobrindo nos alunos - designadamente nos de Medicina, dos quais tantas pessoas dizem mal -, pessoas aptas, responsáveis, imaginativas e trabalhadoras (não os "monstros acéfalos e marrões" de que tanto se fala).
Só mais um comentário. O Gloria de Vivaldi leva-me aos píncaros...ouvi-lo seja onde for eleva-nos a moral e dá-nos força para acreditar que há realmente momentos maravilhosos de plenitude...mesmo quando estamos sozinhos.
O Porto visto do ar tb é espectacular...só rio e mar tudo numa simbiose de azul e espuma branca...
Virgínia
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