segunda-feira, 14 de setembro de 2009

começam as aulas!



O que nos espera o Ano Lectivo que hoje começa? Ainda acredito que nos traga sintonia e um máximo denominador comum entre governo, oposição, professores, outros agentes da Escola, pais e estudantes.

Três anos a discutir avaliações e avaliações e avaliações, cansa. Senhores responsáveis: chega! Estamos fartos. Unam-se primeiro no que vos une, e depois, então, vão jantar bem e debater o que vos divide.

10 comentários:

Miguel disse...

Pois, mas vai ser difícil. Quando temos sindicatos que não passam de satélites de partidos políticos e cuja preocupação é garantir determinados resultados eleitorais dos partidos rivais (sim, o dirigente do sindicatos dos professores - Mário dos bigodes - já afirmou que não vai permitir maiorias absolutas).
Qual a finalidade de manifestações em vésperas eleitorais: quem está no Governo nada pode fazer e quem for para o Governo não deve cumprir o que foi imposto aos gritos.
Concordo com o direito à manifestação, mas isto de nos quererem tratar por ovelhas que andam ao som do “pau” é muito mau.
Parabéns Mário, o Benfica lá vai marcando (aos pequenos, claro)

Virginia disse...

Duvido muito que haja consensos com Sócrates no governo. Mesmo que a nova ministra ou ministro queira reparar o mal, este já está feito e foi muito profundo. Metade das minhas colegas - da minha geração e mais novas - pediu ou anseia pela reforma, não tem interesse em continuar, quer libertar-se do jugo imposto pela MLR, está farta de passar horas na Escola sem nada fazer, passar alunos sem saberem nada .

Hoje vem uma artigo no I, que fala de Espanha e diz que o facilitismo e governos socialistas levaram o país aos 18% de desmprego e a uma descida em termos económicos que assusta. Aqui querem fazer a mesma coisa. Dar canudos, sem se conseguir ver futuro através deles é uma fraude.
Os bons fogem para o estrangeiro - vide colegas dos meus filhos já formados - outros ficam por cá com vencimentos de 1000 euros que não dá para consituir família, nem ter casa.
O meu neto já diz que quando crescer não quer casar, nem sair de casa, como os tios Zé e Luisa que vivem com a Avó ( eu).

A Escola tem de ser dinamizada, transformada, a excelencia de alguns alunos tem de ser reconhecida e puxada. Dão tanto o Obama como exemplo, mas na América, a competição nas escolas é determinante e os alunos bons são compensados com bolsas e incentivos. Aqui é paninhos quentes para que os meninos não reprovem, coitadinhos....alunos que não querem trabalhar, que são uns zeros totais, que se lixam para o futuro, para o esforço dos pais e dos profs.
Reconheço que há profs que não estão à altura - sobretudo os da geração pos 25 Abril, que passaram administrativamente e que nunca se esforçaram muito por melhorar.

Quanto aos sindicatos, não teriam o apoio dos profs ( como não tiveram durante anos e anos), se não houvesse um mal estar geral e justificado.

Virgínia

Virginia disse...

Só mais um pormenor.
Quando a educação é vista como estatística e o professor é um entrave ao nosso show-off na Europa , mesmo com um bom jantar, a coisa não se resolve.

Só se promoverem o Liedson a Ministro da Educação ( :))))

Paulo disse...

Podemos dizer o mal que quisermos da Ministra da Educação e de todos os outros ministros. É fácil. Mas o importante seria não esquecermos a realidade. Eu, que até gosto de queijo e sinto-me à vontade para criticar, porque faço-o muitas vezes, Não esqueço que a Manuela Ferreira Leite foi Ministra da Educação (e péssima, diga-se de passagem) e foi ela que, entre outras coisas, como Ministra das Finanças (com a pasta da Administração Pública), em Abril de 2002, logo um mês depois de tomar posse, deu 15 dias a todos os serviços para fazerem o levantamento dos falsos recibos verdes (alguns com muitos anos de casa) e, depois, com grande frieza e facilidade despediu todos. Estes, nem fundo do desemprego tiveram (vejam a RCM 97/2002).
Recordo ainda que, foi a Manuela Ferreira Leite que impôs na Administração Pública os princípios da avaliação de desempenho dos funcionários públicos que hoje todos criticam e que são os criticados pelos professores, designadamente, as quotas para os melhores desempenhos. Se alguém se esqueceu veja a Lei 10/2004.
Não gosto da Maria de Lurdes Rodrigues, mas não posso deixar de dizer que ela foi a primeira pessoa que com a pasta da educação em Portugal decidiu olhar para as bases do ensino e reformar o 1º ciclo. O inglês, a informática, a ginástica … lembram-se? Com os professores errou. Errou, não por querer efectivamente avaliar os professores, mas por não ter habilidade para conduzir o processo.

Virginia disse...

Em que é que a Manuela Ferreira Leite foi péssima como M.E? Será porque obrigou os alunos com posses a pagar propinas ou porque instituiu exames do 12º ano que naõ existiam?
O facilitismo não leva a lado nenhum...
Como Ministra das Finanças só sei que manteve Portugal na corrida aos fundos europeus e que, sem ela e as suas medidas, teríamos perdido por causa do Governo Guterres milhões de euros que vieram depois e beneficiaram o governo de Sócrates, inclusivé. Também como Ministra das Finanças, combateu a fraude fiscal como nenhum outro ministro tinha até então conseguido. A cegueira partidária - ou o medo de perder - leva a que as pessoas comam mais queijo e esqueçam a realidade, misturando-a com a ficção ou o wishful thinking.

zé disse...

A minha mulher fo colocada com 22h e rejubilo com a possibilidade de preogredir na carreira. Apresentou-se na escola e havia três horários para 4 professores. E só dois dos horários eram de 22 horas. E agora, quem é o responsável? Esperemos que seja um caso isolado porque a começar assim...

Virginia disse...

Pois é, Zé, mas o 1º Ministro continua a mentir e a dizer com aquele sorrizinho sonso que tudo corre nos melhores dos mundos e que ser pessimista não leva a lado nenhum...felicidades para a tua mulher, oxalá seja uma das duas que tem horário completo. E pode ser que consiga horário por meio de aulas de apoio ou outras actividades necessárias na escola. Por vezes há golpes de sorte...

zé disse...

Obrigado, Virgínia!:)
Mas sendo o erro do ministério ou de outra entidade qualquer, ela não pode ser prejudicada! Foi-lhe atribuído um horário de 22 horas e terá de contar como tal para tempo de serviço. Se houver algum problema, é logo tardes da Júlia para cima!:)

Virginia disse...

Reclama...foi o que fiz no ano de 1975 em que me não queriam a dar aulas na Sertã, ao pé do meu marido que era juiz e me mandaram para a Figueira da Foz como efectiva. Tive de ir falar com o Secretário de Estado da Educação que descobriu (?) que eu estava habilitada a dar Português - a par do Alemão e Inglês - e me abriu um horário completo com Portigues e Inglês. Se lá não tivesse ido, iria para a FF.....:)

Queixa-te e faz valer os direitos dela!

disse...

Ah pode crer, Virgínia!
Façam como entenderem! Agora as 22 horas terão de ser contabilizadas para tempo de serviço!
Obrigado pelos conselhos!:)