segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Vê como o verão

Vê como o verão
subitamente
se faz água no teu peito,

e a noite se faz barco,

e minha mão marinheiro.




Eugénio de Andrade

6 comentários:

Virginia disse...

Se este fosse um poema teu tinha um quadro maravilhoso para o acompanhar...se quiseres mando-to. Limpidez e imagens tácteis numas linhas sinples e concisas.

Obrigada

Mário disse...

Quem dera - é Eugénio de Andrade, um dos Maiores.
Mas tenho um que poderá servir...
Vou procurá-lo.

Mário disse...

Parte, leve escuna

Parte, leve escuna
Rumo ao mar
Ouve o vento a soprar
E sobe o estai
Leva contigo a espuma
Densa que ficou
Leva contigo minha alma
E o que restou
Deste dia que passou
E não vem mais.

Virginia disse...

Lindo, mano.

Continua...it's music for my ears...and the rest is silence.

Anónimo disse...

Mais um lindo poema!

Mário disse...

Mano
Não esquecerei as idas a Sagres ou ao Alvor. Não era à vela, mas era.

Virgínia
Que fazer quando as palavras se intrometem na cabeça?