Todas as mudanças de registo causam inquietação. A saída dos norte-americanos do Iraque vai levar a muitos efeitos colaterais e fica a dúvida se, com o que se pasou até agora e com o que se pode vir a passar, se o Iraque é um melhor lugar para se viver (a democracia iraquiana sem a presença de tropas estrangeiras vai ser - espero estar enganado - um regime muito semelhante ao anterior, e perante a violência o governo vai endurecer e reforçar o componente ditatorial).
Um aspecto particular tem a ver com os milhares de presos, muitos deles confiados ao exército dos EUA. Com a saída deste, passam para as mãos dos iraquianos. Ora, enquanto os EUA não praticam livremente a tortura (reconheçamos que casos como os de Guantanamo ou Abu-Ghraib são uma minoria), a lei iraquiana não a exclui. A Aministia Internacional prevê o pior. A culpa não é de Obama, mas de uma invasão feita à pressa, com pretextos falsos e, para lá de todas as motivações, muito mal organizada. Os estilhaços de George W Bush estão em todo o lado e perpetuam-se...
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