Em 1943, Albert Hoffman, um cientista, ingeriu acidentalmente uma pequena quantidade de um produto químico que estava a investigar para o tratamento das doenças cardíacas. Ao sentir-se "esquisito", Hoffman decidiu explorar a droga mais criteriosamente.
Tomou então 250 microgramas. Como bastam 50 para uma boa "trip", pode imaginar-se o que aconteceu.
Logo a seguir foi a CIA, a interessar-se pelo assunto, já que verificou eficácia, quer nos interrogatórios, quer na "reprogramação" das pessoas quando de lavagens cerebrais - militares, autistas, prisioneiros e doentes mentais foram os primeiros a experimentar o fármaco (obviamente sem o seu consentimento).
Escritores como Aldous Huxley, Ken Kesey, Allen Ginsberg ou William Burroughs tornaram-se utilizadores regulares.
A dietilamida do ácido lisérgico viria a universalizar-se e, ao que se diz, a ser codificada e imortalizada na canção "Lucy in the Sky of Diamonds", dos Beatles.
A droga que faz os consumidores "sairem do seu corpo", dá intensidade aos estímulos (principalmente cor e som), distorce a realidade (embora não mate) e possa causar depressão, ansiedade e dependência, generalizou-se nos anos sessenta.
Albert Hoffman morreu hoje, aos 102 anos de idade - não sabemos se ainda com a trip dos anos quarenta na memória.
quarta-feira, 30 de abril de 2008
sexta-feira, 25 de abril de 2008
0.00h
quinta-feira, 24 de abril de 2008
22h55m
Boa Noite
Podem ouvir "E depois do adeus" nos Emissores Associados de Lisboa.
São 22 horas e 55 minutos do dia 24 de Abril de 1974.
Podem ouvir "E depois do adeus" nos Emissores Associados de Lisboa.
São 22 horas e 55 minutos do dia 24 de Abril de 1974.
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor
O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor (esta segunda parte é, geralmente, esquecida) começou a ser celebrado no dia 7 de Outubro de 1926, na Catalunha, em comemoração ao nascimento de Miguel de Cervantes. A partir de 1930, a data da celebração foi trocada para o dia 23 de Abril, dia de São Jorge, (supostamente também o dia da morte de Cervantes e de William Shakespeare, o que parece não ser totalmente exacto), tendo em vista que o tempo, na Primavera, seria mais favorável às acções de rua. A UNESCO adoptou o Dia, juntando-lhe também os Direitos de Autor.
Só uma palavra: Vivam os Livros, Vivam os Autores. E uma palavra para Gutenberg, que inventou a maneira de os imprimir e, assim, os universalizar.
Pessoalmente acredito que a maioria das pessoas tem muitos livros por escrever, dentro da cabeça, e que só é preciso encontrar vontade, tempo e dedicação para encontrar a chave, deixar fluir as ideias e arrumá-las com rigor e com prazer, dando-lhes corpo - o Livro.
Na Catalunha, no dia 23 de Abril, os homens oferecem à mulher uma rosa e elas, a eles, um livro.
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terça-feira, 22 de abril de 2008
22 de Abril - dia da Terra
Dia da Terra. Vale a pena relembrar a mensagem de "o Planeta dos Macacos": a comunicação demasiado célere e a saída dos horizontes pode ser uma armadilha. Já o filme "A Vila" girava à volta do mesmo tema: até onde pode ir uma sociedade que defende a segurança e o bem-estar sem questionar, à custa de mitos e medos.
Haverá alternativa, entre o obscurantismo (mesmo que bem intencionado) e a auto-destruição? Será que Ícaro fez bem em tentar voar, mesmo que correndo o risco de derreter a cera que colava as suas asas?
Provavelmente é apenas uma questão de fé: optimismo ou pessimismo intrínseco. E de prática...
sexta-feira, 18 de abril de 2008
ventos de liberdade
Assim como se deve execrar e contestar o regime cubano, no estilo Fidel e no que tem de atentado à dignidade humana e ao desenvolvimento, também há que aplaudir as medidas que, actualmente, estão a ser tomadas no sentido de libertar a sociedade e os cubanos.
Mesmo que sejam tímidas e até susceptíveis de dúvida quanto ao "algo mude para que tudo fique na mesma", é de saudar o que, para milhares de cubanos, representa um substancial aumento dos graus de liberdade.
Chegou provavelmente a altura de o próximo presidente dos EUA acabar com o embargo, e assim Cuba evoluir no sentido da democracia e poder voltar a fazer História.
Mesmo que sejam tímidas e até susceptíveis de dúvida quanto ao "algo mude para que tudo fique na mesma", é de saudar o que, para milhares de cubanos, representa um substancial aumento dos graus de liberdade.
Chegou provavelmente a altura de o próximo presidente dos EUA acabar com o embargo, e assim Cuba evoluir no sentido da democracia e poder voltar a fazer História.
quinta-feira, 17 de abril de 2008
a nova lei do divórcio
Foi ontem aprovada no Parlamento a Lei do Divórcio, que ainda descerá ao debate na especialidade.
Não conheço todos os pormenores, mas alguns aspectos conceptuais veiculados pela comunicação social parecem-me importantes, e representam um passo muito grande na evolução social e humana. Refiro cinco:
1. em primeiro lugar, a protecção dos filhos, incriminando quem faltar aos deveres assumidos quando do divórcio (geralmente o homem);
2. depois, o fim das situações em que um dos cônjuges (geralmente a mulher) passa a viver à custa do outro, através de pensões de alimentos que constituem razão bastante para não trabalhar e gozar a vida, com o argumento espúrio, agora rejeitado, de que "teria que manter o mesmo padrão de vida anterior". Quantos casos existem em que o cônjuge beneficiado passa a viver bem acima dos standards do cônjuge que paga a pensão;
3. a obrigação de cada ex-cônjuge de prover à sua subsistência, e não pensar que pode ficar a viver à custa do outro, geralmente através de um negócio "por baixo da mesa" que tem a ver com as impropriamente chamadas "visitas dos filhos" (como se um filho "visitasse" o pai);
4. o conceito de "crédito" que o ex-cônjuge que contribuíu para a casa em regime solitário (como por vezes acontece) passa a ter, na partilha de bens. Quantas vezes só um trabalha mas os bens ficam registados em nome dos dois, sendo depois repartidos meio a meio;
5. a eliminação da "culpa" de um assunto que nada tem a ver com julgamentos morais ou juízos de valor.
Voltarei a este tema, que pela sua importância e pertinência justifica mais debate, mas uma coisa é certa: as crianças precisam e merecem ter pai e mãe, e o divórcio de um homem e de uma mulher não deve ser lido, nunca, como o divórcio dos pais, porque estes continuam a sê-lo, para sempre, mesmo que separar as duas coisas seja por vezes muito difícil.
Não conheço todos os pormenores, mas alguns aspectos conceptuais veiculados pela comunicação social parecem-me importantes, e representam um passo muito grande na evolução social e humana. Refiro cinco:
1. em primeiro lugar, a protecção dos filhos, incriminando quem faltar aos deveres assumidos quando do divórcio (geralmente o homem);
2. depois, o fim das situações em que um dos cônjuges (geralmente a mulher) passa a viver à custa do outro, através de pensões de alimentos que constituem razão bastante para não trabalhar e gozar a vida, com o argumento espúrio, agora rejeitado, de que "teria que manter o mesmo padrão de vida anterior". Quantos casos existem em que o cônjuge beneficiado passa a viver bem acima dos standards do cônjuge que paga a pensão;
3. a obrigação de cada ex-cônjuge de prover à sua subsistência, e não pensar que pode ficar a viver à custa do outro, geralmente através de um negócio "por baixo da mesa" que tem a ver com as impropriamente chamadas "visitas dos filhos" (como se um filho "visitasse" o pai);
4. o conceito de "crédito" que o ex-cônjuge que contribuíu para a casa em regime solitário (como por vezes acontece) passa a ter, na partilha de bens. Quantas vezes só um trabalha mas os bens ficam registados em nome dos dois, sendo depois repartidos meio a meio;
5. a eliminação da "culpa" de um assunto que nada tem a ver com julgamentos morais ou juízos de valor.
Voltarei a este tema, que pela sua importância e pertinência justifica mais debate, mas uma coisa é certa: as crianças precisam e merecem ter pai e mãe, e o divórcio de um homem e de uma mulher não deve ser lido, nunca, como o divórcio dos pais, porque estes continuam a sê-lo, para sempre, mesmo que separar as duas coisas seja por vezes muito difícil.
segunda-feira, 14 de abril de 2008
símbolo
A 14 de Abril de 1912 afundava-se o Titanic.
Não foi o primeiro nem o último navio a desaparecer nas entranhas do mar. Mas foi, pelo menos até agora, o mais simbólico.
A palavra Titanic acabou por significar ousadia, desafio aos deuses, arrogância, negligência, interesses económicos postos acima da segurança das pessoas, azar, força da natureza, actos de coragem, actos de cobardia - dentro de nós existem, ao longo da vida, alguns Titanics.
Se somos como um dos donos da empresa, que se mascarou de mulher para poder saltar para um dos escassos botes de salvação, se somos como a orquestra, que tocou até ser devorada pelas ondas, cada um saberá... porventura...
Não foi o primeiro nem o último navio a desaparecer nas entranhas do mar. Mas foi, pelo menos até agora, o mais simbólico.
A palavra Titanic acabou por significar ousadia, desafio aos deuses, arrogância, negligência, interesses económicos postos acima da segurança das pessoas, azar, força da natureza, actos de coragem, actos de cobardia - dentro de nós existem, ao longo da vida, alguns Titanics.
Se somos como um dos donos da empresa, que se mascarou de mulher para poder saltar para um dos escassos botes de salvação, se somos como a orquestra, que tocou até ser devorada pelas ondas, cada um saberá... porventura...
quarta-feira, 9 de abril de 2008
bodas de ouro da esfregona
Na comemoração da Bodas de ouro da Esfregona (1958 - Emílio Bellvis Montesano), não posso deixar de sugerir que juntem os "Ódios de estimação 1, 2 e 3" e convidem o Fernando Mendes para a apresentação do novo modelo de esfregonas, cuja finalidade principal é: Limpar (????) URINÓIS...!!!!!
Bjs Milene
Enviado por Milene Costa
terça-feira, 8 de abril de 2008
pai babado
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Dia Mundial da Saúde 2008
sexta-feira, 4 de abril de 2008
atira primeiro e pergunta depois...
O procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, afirmou ontem, em declarações reproduzidas pelo site Portugal Diário, ter "elementos seguros" que provam que "há alunos que levam pistolas de 6,5 e 9 mm para as escolas". - está no DN de hoje.
Havia uma canção (?!) em 1975, que rezava qualquer coisa como isto:
"O patrão
É um balão
Pega numa faca
E fura-lhe a barriga".
Sâo os déja vues de um país que teima em ser, em aguns aspectos, mais que sub-sahariano...
quinta-feira, 3 de abril de 2008
cinquenta anos de humor hilariante
Faz hoje 50 anos que Humapá-pá deu a cara pela primeira vez, o índio mais simpático e bravo das redondezas, eternamente acompanhado pelo seu amigo e Cara-Pálida, Humberto da Massa Folhada.
É talvez das bandas desenhadas mais engraçadas. Contagiosamente hilariante. Desopilante. Acompanhadas de pemmican (carne de bisonte seca e moída com gordura de bisonte, tutano de urso e de veado, servida fria) e em guerra com a tribo dos pés-chatos.
Re-editada há dois anos, a colecção de Humpá-pá até trazia quadradinhos que parecem dedicados a políticos portugueses, como o que fica aqui ao lado...
Parabéns Humpá-pá. E a quem não o conhece, recomendo vivamente que compre um album e se delicie.
"Mas sempre que precisam de um pedacinho de carne, matam um bisonte?"". "O irmão Bisonte não nos daria carne de outra maneira..."
"Humpa-pá é meu irmão!". "A senhora Marquesa, Vossa Mãe, terá uma grande surpresa!"
É talvez das bandas desenhadas mais engraçadas. Contagiosamente hilariante. Desopilante. Acompanhadas de pemmican (carne de bisonte seca e moída com gordura de bisonte, tutano de urso e de veado, servida fria) e em guerra com a tribo dos pés-chatos.
Re-editada há dois anos, a colecção de Humpá-pá até trazia quadradinhos que parecem dedicados a políticos portugueses, como o que fica aqui ao lado...
Parabéns Humpá-pá. E a quem não o conhece, recomendo vivamente que compre um album e se delicie.
"Mas sempre que precisam de um pedacinho de carne, matam um bisonte?"". "O irmão Bisonte não nos daria carne de outra maneira..."
"Humpa-pá é meu irmão!". "A senhora Marquesa, Vossa Mãe, terá uma grande surpresa!"
quarta-feira, 2 de abril de 2008
um tigre, dois tigres, três tigres
Guilherme Silva, apelidado por Jaime Gama de "reles canalha", vem dizer que Gama tem uma invejável "honestidade intelectual". Gama, por sua vez, sendo o mesmo que comparou Alberto João Jardim ao terrível ditador Bokassa, vem agora elogiá-lo pela sua postura de "democrata, responsável pelo progresso".
Portanto: se Guilherme Silva mentiu, como seria normal num "reles canalha", Gama não é honesto intelectualmente, o que deixa em aberto se estava a sê-lo quando chamou a Jardim, Bokassa, ou se agora que lhe chama democrata. As duas coisas poderão ser se Gama, efectivamente for MUITO intelectualmente desonesto, mas aí não teria razão ao apelidar Guilherme Silva de reles canalha.
Então, não sendo Silva um reles canalha, disse a verdade: Jaime Gama é intelectualmente honesto. E se sim, Gama tem razão quando chama a Jardim, Bokassa (ou democrata?) e a ´Silva "um reles canalha", o que fecha o círculo e completa o paradoxo.
A minha última questão é: por que é que eu e tantas outras pessos acabamos por perder tempo com dislates desta natureza, e por que é que eles ocupam tanto espaço na nossa comunicação social?
Se calhar porque os políticos, a comunicação e o público (ou parte deles) não passam de reles canalhas, Bokassas e intelectualmetne desonestos...
Portanto: se Guilherme Silva mentiu, como seria normal num "reles canalha", Gama não é honesto intelectualmente, o que deixa em aberto se estava a sê-lo quando chamou a Jardim, Bokassa, ou se agora que lhe chama democrata. As duas coisas poderão ser se Gama, efectivamente for MUITO intelectualmente desonesto, mas aí não teria razão ao apelidar Guilherme Silva de reles canalha.
Então, não sendo Silva um reles canalha, disse a verdade: Jaime Gama é intelectualmente honesto. E se sim, Gama tem razão quando chama a Jardim, Bokassa (ou democrata?) e a ´Silva "um reles canalha", o que fecha o círculo e completa o paradoxo.
A minha última questão é: por que é que eu e tantas outras pessos acabamos por perder tempo com dislates desta natureza, e por que é que eles ocupam tanto espaço na nossa comunicação social?
Se calhar porque os políticos, a comunicação e o público (ou parte deles) não passam de reles canalhas, Bokassas e intelectualmetne desonestos...
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terça-feira, 1 de abril de 2008
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