sexta-feira, 11 de setembro de 2009

o dia em que o mundo parou... mas mudou?



Oito anos. Mas depois veio o Afeganistão e o Iraque, cada um mais mergulhado no pântano, em cada dia que passa. E a Al Qaeda move-se com facilidade, Bin Laden continua a monte e os talibãs recuperam terreno com espantosa facilidade - a contagem eleitoral em Cabul vai demorar meses (leram bem: meses). Saddam caíu, mas o caos substituíu-o.

O que teria sido se fosse Obama o presidente, nesse dia fatídico?

Curiosidade: Donald Rumsfeld era secretário de Estado da Defesa, e agora é o principal accionista da empresa que produz Tamiflu...

5 comentários:

Miguel e Rita Clara disse...

Talvez o mundo seja governado por Obsessivos compulsivos, vamos lavando as mãos com desinfectantes como se assim se lavassem almas...
Nesse dia estávamos a comprar material escolar num grande superfície, sem nada saber. Encontrámos uns Amigos (daqueles bons e a sério) e ao despedirmo-nos reparámos nos ajuntamentos de pessoas que fixavam televisões. Habitualmente seria futebol e por isso seguimos sem parar. Ainda não tínhamos entrado no carro e os nossos Amigos ligaram a contar o que se passava em directo. Voltámos atrás e vimos em directo a 2ª Torre a ser atacada. Não fazia sentido. Juntámos as crianças e recolhemo-nos em casa com os tais Amigos e as crianças deles, confesso que ponderámos como encarar o caos de uma guerra alastrada.
Passados uns dias o meu filho mais velho viu um Afegão a entrar nma mesquita perto da nossa casa da altura e começou a gritar: - Pai Pai está ali o Bin Laden, é ele é ele mesmo!!!
Falei de traços identitários de marcas e simbolos de várias culturas e religiões, a sua única questão foi: - Comoo é que nós mostrar ao mundo que somos Cristãos?
....
Lavando as Mãos?...

Virginia disse...

Vi tudo em directo pela TV nesse malogrado momento em que o primiero avião cruzou e embateu...estava ao telefone com o meu filho João e parei de falar...fiquei gaga.
Já estive no local duas vezes. Impressiona a cratera e o facto de esse buraco imenso corresponder à incapacidade de lhe dar resposta. Mereciam tal sorte?
Não, ninguém merece morrer assim, nem mesmo os eleitores de Bush.

Mário disse...

Estava no Baleal, à conversa na rua, com um dia cinzento e frio, e um amigo que tinha uma casa ali chamou-nos a dizer que estavam aq cair aviões em Nova Iorque. Achei que estava a gozar, mas percebi depois que não. Quando vi, corri rua acima, para cada da minha amiga Dulha, que ma tinha alugado, e contei à minha Mãe o que se estava a passar.
Ficámos pregados à TV, e lembro-me da indignação da minha Mãe, ao ver uma mulher palestiniana a festejar o ataque, filmada pelas televisões e transmitida "n" vezes, enquanto se iam sabendo mais notícias e as torres desabavam.
Vi-as em 1993, e guardo a fotografia que tirei. Eram bem bonitas, mas não tanto como as vidas dos que morreram. Americanos e de outros países. Nas Torres e nos aviões. Simplesmente pessoas.

Mário disse...

A minha filha FIlipa estava na Turquia, nesse dia, e o meu receio foi grande, quando pensei que as coisas poderiam alastrar e envolver um aumento de violência no Médio Oriente.

zé disse...

Eu, nesse momento, conduzia a carrinha da empresa de ar condicionado em que trabalhava e onde andava com o rádio sintonizado na antena 1. Ouvi a notícia e parei num semáforo... verde... Melhor do que não parar num vermelho...
Não me parece que o mundo tenha mudado. Antes parece ter crescido o caos político internacional com mais conspirações e mentiras em redor de factos que não são factos...
Enfim, mantenhamos a chama da esperança acesa...