quarta-feira, 1 de setembro de 2010

a queda de um avião


Depois da queda do ultraleve em Óbidos, que causou a morte de duas pessoas, vêm os "diagnósticos". Segundo pessoas do Aeroclube, o proprietário tinha procedido a intensas alterações estruturais no avião, incluindo colocar um motor muito mais potente. "Um perigo!". Outros dizem que o piloto tinha muito pouca experiência de voo e que tinha tirado o brevet em Espanha, não tendo equivalência portuguesa do mesmo. "Adivinharam logo o que ia acontecer". Muitas opiniões, todas no mesmo sentido: "Eu já tinha dito. Eu vi logo. Era óbvio".

A ser assim, é lamentável que o Aeroclube tenha autorizado a partida do avião que, ao que sei, não levanta voo só por si mas dependendo da permissão das autoridades que regulam o tráfego aéreo. Se, realmente, o perigo era iminente, custava muito ter dito "não!" à descolagem? Como leigo, não sei, mas gostava que alguém me esclarecesse.

2 comentários:

Virginia disse...

Estas quedas são mais frequentes do que seria de prever. O maior amigo do meu filho João, um cientista argentino-americano brilhante,com mulher e dois filhos, saiu aqui daqui d0 Porto no dia 29 de Junho de 2008, voou para os EU num comercial e foi buscar a sua avioneta particular para se deslocar para Cornell, onde vivia. Não se sabe como, o avião caiu e ele faleceu com 49 anos de idade. Dois dias antes, tinha cozinhado o meu jantar de anos com outra amiga do meu filho aqui em casa dele, eu já o conhecia de Itaca e gostava imenso dele.

O João herdou todo o seu espólio cientifico, tendo tido que organizar todo o seu trabalho que era imenso.
Foi assim....algo impensado e impensável.

Os filhos já tem 11 e 14 anos, mas nunca esquecerão.Nem a mulher.

miguel disse...

Tenho um primo piloto destas máquinas. O irmão também já o foi. Voei com ambos. O primeiro já deu um tombo que o ia matando e o deixou "todo partido". "Erro meu" - garantiu-me.

Um avião é igual qualquer que seja o tamanho o o tipo de propulsão. No entanto os chamados " comerciais" têm computadores tantos quanto as funções a desempenhar. Estes mais pequenos são como " obras-primas" da manufactura. O que é certo é que caem com regularidade.

Só uma achega: basta uma curva " à maluca" e a baixa altitude para que o piloto nem tenha tempo de reagir- o avião perde sustentabilidade. Há alguns que o fazem...depois queixam-se ( se sobreviverem)