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sábado, 11 de outubro de 2008

enigma...

Confesso que não morria de amores pela personagem de Paulo Teixeira Pinto (PTP). Não apenas por ser porta-voz do governo de Cavaco Silva e eu não gostar do governo de Cavaco Silva, mas por pertencer à Opus Dei, organização que (como a Maçonaria) me bulem com o sistema nervoso.

Assisti, como os portugueses em geral, às peripécias do BCP e de Jardim Gonçalves, e aí pensei: "Estava certo É mais um." E quando PTP saíu do BCP com uma choruda reforma, as minhas "certezas" foram ainda maiores.

No Verão pude ler uma entrevista, creio que ao Expresso (se não foi, que me perdoe a revista onde a deu). E pude adivinhar certas entrelinhas. Depois o abandono do Banco e da Opus. E a dedicação à pintura e à poesia. E o que tem dito e escrito.

Não comprei ainda o livro LVXXXI, mas vou fazê-lo. E se o vou, assim às escuras, é porque PTP tem-se-me revelado. De acto em acto, de gesto em gesto, de obra em obra, que não a Obra. Um enigma, e eu adoro enigmas.

Pessoalmente, sem o conhecer, julgo entender o porquê do que, aparentemente, poderia ser considerada uma "súbita e oportunista" mudança. Creio que não. E se um jornal me fizesse aquela pergunta, habitual: "Com quem gostaria de jantar hoje?", acho que, hoje, responderia: "PTP".

sábado, 27 de setembro de 2008

para a Virgínia


Pinta!

Deixa o sabor
Do mar
Te iluminar
Deixa o pincel
Na tela
Enlouquecer
Deixa o corcel
Libertar o seu sentir
Sorve a Terra e as estrelas
Fazendo-as renascer

Para que sintas no quadro o teu devir.



Pintura: Virgínia Cordeiro Barros

segunda-feira, 21 de julho de 2008

mais Virginia Lamb (a true wolf painter)

Foz

Lac Leman

The Moors

Brooklin

Casario do Porto

quinta-feira, 29 de maio de 2008

do big-bang à eternidade - 2 - "Gestação e gravidez"

Pássara grávida, ave de sol
Rompe o vitral da manhã (...)


Oswaldo Montenegro

Mulher grávida - Marcus Gheeraerts


Giovanni Arnolfini e noiva - Jan van Eyck


Esperança - Gustav Klimt


O feto in utero - Leonardo da Vinci


Gravidez - Robert Bergamo

Mulheres grávidas - Steve Gribben

As três mães - Sarah Kiser


O re-nascimento - Elizabeth Silk


Lullaby - Julianna Ziegler


A desova de Mimi - Ruby Persson


Gestação - Eduard Vigeland

terça-feira, 20 de maio de 2008

do big-bang à eternidade - 1 - "A ideia e o projecto"

A vida é melodia
é poesia
é uma pintura.

A vida é uma aventura!


Começo aqui, conforme prometi, a apresentação de alguns quadros que têm a ver com a vida das crianças, da gestação à morte. Fazem parte de uma apresentação que fiz, recolhendo cerca de 280 quadros, por temas, e acompanhando-os de música e poesia adequada aos vários temas. Infelizmente, a música não pode caber aqui, e a poesia teve que ser limitada.

Mas espero que gostem...

O nascimento do Mundo - Nilly Kook


Acto da Criação - Antigo Egipto

Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.


José Régio


A mulher em três estadios - Edvard Munch


Puberdade - Edvard Munch


Madona - Edvard Munch


As palavras do Diabo - Paul Gauguin


O divino feminino - Beth Budesheim


A criação de Adão - Michelangelo


O nascimento da paixão - Ralph White

Nascer é forçar a tampa dum sepulcro.
A palavra mãe significa terra.
O corpo da mulher é mais feito de terra que o do homem.
O homem é pedra e fogo, incandescência solar, espectro a arder.


Teixeira de Pascoaes


Tango dip - Lee Goodall


O beijo - Gustav Klimt


Lovers - Anónimo


A perda da virgindade - Paul Gauguin


A dança da Vida - Edvard Munch


O coito - Leonardo da Vinci


Criança observando o nascimento do Mundo - Salvador Dali

Quero dar-te a coisa mais pequenina que houver
bago de arroz grão de areia semente de linho
suspiro de pássaro pedra de sal som de regato
a coisa mais pequena do mundo

a sombra do meu nome
o peso do meu coração na tua pele


Rosa Lobato Faria


Bebés - Ofir Nave

A próxima entrada será sobre "Gestação"

sexta-feira, 16 de maio de 2008

a criança e a pintura, ou vice-versa


O mundo é feito de coincidências. No mesmo momento em que o meu filho Pedro publicava no blogue dele alguns (excelentes) quadros sobre "maternidade", estava eu a preparar uma conferência sobre a pintura, a poesia e as crianças, através dos tempos. O espólio é enorme!

Seguindo a ideia do Pedro, vou agarrar algumas dessas pinturas e colocá-las, tematicamente, aqui.

Começo por uma estátua de Eduard Vigeland, norueguês, sobre o amor: é afinal aqui que tudo começa...

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

os primeiros passos

Sempre gostei particularmente deste quadro de Van Gogh, intitulado "Os primeiros passos".

Apesar de só em meados do século XX se terem compreendido as relações da criança com o pai e a mãe, e mais recentemente o papel na ousadia e na regressão que ambos representam, Van Gogh expressa neste quadro todo o conhecimento empírico do que a Ciência se encarregaria de demonstrar, muitas décadas depois: a criança, no final do primeiro ano de vida, passa do "pólo mãe" para o "pólo pai". Com a alegria e atitude receptiva do segundo (reparem no pormenor do pai se colocar de cócoras, à altura dos olhos da criança), com a mágoa e o sentimento de perda da primeira (tão bem simbolizado no gesto fatalista de a largar). E com o entusiasmo da própria criança, que estende os braços à autonomia e ao risco, estruturada que já está na segurança.

É um quadro admirável, que explica numa imagem o que vemos e passamos no dia a dia. As tristezas, os lutos, a sensação de "pré-reforma" das mães. O re-encontro, a felicidade, o entusiasmo dos pais.

"Corre!". "Cuidado!" - quem diz o quê? Mais importante é que ela aprende a "correr com cuidado". Van Gogh sabia...