dia de paz

Dia de reflexão. Para mim, o primeiro de umas curtas férias.
Dia de descanso meidático de figurões a dizer o mesmo durante 15 dias, dando demonstrações pacóvias de falta de respeito e de ausência de ideias, com comportamentos que mereceriam um mês sem sobremesa doce ou confiscação de Gormitis.

Foi confrangedora a completa falha entre os objectivos eleitorais e os discursos - qualquer aluno meu que fizesse um trabalho com conteúdo tão desfasado dos objectivos, chumbava.

No Expresso de hoje (ontem) vem um excelente artigo editorial sobre o voto. Realmente a democracia tem de evoluir: o controlo partidário não pode ser eterno e os cidadãos podem e devem organizar-se de outras formas mas poderem concorrer a eleições, desde que com um mínimo de organização.

Por outro lado, continuarmos a votar apenas na assembleia de voto da nossa residência, apenas num dia, ao domingo, e não o poder fazer noutros dias, durante vários dias e por via electrónica (lá pagar impostos, já se pode...), nem sequer ir à assembleia de voto mais próxima de onde se está e votar (podem apanhar-se vacinas em qualquer lado, quando se está de férias), é inadmissível numa sociedade onde se cruza informação com confidencialidade e privacidade, que pretende seguir os automóveis por chips ou se usa o GPS.

Poer este andar, a abstenção chegará ao zero, porque os próprios políticos quererão descansar das bacoradas que apregoam durtante duas semanas - se os cidadãos preferem "!ir para a praia", a culpa não é deles, mas da falta de interesse ou finalidade destas eleições (é só ver que noutras tal não se verifica)...

Reflictam mas descansem desta fantochada que só deslustra a Democracia.