Durante décadas, a "ditadura" dos grandes partidos, no Reino Unido, fez com que o Partido Liberal e o Partido Social-Democrata, depois unidos nos "Lib-Dem", tivessem entre um quinto e um quarto dos votos mas elegessem menos de 10% dos deputados.
A ausência de debates acentuava a injustiça resultante da existência de círculos uninominais. O "3º partido" exige mudanças no sistema eleitoral desde há mais de 25 anos, mas os "grandes", não dizendo que não, acabam por nada fazer. E têm a maioria dos votos. Thatcher, Major, Blair, Brown. Todos passaram e nada se fez. Cameron também não estava para aí voltado.
Só que os media, felizmente, mostraram que são o 4º Poder, na boa acepção da palavra: e eis Nick Clegg a surgir como o "Obama" inglês, trazendo uma lufada de ar fresco para a política britânica, com a vantagem de não estar envolvido nas políticas ou nos escândalos recentes.
Filho de uma alemã e de um russo, casado com uma espanhola e educado na Holanda e na Bélgica, Clegg é, sem sombra de dúvida, o homem do momento. Mesmo que os Lib-Dem não tenham a maioria dos deputados, conseguirão ser a charneira. Só que sem serem um BE...
PS: Cameron desperdiçou, nos dois debates havidos até agora, quase todo o capital conseguido em anos e anos de oposição inteligente. E Brown tem sido "cada vez mais do mesmo".
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