segunda-feira, 22 de março de 2010

a alternância, como resposta às crises nacionais


A vitória esmagadora da esquerda francesa, nas eleições regionais, e da chamada coligação das “Damas de Esquerda” – Martine Aubry, do PS, Cécile Duflot de Os Verdes e Marie-George Buffet, do PC -, em que o partido do governo apenas conseguiu vencer na Alsácia, Córsega e na Ilha da Reunião,  mostra bem como o descontentamento popular penaliza os governos, sejam eles quais forem. Por toda a Europa este facto se vai verificar, e Portugal provavelmente também verá a mudança surgir como resposta ao rumo indesejado das políticas e da economia.

É muito saudável ver que, apesar de tudo - e França é um país simbólico - as ideologias não estão mortas e que o combate político passa (ou deve passar) pela discussão conceptual quanto ao modelo de sociedade, e não apenas pelas medidas conjunturais que, mais coisa menos coisa, são tão espartilhadas que não oferecerão diferenças, a menos que a ideologia ganhe, novamente, o lugar estrutural que merece.

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