Há momentos em que sentimo-nos transcender, em que a alma se enche de plenitude e concluímos que a vida vale mesmo a pena.
Na companhia do meu filho Eduardo, tive o privilégio de assistir à Paixão Segundo São Mateus, na Gulbenkian. Sublime. Carlos Mena, o contratenor espanhol, esteve soberbo, como estiveram o Coro, a Orquestra, os restantes solistas, o tocador de alaúde, o maestro... tudo. Acho que até Bach se deleitou, ele que está para lá do talento humano.
Hoje, terça, e amanhã, quarta, há mais - está esgotado mas há sempre uma desistenciazinha que espera por nós...
Fica aqui um exemplo, pelo Monteverdi Choir, com John Elliot-Gardiner na direcção. Trata-se da primeira cantata, e a entrda do coro revela uma força arrebatadora que permanece em todas as árias e recitativos.
8 comentários:
Sublime, sempre. E valente menino, Eduardo! 4 horas de recitativos, corais , instrumentais e coisas belas, não deixam de ser 4 horas!
Não há adjectivos ( para além de sublime ) para caracterizar esta obra e o seu autor!
É tão bom quando vamos ver um bom espectáculo e ficamos assim com essa sensação. Na altura do Natal eu ia à Igreja da Lapa, no Porto, ver o coro e foram sempre momentos únicos. A música clássica tem uma magia muito especial.
Sofia: O meu filho cantou no Coro da Lapa durante anos e as performances deles, acompanhados com a Orquestra do Porto e o órgão da Lapa, deixavam-nos emocionados. Um coro ao vivo é sempre espectacular e aquele é muito bom, apesar de serem todos amadores.
Ainda me lembro da Oratória de Natal e do Requiem de Bruckner. Maravilhoso. Gosto muito de ouvir música em igrejas.
PS. Sim senhor, Eduardo! Não dormiste um bocadinho???:))
Se tem um estilo que emociona, é o coral. Bravo!
Portou-se como um valente. Aliás, esteve sempre muito interessado, e ainda hoje pediu para ouvir o CD no carro.
Bach está no nosso cérebro. Acho que ninguém consegue não gostar, mas depois há os adictos como nós.
Grande Eduardo! O mano mais velho, se não estivesse a trabalhar no Baleal, também tinha ido... fica para a próxima. E grande João Sebastião, claro... vou ouvir a oratória esta Páscoa, nem que seja no YouTube. Beijinhos!
Trabalhar no Baleal??? Hummmm! Detecto alguma incompatibilidade nessa frase...
O JOão-Sebastião é, realmente, extraterrestre.
Juro pelo que há de mais sagrado! Quem tiver dúvidas que consulte o fruto do meu labor. Actualizado todos os dias com o melhor da imprensa europeia. Beijinhos.
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