quarta-feira, 28 de abril de 2010

Parabéns, Dom Manuel.

Um homem culto, rigoroso e nobre. Ganhou o Prémio Pessoa, cujo montante já destinou a obras sociais.
Fez um bom discurso. O seu nome é Manuel Clemente, Bispo do Porto.

Assim fosse toda a Igreja, mas ao menos alguns dos seus representantes sabem ser representantes de Cristo.

5 comentários:

Anónimo disse...

É um émulo seguidor de D. António Ferreira Gomes que o Botas combateu e ostracizou com a ajuda do melífulo Cerejeira.

Bem atribuído este prémio!

Anónimo disse...

Felizmente, não são só alguns [os que sabem ser representantes de Cristo], mas sim muitos. Mesmo muitos. Digo-o da minha experiência como católico, que vai naturalmente para lá das discussões dos temas dos jornais. Não que esses temas, sejam eles erros cometidos por membros da Igreja, sejam questões ditas fracturantes, não sejam importantes, que o são. E muitíssimo. Agora, certamente que querer fazer disso a imagem da Igreja é tomar a parte pelo todo - resultando num apreciação redutora e até, na minha óptica, intelectualmente injusta. D. Manuel Clemente é um brilhante exemplo de fidelidade a Cristo, mas há muitos, muitos mais. Muita gente que sendo anónima para o grande ‘público’ dá o seu testemunho no concreto do dia-a-dia, através de uma entrega abnegada aos outros. Pena é que, com a mesma justiça que se denunciam publicamente os erros da Igreja, não sejam também aclamados os mútiplos testemunhos da sua face maior, aquela que faz o seu caminho de mão dada com Cristo.

Um abraço, joão bagão.

Elisete disse...

Enquanto houver na Igreja Católica verdadeiros representantes de Cristo (não é o caso, na minha opinião, do actual Papa), não me sentirei defraudada. Mas não vivo iludida, a Igreja é uma instituição de Homens (leia-se homens e mulheres) e há muito que perdi as ilusões relativamente ao ser humano (na sua generalidade).

Elisete disse...

João, sabe que já tinha pensado que faltava aqui um comentário seu? E tiro-lhe o chapéu. Ponto.

Virginia disse...

Conheci pessoalmente este bispo nas sessões de fisioterapia, que ambos tinhamos no mesmo prédio. Por vezes estava na sala ao lado e ouvia-o a conversar com as empregadas. Simpatizei com ele, o que não é muito costume, pois não gosto muito de padres e acho-os sempre um pouco melífluos e politicamente correctos.
Ainda bem que lhe deram um prémio, acho que a Igreja tem muito trabalho bom, excelente até, mas também muitas pessoas retrógradas e incoerentes no que dizem e no que fazem. Mas isso é próprio dos Homens de que ela é feita.