terça-feira, 23 de outubro de 2007

o Livro, no seu esplendor


Olha-se e não se acredita.
O fascínio é imenso. A cor inebria-nos. O aspecto é quase bizarro. E a vastidão, esmagadora.


Livros, livros e livros. Nas escadas, no tecto, nas paredes, nas estantes.

Falo-vos da Livraria Esperança, no Funchal, a maior livraria de Portugal e uma das maiores do Mundo.


Mas não é a dimensão que a distingue, mas sim dois conceitos que nunca vi em parte alguma: 1º: tem um exemplar de praticamente todas as obras publicadas em português, repondo imediatamente o título a não ser que esgotado na editora; 2º recusa-se a mostrar os livros pela lombada, mas sempre de frente. De capa. Porque se vê a cara de uma pessoa... pela face, e não pelo perfil - é uma homenagem ao Livro, mas também aos Autores, Capistas e Grafistas.


Fundada em 1886, por Jacintho Figueira de Sousa, tem passado de pais para filhos. Foi o primeiro estabelecimento comercial na Madeira a vender apenas livros. Actualmente, com perto de cem mil títulos disponíveis, a Livraria Esperança dá metade dos seus lucros às crianças da Região, na forma de livros, para incentivar o gosto e a prática da Leitura.



Se forem ao Funchal, não deixem de a visitar, na Rua dos Ferreiros 157, um pouco acima do Largo do Município. E de caminho podem provar um Madeira de qualquer tipo e qualquer ano, no armazém que fica à direita de quem sobe.

Haja (e sempre) Esperança!

Fotografias: MC, última: Livraria Esperança

11 comentários:

Anónimo disse...

Um verdadeiro Templo do livro!

Anónimo disse...

Interessante entrada sobre este curioso local que se rege por um muito particular conceito de como expor e vender livros.
Não conhecia de todo a existência desta livraria Esperança, tão cheia de livros e com um visual tão seu.
Gostei.

Sofia K. disse...

Bem engraçado este conceito. Eu não sei se seria capaz de resistir, visto que às vezes compro livros pela capa, o que pode ser uma desilusão! Gostava de ter espaço para pôr os nossos assim, agora que os estou a arrumar! Mas nem todos direitinhos, quanto mais assim. Bom apontamento de viagem Mário!

beijinhos

Anónimo disse...

Ainda não consegui visitar a Livraria Esperança, apesar de ter feito várias tentativas. Falho sempre o horário... mas que importa, se é de esperança que falamos e se o que não faltam são pretextos para voltar ao Funchal? Um Madeira, uma poncha, uma Nikita naquele restaurante de Câmara de Lobos, com vista para o Cabo Girão, lembra-se, pai? E a festa da flor, da última vez que lá estivemos os dois (última até à data!), há ano e meio?

Foram pouco mais de 24 horas, mas deu para bife de atum no Golden Gate, deambulações pela Cidade Velha, finger sandwiches na varanda do Reid's, elegias pela destruição do charme decadente do Savoy às mãos de Berardo (a já consumada e a futura, que é demolir tudo), muita cerveja Coral e aquela saudade que só a olhar aquele mar com as Desertas ao canto. Temos de repetir, nesta e noutras ilhas ou em terra firme.

Mário disse...

Que saudades, Pedro.
E como dizes: é a repetir (eventualmente, sublinho, eventualmente, levaremos alguns penduras...).

Sofia: a quem o dizes. FElizmente cheguei lá perto da uma hora, no sábado, e a pressa de fechar obrigou-me a limitar "os estragos". Só de poesia traria centenas de livros. Nunca vi igual! E têm "tudo" de literatura lusófona africana.

Manel: se fores ao Funchal, não percas, embora depois te sintas frustrado quando voltares para as livrarias do Continente. A poupança de espaço, pelos enormes custos - e a quantidade de publicações: 50 por dia só de editoras portuguesas -, faz com que só alguns livros passem pela fase de "capa à vista", e ainda menos resistam mais do que um dia.
Abraços

Anónimo disse...

Olá a todos!

Conheci e também me deslumbrei com a livraria "Esperança". Nunca tinha visto nada assim, e como verdadeira amante do "livro" fiquei completamente inebriada. É um verdadeiro "mundo", onde se encontra de tudo, e causa um impacto de tal forma intenso que é muito difícil sair de lá e voltar para o outro mundo cá fora, mesmo com um sol radioso. As horas voam sem darmos por isso...
Uma experiência a repetir, sem dúvida, já na próxima e em qualquer outra ida ao Funchal, que por sinal também estava lindo.
E um exemplo a seguir, que talvez contribuísse para estimular o gosto pela leitura, que, infelizmente, no nosso país anda muito deficitário!

Aconselho vivamente uma visita!!

Catarina

Anónimo disse...

Eventualmente, old man... ;)

Pedro F. Sanchez disse...

Que fascínio esta Livraria, para mim desconhecida, que vou tentar visitar numa próxima ida ao Funchal, ainda para mais com a capa à vista e sem ter eu que inclinar a cabeça para um lado e para outro para ler as lombadas, que me irrita imenso.
Bjs, pp.

Mário disse...

Bem-vinda, Catarina, às actividades bloguísticas.
Cá te esperamos, para comentários, críticas e sugestões. Mas principalmente para partilhar vivências, ideias e coisas bonitas.
A tua sensibilidade joga bem com os espaços azuis.
Bem-vinda!

Unknown disse...

Não conheço a Livraria Esperança pessoalmente, mas tenho comprado livros via internet. Será que alguém sabe se este verdadeiro templo do livro foi atingido pelo temporal que assolou a madeira no Sábado passado? Tenho procurado notícias, mas ainda não consegui essa informação... Obrigada.

Anónimo disse...

Podem encontrar mais detalhes sobre esta fantástica livraria aqui
https://www.facebook.com/FundacaoLivrariaEsperanca