Uma visita ao mercado.
Uma experiência que repito, sempre que posso, como foi caso recente no Funchal.
Gosto das cores, dos cheiros, da simpatia de alguns vendedores, do seu linguajar, e até das barganhas e das discussões entre eles.
Acho graça aos arremedos macho-latinos e aos jogos de sedução, subjacentes à relação entre os vendedores e os clientes.
Gosto de sentir a Terra e o que ela dá, da forma mais genuína.
E gosto de pensar que nos alimentamos (e portanto vivemos) de coisas tão boas e bonitas.
Ainda bem que somos um dos poucos animais que vê a cores. A partir dos 4 meses, mas (salvo raríssimas excepções) com a gama toda do arco-íris.
Gosto de ir ao mercado. E de explorar os mercados das cidades e vilas onde vou, em Portugal ou no estrangeiro.
É uma experiência que recomendo, e com filhos ainda mais. Eles adoram, as vendedoras derretem-se e é muito melhor do que o forno lento dos centros comerciais.
Já nem falo do gozo que me deu tirar estas fotografias. E não mostrei fotografias dos mercados de peixe, porque este (com o curioso nome de "Mercado dos Lavradores", no Funchal) era só de flores, frutos e legumes. Mas prometo voltar ao assunto, se calhar quando estiver de férias na Praia da Luz, em Julho...
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
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3 comentários:
Também eu sou um amante incondicional de mercados. Sobretudo os de comidas.
E de super mercados, também.
Ambos reflectem de um modo completamente diferente a relação dos povos com a comida, essa grande forma de cultura da espécie humana.
Ao longo dos tempos, e de todas as minhas muitas viagens que tenho feito, não me consigo lembrar de uma só em que um mercado não tenha feito parte dos locais a vizitar.
Ao analisarmos detalhadamente cada uma destas fotos, depressa nos encontramos no mercado com todo o seu esplendor de cores e cheiros, sem nunca termos saído de casa: é o mercado "on line"... sem compras...!!!
Concordo convosco. Acho que os mercados são uma réstia de genuinidade quase pueril. E apesar da concorrência dos supers, hipers e outros, mantêm a garra e conseguiram modernizar-se (nomeadamente em questões higiénicas) sem perder o cunho.
Outro tipo de mercado, mas ao ar livre, é o das Caldas. Em 1980-82, anos em que trabalhei em Óbidos, praticamente todos os dias ia ao mercado. As tendas eram desfeitas à uma da tarde. Às duas não havia uma folha de alface no chão. Esse tem galinhas, patos, pintos e outros animais quejandos, para além de queijo, pão e enchidos.
Dá gozo, e nas fotografias falta infelizmente o som, o cheiro, o tacto e a sinestesia geral.
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