Muita confusão se tem gerado sobre a actual lei do tabaco.
A última dos media foi a descoberta do presidente do ASAE a fumar no Casino de Lisboa.
Independentemente de o Dr. António Nunes ter infringido ou não a Lei (se o fez, deverá assumir as responsabilidades inerentes), a lei é para cumprir. E o facto de seja quem for a transgredir, se for o caso, não a menoriza em nada, como alguns pretendem fazer. "Ah, se ele fuma, então também nós podemos fumar!". A questão não é proibir o presidente da ASAE de ser fumador, é de fazer cumprir a lei que defende os não fumadores dos fumadores. Sendo estes toxicodependentes (desculpem a crueza da expressão, mas cientificamente é isso que se passa), é natural que muitos não estejam na melhor situação psicológica para aceitar de bom grado a implementação de uma lei que protege a Saúde Pública.
Espero que a ASAE, mesmo que o seu presidente tenha sido apanhado numa situação "de risco", continue o seu papel de fiscalização, e que multe quem for de multar, doa a quem doer.
Viva a nova lei do tabaco!
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12 comentários:
Eu sou fumadora, mas não sou radical, gosto de fumar um cigarro depois das refeições, quando bebo um café, quando passeio sozinha ou depois de deitar as minhas filhas...não fumo à frente delas porque acho que é um mau exemplo...paradoxos...
Talvez, pensem alguns, seja uma fumadora hipócrita, mas concordo plenamente com a lei, é uma questão de hábito é como a lei do cinto de segurança no inicio custa é certo mas daquia uns anos já ninguem questiona.
Um Ano feliz e com muita saúde
Sobre esta problemática recomendo consulta do blog:
www.juro-que-tenho-mais-que-fazer.blogspot.com/
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Não posso deixar de aqui dizer que gostaria de ver esta lei aceite, interiorisada e adoptada por todos nós sem necessidade de recorrer à multa, ao doa a quem doer, ao come e cala, ao toma e vai-te curar.
Porque a sua existência e o princípio que a rege fazem todo o sentido, tenho fé que ràpidamente vai passar a fazer parte do nosso comportamento cívico de todos os dias.
Mais: creio que não vai ser tão difícil como isso, porque a lei não proíbe o fumar, apenas o condiciona.
Descobri, recentemente, que ler blogs pode ser altamente instrutivo. E gostei de descobrir o teu. Desculpa pela invasão, mas aviso que já te favoritei. Adorei esse teu espaço. Posso ficar e acompanhar teus escritos? Abraços.
Concordo em tudo com o Mário, nesta questão da lei do tabaco. Mas o meu sentir íntimo, de toxico-dependente, vou expô-lo um dia destes no meu diário.
abraços
Acho que assumirmo-nos como "toxicodependentes", ou "por vezes capazes de actos violentos ou discricionários", ou seja o que for, faz com que não dividamos o mundo e "nós, os bons" e "os outros, os maus".
Quando se fala de toxicodependente haverá porventura um cliché de um adulto jovem a injectar-se com heroína numa casa de banho manhosa. Qualquer dependência de uma substância tóxica (manifestada por desejo compulsivo, incapacidade de passar sem ela, efeitos físicos e psicológicos de abstinência, etc) é uma toxicodependência. e chamar as coisas pelos nomes ajudará a evitar guetos e a resolver melhor os problemas.
Manel
Já li o Blogue que recomendas para "esta problemática" - achei a abordagem do assunto primária, fácil, desinteressante, não argumentativa e, quase (quase) que diria, "dialéctica de motorista de táxi".
Sem ofensa...
Mário: quando falei em toxicodependência estava mesmo a tratar o "boi pelos nomes". Porque, neste particular do tabaco, não duvido que o sou mesmo.
MI CASA ou SU CASA ?
..."A última dos media foi a descoberta do presidente do ASAE a fumar no Casino de Lisboa."
Tentei confirmar mas não consegui.
E só com o intuito do rigor que penso saber sempre advogas, pergunto:
Foi no Casino de Lisboa ou no Casino do Estoril ?
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Sem ofensa, como dialética de motorista de táxi, por vezes, todos nós temos um pouco, pergunto a propósito:
- Se os táxis são transportes públicos presumo que nem os passageiros nem o motorista poderão agora fumar dentro do táxi. Não é ?
Miguel
Também assumo a minha dependência nos períodos em que necessito de comprimidos para dormir.
Manel
Obrigado por só teres esses apontamentos de fácil resposta. O Casino era do Estoril, desculpa o grande erro. Mas como prefiro o Woody Allen dos filmes ao do jazz, confesso que não retive qual o casino. E não deixa de ser irrelevante porque a lei aplica-se a todos os casinos em geral.
Quanto aos táxis, creio que é proibido fumar. Pelo menos, antes mesmo da lei actual, o passageiro pode recusar um táxi que cheire a tabaco (por exemplo, quando enviado por um rádiotáxis) e o motorista tinha que pedir autorização ao cliente para fumar. Concretamente, não sei mais sobre a lei, mas admito idiossincrasias, semelhantes à cláusula que retira os motoristas de táxi (as pessoas mais em risco) da obrigatoriedade de usar cinto de segurança...
Quanto ao resto, estamos conversados. Obrigado pela referência do outro blogue mas dei a minha opinião, conforme pensei seria teu desejo ao indicá-lo.
Finalmente: sabes que é muito mais raro um não fumador responder negativamente a um fumador, quando este pede para fumar, do que um fumador pedir para fumar quando está na presença de outras pessoas? Onde está, pois, a intolerância?
E quanto a "casas" - na minha não se fuma, e mesmo "à janela" chateia-me porque o fumo entra no sentido directo do vento (de fora para dentro). Por causa da lei? Não. Porque eu não gosto, so simple as that. Na tua, não sei.
E creio que já chegou a altura de os não fumadores se sentirem constrangidos e amedrontados pelos hábitos extremamente desagradáveis e nocivos dos fumadores. Isto nada tem de fundamentalismo, pelo contrário. Já sem falar da presença de crianças.
Amigo Mário,
Será impressão minha ou detecto aqui, de novo, neste teu comentário o reaparecer de um pouco 'daquilo' que te levou para a rota de confronto e colisão com as manas Vidal ?!?!
Espero que seja só impressão minha e que eu esteja definitivamente enganado.
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Claro que estás desculpado pelo teu grande erro de teres referido o Casino de Lisboa em vez do Casino do Estoril. Como compreenderás,para mim não me faz diferença nenhuma, mas para o Casino de Lisboa talvez possa fazer.
Como de qualquer modo creio saber que gostas da verdade e do rigor, achei por bem trazer para aqui a possibilidade de, se estivesses de facto enganado como pelos vistos foi o caso, podesses corrigir a mão. Só isto. A verdade está reposta e por mim o assunto está encerrado.
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Também, tal como tu, prefiro de longe o Woody Allen dos filmes ao Woody Allen do Jazz (que conheço mal) e sobretudo prefiro o Woody Allen dos filmes em que ele é, além de realizador, também actor de personagens dos seus próprios filmes.
O agudo sentido crítico e de humor sobre os seus personagens (que muito têm de si próprio) é deveras genial e certamente bem melhor do que o Woody Allen que tocou, (também no Casino do ESTORIL) enquanto possivelmente o homem da ASAE dava umas valentes passas na sua cigarrilha de pós-meia-noite.
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E quanto 'a casas', na minha, quem cá vive também não fuma, mas como tenho uma alma grande e muito pouco (ou quase nada) de fundamentalista quem cá vem tem a liberdade absoluta de fazer como quizer, isto é, fumar ou não fumar conforme por bem achar.
Como por princípio no meu castelo só entra quem meu amigo é, o prazer da presença dos meus amigos (mesmo fumadores) e a liberdade de comportamento dos que me são próximos e queridos, é total.
Como tenho o previlégio de também tu pertenceres a esse grupo, sabes bem que é assim.
Esta prorrogativa (que é a minha) não invalida que estou em total acordo com a lei de não premissão de fumar em locais públicos fechados. E aqui incluo òbviamente os Casinos, pela mesma razão que acho que por maioria de razão, os motoristas de táxi também deveriam usar cinto de segurança. Mas infelizmente nem o mundo nem as leis são perfeitos.
As simple as that.
Amigo Manel
Não citei o dono do Blogue que recomendaste, simplesmente pela razão de que tu é que o recomendaste, não eu - daí eu ir ver o conteúdo, não quem o redigiu. Além disso, não me interessa trazer para este meu blogue histórias antigas que valem para mim o mesmo que zero. Tu sabias quem recomendavas. E eu por aco também, mas mesmo assim fui ver. E escreveria o mesmo se as várias entradas que lá vi sobre o tema fossem da autoria do Marcelo, do Sócrates ou do Lobo Antunes, da Oprah ou do Zapatero. É com esse (o meu! e que apenas a mim me compromete) espírito crítico que analiso os blogues que visito. Se é de fulana ou beltrana estou-me nas tintas: não gostei do estilo primário e caceteiro, e não vi um argumento que valesse a pena debater. E tu? Já agora diz o que ressalvaste de tão extraordinário nessas entradas que valesse a pena recomendar aos outros - ou foi exclusivamente por ser um blogue de uma amiga...
Quanto ao tabaco, creio que os fumadores deveriam respeitar mais os não fumadores. Apenas isso. E fazem-se de vítimas e de perseguidos ("vem aí o fascismo!") - não posso concordar com essa atitude.
Porque há uma agressão de quem fuma sobre quem não fuma, e isso pouco tem sido referido: se me apetecer cantar serenatas à tua porta todas as noites às 4 da matina, também achas que é de respeitar esse meu hábito e não chamas a polícia? Qual a diferença conceptual?
Em minha casa, as pessoas que são convidadas sabem que lhes peço para não fumarem, (excepcionalmente anuo "à janela") porque tenho três filhos pequenos e não os quero num mundo de tabaco. E sei que conviver com fumadores aumenta o risco de se tornarem fumadores e oito vezes. E o que estiver ao meu alcance para evitar que se tornem toxicodependentes, fá-lo-ei. Seja das drogas legais, seja das ilegais. Depois, porque eu próprio odeio ter tudo a cheirar a tabaco e ter que esvaziar cinzeiros - prefiro mudar fraldas com cocó -, e fico com o nariz à rasca e os olhos aflitos. Além do mais, os fumadores voltam à sua vida, e a casa dos no fumadores é que fica com os cerca de 4.000 (quatro mil!) produtos resultantes da combustão do cigarro. Finalmente, porque é de bom tom respeitar a casa dos outros, e o abrir de portas do castelo não implica a tomada do castelo, pelo contrário, o respeito pelas regras do castelão. E, finalmente, estão mais do que provados os efeitos do fumo passivo.
Se o presidente da ASAE quiser fumar, é com ele. Se infringir a lei, terá que enfrentar as consequências.
Concordo contigo também que as coisas são de dois pesos duas medidas, conforme se pôde ver no sketch dos Gatos Fedorentos pedindo que as pessoas alcoolizadas não conduzissem "porque não queremos apanhar com o jipe deles em cima de nós", e depois um deles estava com 1,7 g/L (sendo que mais do que 1,2 é crime) e nem a carta lhe foi caçada. Sendo fedorentos têm direito a ser potenciais assassinos. Haja respeito, nisso concordo!
Abraços
TodaPoesia
DEsculpe que, com este debate, nem saudei convenientemente a sua entrada.
Pois visite-nos sempre, comente e esteja à vontade.
A nossa casa é a sua casa, embora lhe peça apenas para não fumar neste blogue...
Abraços
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