Chanson d'automne
Les sanglots longs
Des violons
De l'automne
Blessent mon coeur
D'une langueur
Monotone.
Tout suffocant
Et blême, quand
Sonne l'heure,
Je me souviens
Des jours anciens
Et je pleure
Et je m'en vais
Au vent mauvais
Qui m'emporte
Deçà, delà,
Pareil à la
Feuille morte.
Paul Verlaine
terça-feira, 13 de outubro de 2009
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7 comentários:
Que bonitos! Os quadros e o poema!
É bom, depois de uma conturbada e acessa época política, alguma acalmia artística e cultural.
Catarina
Não esquecer que a 1ª quadra foi, a 6 de Junho de 1944, conjuntamente com os primeiros acordes da 5ª Sinfonia de Beethoven (tan-tan-tan-tan), a senha para se iniciar a invasão da Normandia, começo do fim do malfadado nazismo.
Já agora, recomendo a leitura de 'A Segunda Guerra Mundial' de Sir Martin Gilbert (considerado o melhor historiador Inglês da actualidade, autor da monumental biografia - 8 vols - de Sir Wiston Churchill) que a D. Quixote acaba de lançar (atenção que são 962 páginas de texto e fotos, mais 46 de bibliografia).
Catarina: obrigado. Sempre adorei este poema, desde que vi "O Dia mais longo", com aquela galeria fabulosa de autores, que entraram no filme sem honorários porque se tratava de uma Causa. Alguma nostalgia! Prometo pintar-te um quadro sobre o Outono.
Filipe: vou ler, mas... vendem também um escravo para virar as 962 páginas???
Este poema foi o primeiro que li na Faculdade de Letras na aula do Monteiro Grilo ( poeta Tomaz Kim). Impressionou-me a sua leitura em voz alta no grande anfiteatro, sobretudo porque é um hino à aliteração ( deformação profissional, desculpem). Os sons são musicais e plangentes como o violoncelo ( que o meu neto André de 4 anos começou agora a tocar...é uma delícia ve-lo).
As fotos são *****.
PS. A palavra que tenho de escrever é "chapo". Terá alguma intenção por trás???
Lembro-me destes versos dos livros da Brigitte da Berthe Bernage que fizeram as delicias da minha adolescencia ( e das manas). No outro dia peguei num deles e, depois de reler algumas páginas, fiquei a pensar como eramos inocentes, romanticas e pirosas no nosso tempo !!! Onde é que vai buscar estas maravilhosas paisagens? Adoro o Outono quando é à moda antiga : tempo ameno,as folhas vermelhas da vinha virgem, as castanhas dos plátanos e as amarelas das tilias que depois num dia de ventania rodopiam no ar e caem todas num tapete no chão. Ainda agora me dá gozo pisar as folhas mortas e senti-las estalar debaixo dos pés. O pior é quando vem a chuva e tudo se transforma num lamaçal peganhento e escorregadio e lentamente entramos no Inverno de que não gosto nada !!!
Mencionei o violoncelo no meu comentário porque me lembro de discutirmos na aula de Teoria da Literatura em questão se o violino ou o violoncelo seriam mais adequados a este quadro do Outono pintado no poema. Nunca mais me esqueci desta aula, é incrível, já foi há mais de 40 anos. Donde se prova que os bons professores e as boas aulas ficam para sempre na nossa memória.
Quanto à Berthe Bernage, foi uma loucura na nossa adolescência. Adorava e ainda ofereci muitos à minha Luisa que adorou "A Menina Aguaceiro" e o Romance de Isabel.
Teresa, se quiser vitie o meu blogue. Tem lá fotos do Outono...
Não resisto a inserir aqui um poema que me veio à memória ao ler o texto da Teresa:
LES FEUILLES MORTES
paroles: Jacques Prévert
musique: Joseph Kosma
Criação de Yves Montand (e depois da Juliette Greco)
Oh! je voudrais tant que tu te souviennes
Des jours heureux où nous étions amis
En ce temps-là la vie était plus belle,
Et le soleil plus brûlant qu'aujourd'hui
Les feuilles mortes se ramassent à la pelle
Tu vois, je n'ai pas oublié...
Les feuilles mortes se ramassent à la pelle,
Les souvenirs et les regrets aussi
Et le vent du nord les emporte
Dans la nuit froide de l'oubli.
Tu vois, je n'ai pas oublié
La chanson que tu me chantais.
REFRAIN:
C'est une chanson qui nous ressemble
Toi, tu m'aimais et je t'aimais
Et nous vivions tous deux ensemble
Toi qui m'aimais, moi qui t'aimais
Mais la vie sépare ceux qui s'aiment
Tout doucement, sans faire de bruit
Et la mer efface sur le sable
Les pas des amants désunis.
Les feuilles mortes se ramassent à la pelle,
Les souvenirs et les regrets aussi
Mais mon amour silencieux et fidèle
Sourit toujours et remercie la vie
Je t'aimais tant, tu étais si jolie,
Comment veux-tu que je t'oublie?
En ce temps-là, la vie était plus belle
Et le soleil plus brûlant qu'aujourd'hui
Tu étais ma plus douce amie
Mais je n'ai que faire des regrets
Et la chanson que tu chantais
Toujours, toujours je l'entendrai!
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