quarta-feira, 23 de julho de 2008

cinco a três

Faz hoje anos. Vi, excitado e perplexo. Primeiro foram os três golos da Coreia do Norte - três misseis de quem parecia não ter armas nem para matar uma pulga.
Mas o Rei irritou-se. E marcou quatro. Simões completou o ramalhete.

A Pantera haveria depois de chorar, mas aqui ainda havia esperança, sem Scolari nem a Virgem de não sei de onde, e com a equipa toda a ganhar uma pouca de xicalarica, mas com a alma no coração. Que dias! Que emoções, vividas num ecrã minúsculo a preto e branco.

Ganhámos à Coreia da Norte, coisa que a América de Bush não consegue!

4 comentários:

Pat disse...

1966 foi um ano extraordinário, Tio! Eheheheheh
Acredito que depois da emoção de seres tio, esta vitória sobre a Coreia do Norte, veio compor o "ramalhete" :)
Beijocas, tio-avô

Virginia disse...

Pat, o teu pai tinha arranjado uma TV minúscula que foi posta em sítio bem alto no living para que todos pudéssemos ver e vibrar com os golos, que a princípio só nos fizeran enraivecer - vibração de estupefacção, como sempre acontece com as nossas selecções, primeiro o ralhete, depois a cereja.

No fim já estávamos todos histéricos, sentados no chão do living, a dizer que Portugal era o maior, que o Eusébio tinha poderes mágicos - ou seria o 3º segredo de Fátima? - que iamos ganhar o campeonato do Mundo, que os ingleses estavam no papo.

Uns dias depois foi a decepção. Em casa do teu pai desta vez fica-nos a lembrança dum célebre jogador Styles, "bully de 1ª", que torturou os nossos avançados e não os deixou jogar, um árbitro meio inglês a jogar em casa e uma selecção triste a deixar as lágrimas no relvado.

Foi assim a era pantera....vibrante...e quase, quase.

Agora temos o Cristiano....a ganhar num minuto o que o Eusébio não ganhou na vida inteira. :))
E continuamos no quase-quase...


Virgínia

Mário disse...

A meia final foi vista em cada do teu Pai, Pat, um duplex ao pé da Avenida de Roma.
E quando o Simões falou um golo, já sem guarda-redes, que teria dado o empate (e o prolongamento) foi o desabar da esperança. Foi aí que a Pantera chorou.
Depois foi ganhar o 3º lugar à URSS (que ainda tinha o Yachin, considerado o maior guarda-redes do mundo) e voltar...

Huckleberry Friend disse...

Que belo desfiar de memórias familiares... lembrou-me as duas mais recentes decepções frente aos alemães: uma na Praia da Luz, outra na minha casa, mas sempre com três mini-adeptos devidamente munidos de cachecol e bandeira. Desta última vez, até tivemos direito a teatro no intervalo! E a final que coroou nuestros hermanos foi vista com a Tia Caia os primos VD, em Linda-a-Velha. Pelos vistos, a tradição vai-se mantendo...