Discute-se com afã, na blogosfera, a sapatofilia, e também uma espécie de derivada, a podofilia (não confundir com...).
Tenho para mim que o pé é a definitiva marca de génio do Criador. Penso também que a obra, pela sua perfeição, terá bebido dos conselhos de anatomistas, sexólogos, bacteriologistas e outros, sem especialidade definida que, à época, arranjar especialistas, devia ser tarefa árdua.
Sintetizando o debate, a sapatofilia caracteriza-se pela obsessão que as mulheres têm por sapatos e por colateralidades como fitinhas nos tornozelos, toe rings e tatuagens discretas em improváveis porções daquela surpreendente anatomia. É algo que só diz respeito a mulheres, uma idiossincrasia de género. Será? Acho que sim.
A podofilia, radica na sapatofilia, e é a obsessão que os homens têm por pés (de mulheres…). É algo que só diz respeito aos homens. Será? Acho que sim.
Cheiram mal? Sim. Mas, no contexto, é um mero pormenor.
Na praia, pés sujos de alcatrão, tapados pela areia, encarquilhados pelo frio da água, desprovidos de acessórios, banalizam a anatomia, matam a imaginação. O sapato (a sandália, a “hawaiana”, o que se quiser) está ausente e com ele o sinal que distingue, o sinal que apela, o sinal que seduz. Ou talvez não, tudo depende do livre arbítrio e da criatividade, que são os traços que nos distinguem dos animais e que o Criador fez introduzir nos genes que nos tornam únicos.
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