Se os espaços azuis são bonitos, perderiam muito do seu valor se não existissem nuvens. Umas, mais plácidas, companheiras, não ameaçadoras. Outras mais agrestes, provocam receio, prenunciam chuva. Mais fascinante é como correm, como mudam de formas, envolvendo os espaços azuis e, por vezes, apagando-os, para logo os libertarem. Sem claustrofobias, numa simbiose quase anti-natura.
Movem-se soltas, vagas,
Com ausência de cor ou acinzentadas;
Unem e desunem seus braços
Cúmplices, preenchendo espaços.
Roubam olhares, arrastam pensamentos,
Seguindo seu rumo dependente dos ventos.
E, como em muitos outros momentos,
Também aqui me cativam o olhar
E o quanto me fazem pensar...
Jules Earnshaw
3 comentários:
Prefiro os espaços azuis enormes com nuvens pequeninas, tipo Simpson. Mas a esta hora o espaço é negro e ameaçador, por isso, se não te importas, vou voltar para a cama.
5.45 am
Bonito!
Por mim, prefiro menos núvens (sobretudo negras) e mais azul...
De núvens negras estou eu farto e, mesmo querendo, não consigo ver-me livre delas...
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