Porque é que algumas mulheres não calçam os sapatos apenas quando estão para sair de casa, e andam a flagelar o soalho com saltos altos, acordando os vizinhos muito antes do despertador?
Há , já, um imaginário dos condomínios. Um deles poder-se-ia chamar - fôra narrativa - " A Vizinha ". Esta entrada do Mário, antes de ser expressão da ira de um condómino cuja alvorada é antecipada pela má-criação de um vizinho, decorre ,eventualmente, do imaginário de " A Vizinha " ou então é um mote, pronto a glosar.
Seja o mote. Glose-se. Acorda , estremunhado, o condómino, subitamente p'lum som:o som de uns saltos ( como sabe que o são?); da vizinha ( acaso , nesta selva de cimento, conhecemos os do lado e os de cima?). Segue-se a efabulação: saltos em uns sapatos de cor vermelha, ponteagudos na frente. Ou serão brancos? Estará ela ainda despida das roupas que neste dia frio a aconchegarão ou , na azáfama matinal, usará os sapatos de saltos como se fossem pantufas e somente terá o robe de cetim, bem curtinho, por sobre a pele de seda? Ai que frio, pobre vizinha.
Nisto , enfim, cogita o estremunhado e repita-se o mote, para nova glosa.
Gostei, Miguel. Um pouco à semelhança da "divagação sobre pés" que escreveste há uns anos. Só que, às 7h15 da manhã, essas fantasias não conseguem romper por entre o sono, os sonhos pacatos, o ressonar ou o toque suave de quem possa estar ao lado (ou da almofada!). Mesmo despida, com negligé transparente ou lingerie de seda preta... DEIXEM-ME DORMIR!!!!!
Eu cá não preciso de pensar muito sobre o assunto. A minha resposta à sua pergunta é: porque algumas mulheres (uma grande parte, na minha opinião) são naturalmente estúpidas.
3 comentários:
Há , já, um imaginário dos condomínios. Um deles poder-se-ia chamar - fôra narrativa - " A Vizinha ". Esta entrada do Mário, antes de ser expressão da ira de um condómino cuja alvorada é antecipada pela má-criação de um vizinho, decorre ,eventualmente, do imaginário de " A Vizinha " ou então é um mote, pronto a glosar.
Seja o mote. Glose-se.
Acorda , estremunhado, o condómino, subitamente p'lum som:o som de uns saltos ( como sabe que o são?); da vizinha ( acaso , nesta selva de cimento, conhecemos os do lado e os de cima?). Segue-se a efabulação: saltos em uns sapatos de cor vermelha, ponteagudos na frente. Ou serão brancos? Estará ela ainda despida das roupas que neste dia frio a aconchegarão ou , na azáfama matinal, usará os sapatos de saltos como se fossem pantufas e somente terá o robe de cetim, bem curtinho, por sobre a pele de seda? Ai que frio, pobre vizinha.
Nisto , enfim, cogita o estremunhado e repita-se o mote, para nova glosa.
Gostei, Miguel. Um pouco à semelhança da "divagação sobre pés" que escreveste há uns anos.
Só que, às 7h15 da manhã, essas fantasias não conseguem romper por entre o sono, os sonhos pacatos, o ressonar ou o toque suave de quem possa estar ao lado (ou da almofada!).
Mesmo despida, com negligé transparente ou lingerie de seda preta... DEIXEM-ME DORMIR!!!!!
Eu cá não preciso de pensar muito sobre o assunto. A minha resposta à sua pergunta é: porque algumas mulheres (uma grande parte, na minha opinião) são naturalmente estúpidas.
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