Há precisamente 100 anos a Terra passava pela cauda do cometa de Halley, nosso companheiro de 75,3 em 75,3 anos. Os cometas são corpos celestes extraordinários, lindos, mas actualmente damos cada vez menos importância ao que vemos no Espaço.
Quando o cometa Hale-Boop nos visitou, Pacheco Pereira excreveu uma nota curiosa num dos seus artigos: estava a vir de avião de Bruxelas e o piloto chamou a atenção para o cometa, que se podia ver com grande nitidez, dada a ausência de atmosfera poluída. Apenas o actual deputado olhou e contemplou. Nenhum dos outros passageiros estava interessado numa coisa tão "ridícula" como um cometa...
Viajante solitário, o Hallley não se esquece da Terra, como aconteceu em 1985. Agora, só a 28 de Julho de 2061. Terei 105 anos, na altura - por favor, reservem-me uma cadeirinha com vista para o mar e para o céu...
9 comentários:
.
Quadra popular:
Se quer ver o cometa
E saber o que ele diz,
Ponha os olhos no céu,
E no cometa o nariz...
e agora mais sériamente, um poema de Carlos Figueiredo Queiroz:
Estrelas e Cometas!
Há pessoas cometas e há pessoas estrelas.
Os cometas passam, apenas são lembrados pela
data que retornam e depois desaparecem.
As estrelas permanecem.
Importante é ser estrelas, permanecer, ser calor, ser vida.
Amigo é estrela
Os anos podem passar mas
as marcas ficam no coração,
assim são os amigos
na vida da gente, pode se contar com eles.
São coragem nos momentos difíceis,
são luz nos momentos de desanimo.
Ser estrela nesse mundo de cometas é um
desafio, mas acima de tudo é uma recompensa.
É nascer e ter vivido e não apenas
'existido'.
Se é isso que queres, vou reservá-la já, para que não te falta nada na altura!!
Catarina
Catarina, modere-se! Não convém satisfazer os homens à mais pequenina exigência, ao mais ínfimo desejo.
Dá-se-lhes a mão e eles querem o resto todo!! :))
Bjo
Filipe Sr.
Onde vais buscar tantos poemas tão maravilhosos....hás-de me dizer onde é o teu caixote de lixo de poemas porque eu quero sonhar mais um bocadinho!
Aqui há uns anos esteve visivel e bem visivel um cometa , durante vários dias, um cometa ( não era o Halley, era outro ) eu ficava basbaque noites a fio a olhá-lo. Uma vez , na Povoa da Isenta ( Santarém ), numa festa cheia de pessoas só um dos meus filhos me acompanhou na fixação. Outra em Cabanas de Torres o problema foi convencer o meu sogro que aquela espécie de estrela gordinha, um pouco maior que as outras e meio desfocada era um cometa. Acho que não o convenci. Fiquei chateado mas tenho se saber lidar com a minha falta de assertividade.
a despropósito...o que acham os caríssimos comentadores da minha colega, Bruna Real?
Filipe: corroboro o que a Virgínia diz. Obrigado pela colaboração.
Catarina: e uma mantinha para proteger as pernas do frio da noite... e eventualmente um cálice de Favaios, também...
Miguel: há os eurocépticos e há os cometocépticos... no campo tenho tido a oportunidade de ver o céu como deve ser: sem poluição e sem luzes. Em dias de Lua-Nova é um espectáculo "do caraças".
Bicas:
Tem razão! Já está a pedir a mantinha e o Favaios. Mas vamos ver. Se se portar bem até lá....
Filipe:
Os poemas são de facto muito bonitos. Este último então é lindíssímo!
Miguel:
A sua colega é toda dada às "artes", como ela diz. E acredito, bonita como é, que consiga mesmo enveredar pelo meio artístico! Quanto a continuar professora de crianças, é que já me parece um pouco mais difícil, pois a relação de confiança e respeito entre alunos e professora creio que ficou adulterada, atendendo a que para o imaginário dos miúdos será difícil distinguir a professora da "artista"!
Catarina
.
Agradeço os encómios... Infelizmente não tenho a espantosa veia poética (e prosadora também) do autor do blog pelo que, na total impossibilidade de publicar 'feitos' meus, me limito a 'vasculhar' pela net sempre que há um assunto que, para mim, talvez possa merecer um postesito.
Enviar um comentário