Mesmo que me custe, pessoalmente, 535€, ao que consta, sou a favor do apoio à Grécia. E acho extraordinária a posição do PCP e do BE, de votarem contra. Afinal, o "internacionalismo proletário" é o que se vê. Portugal beneficou de fundos e mais que fundos - no tempo dos governos de Cavaco Silva, recebíamos o equivalente a 10 milhões de euros por dia (seria ainda mais agora), dentro do Quadro Comunitário de Apoio. Recebemos dinheiro a dar com um pau. Usámos bem algum e muito mal outro. Privilegiámos o betão em vez de investir na Educação (como fez a Irlanda, conseguindo taxas de crescimento e de credibildiade que, mesmo com uma enorme crise, a faz manter bons níveis de esperança, no próprio país e nos investidores). Quantos Mercedes, piscinas e "chalés" se construíram com o dinheiro destinado à agricultura? Quantos cursos da CEE/UE foram fictícios e os dinheiros desviados para outras coisas?
Chegou a altura de sermos solidários. Não é só a Alemanha que deve pagar a crise (aliás, a atitude de muita gente relativamente á Alemanha, como hoje ouvi na AR é de uma exigência injusta e indecente - como se ainda tivessem de expiar o nazismo!), mas todos os que aderiram ao euro. O "Tuga" gosta mesmo é de Carnaval, futebol e tolerâncias de ponto. E nem sequer o Brasil é já assim...
PS: numa altura em que o país se inclina perante a visita do Papa, as reacções negativas no apoio a um país em crise caem muito mal... será por serem ortodoxos?
4 comentários:
Concordo. Aliás, basta pensar nas consequências do não-apoio... ou na possibilidade de sermos os próximos a vermo-nos gregos. Beijinhos.
Quanto ao Papa, a sua personalidade,o seu pensamento,o pontificado, o laicismo e outras temáticas ultimamente recorrentes no blogue, chamo a atenção para o artigo do josé Manuel Fernandes ontem no " Público"
Huck: como está Londres? Gostei muito das análises no Expresso-on-line.
Miguel: vou ler. Sábado é dia de "São Jornal", e dá mais gozo ler folheando o papel. Vou ler atentamente e dir-te-ei o que penso.
Está bom também o do Miguel Sousa Tavares, a propósito da ajuda (e da cautela) alemã.
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