Crédito de imagem: Wikipedoia Common
"O governo não tem um chefe e é um instituto tresmalhado". "Nem toda a mole ambição, nem todas as intrigas, nem todo o maquiavelismo são susceptíveis de inspirar confiança à nação", "o governo é um mero organismo parasitário".
Estas e outras frases ilustram os sinais desse tempo, em que a democracia era inoperante, a credibilidade parlamentar e governamental nenhuma e a bancarrota novamente uma realidade possível.
Deu-se o 28 de Maio, prometendo ordem, democracia e riqueza. Suspenderam-se "temporariamente" as instituições e a liberdade. O resultado foi uma noite longa, até 1974.
Que os políticos de hoje e o povo de hoje aprendam, para que a resolução dos problemas não venha a passar novamente pela negação do que mais de precioso têm os regimes democráticos: a liberdade, o diálogo, o sacrifício solidário, a criatividade e o engenho.
1 comentário:
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De facto, nessa altura, o País encontrava-se em situação política, social, económica e financeira extremamente frágil a que o então Presidente do Conselho António Maria da Silva (Partido Democrático) não conseguia dar resolução.
Houve várias sublevações já em 1924, e depois em 1925, até que, finalmente, a 28 de Maio de 1928, o General Costa Gomes (que não é antepassado do 'Rolha') encabeçou um golpe de estado (ou revolução) que instaurou a chamada Ditadura Militar.
A Presidência da República foi então entregue ao Almirante Mendes Cabeçadas que, contudo foi logo deposto a 17 de Junho e substituído por Costa Gomes. Três semanas depois, novo contra-golpe liderado por Òscar Carmona e o Presidente foi deposto (e substituído por Cabeçadas) e enviado para os Açores, com o pomposo título de Marechal do Exército Português, regressando ao Continente um ano depois, sem qualquer glória, e vindo a falecer, pobre e sózinho em Dezembro de 1929.
Em 1933, como se sabe, com a nova Constituição, foi criado o chamado Estado Novo que, infelizmente, só caiu de pôdre em 1974.
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