quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Outono - Pablo Neruda

Ahora me dejen tranquilo.
Ahora se acostumbren sin mí.

Yo voy a cerrar los ojos

Y sólo quiero cinco cosas,
cinco raices preferidas.

Una es el amor sin fin.

Lo segundo es ver el otoño.


No puedo ser sin que las hojas
vuelen y vuelvan a la tierra.

Lo tercero es el grave invierno,
la lluvia que amé, la caricia
del fuego en el frío silvestre.

En cuarto lugar el verano
redondo como una sandía.

La quinta cosa son tus ojos.



Fotografia: MC

5 comentários:

Anónimo disse...

Tus ojos....

Belo!

V.

Anónimo disse...

anda aí uma apaixonante nostalgia...

miguel disse...

O poema é belíssimo.São 5+3+3+2+3+1 versos - algo estranho.São palavras vulgares.Há o último verso mais que vulgar.São palavras vulgares postas nos sítio certo. São os qualificativos.É também, diga-se, o maravilhoso castelhano escrito.

Mas nem era preciso identificar o autor. O poema é belo.Tão belo que se basta a si próprio. Porque dizer exactamente porque é belo, decifrá-lo, analisá-lo, é bem dificil.

Há esta arte inexplicável de tornar belas as palavras que só alguns têm.

Mário disse...

Anónimo V. - Danke

Anónimo - anda apenas uma sensibilidade crescente, face aos fenómenos da natureza, e um enorme interesse pelas coisas pequenas, vulgares e quase banais, com alguma náusea relativamente ao faz-de-conta, à mania das grandezas e ao novo-riquismo e artificialismo

Miguel - se falares com o Pablo (Neruda)... diz-lhe que quem partiu os seus versos fui eu. Eles são corridos, sem interrupções. A dissecação foi minha, e perdoa a singularidade da táctica 5+3+3+2+3+1. Foi de ouvir o Kike Flores a dizer como o Benfica vai jogar amanhã, acho, que me deixei influenciar. Ou talvez porque, se eu tivesse sido bafejado pelo talento de Neruda, os repartiria assim.

Anónimo disse...

A propósito de Kike Flores, este nome dava um belo poema primaveril. Que tal tentares?

Estou a ver o derby e as flores são muitas ...............:)))
V.