domingo, 16 de novembro de 2008

será a galinha dos ovos de oiro?


(enviado pela Virgínia)

7 comentários:

Anónimo disse...

Aposto que há professores que desejaram que fossem de ouro... assim talvez tivesse doído mais. :)

Está engraçado, o quadro.

Virginia disse...

Penso que o toucado ( lembra o de Nicolau Tolentino) lhe apararia o choque. É a sua carapaça. Não lhe desejo mal nenhum fisicamente, mas uma pequena lavagem ao cérebro ao melhor estilo "Laranja Mecânica" talvez não lhe fizesse muito mal. Não sei como é que a senhora consegue dormir com tantas vozes a berrarem ao ouvido.

Ainda hoje v~em duas cartas muito inteligentes no Público, que devem ser lidas pelos leigos.

Virginia disse...

Penso que o toucado ( lembra o de Nicolau Tolentino) lhe apararia o choque. É a sua carapaça. Não lhe desejo mal nenhum fisicamente, mas uma pequena lavagem ao cérebro ao melhor estilo "Laranja Mecânica" talvez não lhe fizesse muito mal. Não sei como é que a senhora consegue dormir com tantas vozes a berrarem ao ouvido.

Ainda hoje v~em duas cartas muito inteligentes no Público, que devem ser lidas pelos leigos.

Mário disse...

Por que raio não dão autonomia às escolas e confiança aos docentes, sinalizando apenas as directivas nacionais e deixando os objectivos específicos para cada estabelecimento?

As diferenças regionais e as idiossincrasias do tecido social só podem ser entendidas por quem está no terreno.

Nunca mais nos livramos do sistema napoleónico, ainda por cima agravado pelos restos da Inquisição e pelo bolor salazarengo. Que país mais centralista!

Virginia disse...

A autonomia - segundo o Presidente do CE da minha escola há dez anos - era a autonomia para gerir a penúria, ou seja limitava as verbas e as escolas que se desenrascassem sozinhas. Nunca houvce autonomia, foi sempre uma pseudo-autonomia, que nos tornava responsáveis por discutir diplomas e papelada sobre decretos que já estavam mais que decididos pelo Governo ou pelas DRs. Uma vergonha. Como sabem que discutir algo dimanado do Ministério leva horas de reuniões porque são não sei quantas cabeças a dar sentenças, o Min. envia/va tudo para as escolas, com prazos limites inexequíveis, logo, nunca as decisões das escolas determinavam as escolhas.

Dou um exemplo: quando se discutiram as aulas de 90m, houve grupos como o de Ed. Fisica, Ed Visual Português, etc que apoiaram essas aulas , dado que permitiam actividade mais extensiva e mais eficaz, na sua opinião. Os profs de Línguas opuseram-se por unaninimidade, alegando, com razão pedagógica, que mais vale ter contacto com a Língua várias vezes por semana- quanto mais melhor - do que 1 vez em 90m, que é o que acontece no básico. Apesar da nossa insistência, o Ministério impôs, segundo eles para tornar os horários mais fáceis de fazer e não multiplicar toques de campainha (!!!) que TODAS as aulas de todas as disciplinas seriam de 90m.

Esta têm sido uma das causas maiores da desmotivação dos alunos e professores, muito mais grave quanto a mim do que a avaliação...mas já está implementada há cinco anos e ninguém a vai mudar. Errado.

Sorry pelo meu desconsolo, mas é o que eu sinto.

Apaga uma das minhas intervenções que foi a mais.

Mário disse...

Tive ocasião, no Conselho Nacional de Educação, de me opôr às aulas de 90 minutos. Ninguém conse4gue estar hora e meia a ouvir quem quer que seja, sem ter pausas para espreguiçar, levantar, expandir.

A atenção baixa a cada 8 segundos -segundos! Daí a televisão ter os surtos assíncronos dentro desses intervalos de tempo, caso contrário, ou se adormece ou se faz zapping.

Se não houver constantemente uns "psst!", a atenção perde-se, muito mais ainda em alunos que se levantam cedo, são hiperestimulados por estímulos artificiais (se ainda fosse natureza...), estão cansados da véspera, dormem em casas barulhentas, e se desconcentram com facilidade, sobretudo se forem rapazes.

É pena que o Ministério não entenda o que são crianças e adolescentes...

Virginia disse...

Nem mesmo com visionamento de filmes interessantes - por vezes até fascinantes - eu conseguia prender a atenção deles mais do que 60m; estando eles a trabalhar em grupos muitas vezes, podendo falar livremente enquanto faziam os exercícios ou mesmo fazendo jogos de palavras e buscas no dicionário, era um bico de obra, do qual saíamos exaustos.
Quando se pensa que a maioria dos profs têm dias de 90+90+90 e à tarde reuniões ou aulas de substituição ou ainda Conselhos Pedagógicos, ao qual pertenci, que chegavam a levar 5 horas, pergunto-me quem vai resistir.
Tudo isto para ganhar uns míseros 1000 euros - se tanto, a meio da carreira.
Com 37 anos de serviço tenho uma reforma de 2000 euros que é tudo o que se pode ambicionar no meu caso.