segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Não foi milagre... foi o piloto!



Neste fim de semana - a propósito deste título que vinha num dos jornais, relativo à queda do avião em Nova Iorque, estive entretido a pensar no que são os milagres e, por associação de ideias, as traições, mais do que os simples pecadilhos de omissão, mentirolas ou esquecimentos.

Voltarei ao tema, mas queria deixar aqui um pontapé de saída: como há tempos escrevi, creio que Deus foi um mau pai, tendo abandonado o filho na cruz. Por arrogância dos deuses, mas perante um filho homem.

Agora, dei por mim a pensar, também baseado em algo que já escrevi, que Judas é que foi traído por Cristo, e não o contrário. Cristo traíu-o, porque sabendo o que se iria passar, conforme o relato da Última Ceia, deveria ter aconselhado Judas, actuado, feito alguma coisa que evitasse que Judas o entregasse e, depois, se enforcasse na figueira, cheio de remorsos e sentimento de culpa.
Cristo agiu mal, e agiu porque Judas representava um perigo - o único homem letrado entre os Apóstolos, o que poderia denunciar todo o obscurantismo que estava inerente à religião, e dar ao movimento cristão as bases teóricas e programáticas a que Cristo queria fugir.

Um péssimo exemplo - prefiro Santo Agostinho, Gandhi, Olof Palme, Obama, tantos outros.

Não se abandonam filhos, não se traem companheiros. Vade retro!

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