Falando na tertúlia "125 minutos com Fátima Campos Ferreira", que decorreu no Casino da Figueira da Foz, D. José Policarpo deixou um conselho às jovens portuguesas quanto a eventuais relações amorosas com muçulmanos, afirmando: "Cautela com os amores. Pensem duas vezes em casar com um muçulmano, pensem muito seriamente, é meter-se num monte de sarilhos que nem Alá sabe onde é que acabam".
A Igreja no seu melhor (e logo num casino!!!). Depois do Papa condenar os homossexuais por não terem filhos, vem Dom José Policarpo dizer isto - um homem que conheci pessoalmente e que admirei pela sua clarividência e sentido de humor. A primeira parece que se esvaíu, o segundo anda muito rasca.
Jovens: cautela, ou seja, comprem o amor no cauteleiro - pode ser que saia a taluda, ou um taludo. Ou um padre pedófilo, por exemplo.
PS: Quando nos podemos alistar para as Cruzadas contra os Infiéis???
9 comentários:
Esta malta das igrejas...
Dá-me a sensação de que quando têm noção de que a sua influência e protagonismo começam a atenuar, têm de dizer algo que, por um lado não provoque um grande choque, mas que por outro deixe os seus seguidores a pensar levando-os à igreja para se aconselharem com o pároco e este poder ter algo que fazer para além de dar sermões. Grande conluio entre D. José e a "raia miúda!"
Não quero ser ofensivo para quem segue a doutrina, nem ferir susceptibilidades.
Se ofendi alguém, peço desculpa.
É apenas uma leviana opinião em tom de fraca piada...
Abraços a todos!
Apoio incondicional ao blogger e ao Zé.
Ouvi isto no telejornal e fiquei parva, disse alto: Esta gente está louca!! Quanto mais achas na fogueira , melhor...e já agora um jorro de gasolina para reacender as cinzas.
Tenho uma amiga que esteve noiva dum árabe, após uns cinco anos de namoro e acabou por não casar, pois ele preferiu uma prima árabe também, segundo me disseram. Era uma relação dificil, mas fascinante segundo ela me contou depois de passado o choque inicial.
Sou pró casamentos inter-raciais e gosto de ir a cidades como Leeds, onde 60% das pessoas que se vêem nas ruas vêm de países exóticos. Converso sempre com os indianos e paquistaneses - sobre futebol, em geral:)) porque gosto de ouvir a pronúncia ( lembra-me a dos nossos primos de Goa) e sinto afinidades latentes.
Uma sociedade só de brancos (WASP) seria uma seca....que bom haver Obamas e Kings e Jacksons e tantos mais.
O que mais me impressionou nas declarações, foi não apenas virem de um dos mais prestigiados e lúcidos elementos da Igreja (o que pensarão os outros?!) mas a estupidez - repito, estupidez - da frase e do pensamento.
O que sabem os bispos do Amor? O que sabem, aliás, as pessoas em geral do amor entre duas pessoas? Não é uma coisa íntima e estritamente pessoal?
Não esteve Maria Madalena apaixonada por Cristo? Provavelmente terão tido um filho, aliás, segundo várias versões com alguma fundamentação histórica.
"Nem Alá sabe onde acabam"... e o Deus Católico sabia onde acabava a aleivosia dos seus "ministros"?
Nao esta mal protestar contra a igreja quande se a ama, o mal esta en critica-la ponde-se de fora, como os puros.
Nao, nao esta mal lancarce contra o pecado e as coisas feias que vemos,o mal esta en carregalas aos outros e querer-se inocentas, pobres e mansos.Isto e que e mal.
que o comentário foi de muito mau gosto, isso é um facto. Mas não há dúvida, que muitas vezes o choque de culturas existe e fazem-se muitas cedências. Falo por experiência própria, uma vez que sou casada com um asiático e temos hábitos e formas de pensar muiiiiito diferentes.
Anónimo: o que escrevi aplica-se a QUALQUER pessoa. Ninguém tem o direito de dizer a outra por quem se deve ou não apaixonar. Alertar para o perigo do Islão, é o mesmo que dizer que os algarvios, minhotos ou espanhóis não são recomendáveis.
Se me perguntar o que penso da situação da mulher em alguns países muçulmanos, dir-lhe-ei: não estou de acordo. Se me perguntar se os Estados devem ser laicos, direi que SIM, absolutamente sim.
Mas isto de dizer que os católicos são os bons e os outros os maus é que não aceito.
Em nome dessa doutrina cometeram-se as piores coisas: cruzadas, inquisição, etc.
Os valores humanos, entre os quais a igualdade de direitos entre mulheres e homens, entre religiões e etnias, entre opções ideológicas e desportivas, não são propriedade de ninguém.
O Ecumenismo de João XXIII e de João Paulo II foram, hoje, vilmente atraiçoados.
Je dirais même plus, como os Duponts.
Portugal tem sido paulatinamente atrasado, devido à influencia duma Igreja retrógrada, temerosa, autoritária e insidiosa. Igreja esta, que sempre se intrometeu na política do Estado, que a influenciou e até induziu governantes a cortarem a Liberdade aos cidadãos. Não posso acreditar numa Igreja de capelinhas, de cliques, em que só se ajudam os amiguinhos, se trocam favores com a benção do senhor Padre e o perdão da confissão, que apaga todos os crimes e dá benesses.
Depois duma adolescencia devotada à JECF e a acreditar no impossível, dei uma volta de 180º, graças ao meu ex-marido que é inteligente e arguto. Ele foi me explicando lentamente toda a parte negativa da Igreja como instituição em Portugal e na História. Acreditei nele e daí não ter casado pela Igreja para grande choque do meu Pai.
De muito MAU GOSTO mesmo, na minha modesta opinião. Eu que cresci sem o peso dessas barreiras ( felizmente!), que nasci numa familia multi-racial, multi-cultural, tenho uma grande dificuldade em aceitar e até compreender este tipo de comentários, certo tipo de atitudes, seja lá de quem for.
Tens razão, Pat.
A nossa família tem arianos, monhés, croatas, italianos e sei lá mais o quê.
No alentejaníssimo solo português, as formas de machismo ainda existem, como na cidade dos Arcebispos.
O que está errado são os comportamentos, não as opções individuais. Violência doméstica é violência doméstica, seja praticada por muçulmanos, católicos, homens, mulheres, adolescentes ou pais. Isto de banir uma comunidade religiosa inteira é inacreditável.
Acho que foi por estar num Casino que a cabeça do Cardeal pensou que era uma roleta ou um jackpot.
A propósito: como é que um Cardeal aceita ir a um Casino? Antro de vício, fomentador de dependências, negação da espiritualidade, enriquecimento rápido á custa da sorte e não do trabalho, felicidade na Terra...
Alguém responde? Algum jornalista levanta a questão? Não, como nunca ninguém respondeu à questão que eu coloquei e que hoje o Miguel Sousa Tavares voltou a pôr: o que tinha Baltazar a ganhar, em 2004, em pedir a custódia de Esmeralda - é que ainda não consegui um raio de uma resposta e já escrevi para mais de vinte jornalistas sobre o tema.
Talvez o Huck responda...
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