terça-feira, 11 de maio de 2010

a vida familiar no masculino

Um excelente Livro, coordenado por Karin Wall, Sofia Aboim e Vanessa Cunha, sociólogas do ISCTE, que aborda a evolução do papel do Homem nos diversos ecossistemas, designadamente na família, e dentro dela, o papel como cônjuge e como pai nos seus vários contextos (em casal, separado, com partilha conjunta, padrasto, etc). Exisitam já muitos livros sobre o papel das mulheres, mas quase nada sobre os homens, parentes pobres da análise científica, e que apesar de serem tidos como numa dinâmica perdedora, são grandes beneficiados da mesma evolução e mudança de paradigma que tanto de bom trouxe às mulheres.

Baseado num estudo de investigação científica, o Livro, composto de vários capítulos, é curiosamente escrito por sete mulheres (e foi apresentado na Ler Devagar, por três homens. Fui um deles e coube-me falar sobre a nova paternidade).

A informação existe - a sabedoria vem da leitura deste Livro. Recomendo!

PS: e recomendo uma visita à Ler Devagar, agora sediada em Alcântara, na zona Lx Factory, com um excelente aproveitamento de um velho armazém.


2 comentários:

Virginia disse...

Penso teoricamente que o Homem deveria ter um papel muito influente na vida das crianças, como te vejo a ti e vi o nosso irmão mais velho ter na educação dos filhos. Penso que, vocês são excepção. Não porque tenha alguma coisa contra outros homens-maridos e pais, mas poruqe do que me é dado ver - e estou a falar do meu fiho, por exemplo, a responsabilidade na profissão é de tal maneira exigente e devoradora do seu tempo fora e em casa que pouco sobra para poderem estar com os filhos nas tarefas diárias e se o fizerem, não descansam, não dormem nem seis horas por dia, estão com um olho nos miudos e outro nas video conferencias, nos telefonemas, etc.
É diabólico, quase o qe se pode fazer em casa em termos de trabalho universitário e isso obriga a uma dispersão, mesmo quando os pais deveriam estar com os filhos.
As mães aturam todos os momentos em que o pai está "ausente", no meu caso, o meu -ex era o paradigma do pai mchista, que só chega quando os mennos já estão de pijama para irem para a cama....e ao fim de semana trabalha ainda.
Quero acreditar que as coisas mudam....adoro o filme Kramer c Kramer e outros....deviam mostrar-nos melhor a realidade parental.

Maria João Reino disse...

Pois é! É verdade que os homens já vão mudando, pela positiva no contacto directo com os filhos. No meu caso tive e ainda tenho um pai, q apesar de se ter ausentado muito para nos dar o melhor nunca descurou e quando chegava ao fim de semana era só nosso. Mesmo agora com as netas fica na maior com todas e nenhuma confusão lhe faz pegar num recem nascido!!!!
Mas ainda há muito maschismo infelizmente, mas tbm felizmente existem as excepções à regra!
Vou comprar para ver se coloco alguma actualidade cá em casa!!!!