quarta-feira, 11 de novembro de 2009

comunistas ou fascistas?


O PCP rejeitou hoje os votos de congratulação e saudação pelos 20 anos da queda do Muro de Berlim apresentados na Assembleia da República, considerando que da parte de alguns partidos há uma "gigantesca tentativa" de "reescrita da História".

Público on-line


Felizmente a História re-escreveu-se, com a derrota do social-fascismo.

4 comentários:

Virginia disse...

A seguir ao dia 25 de Abril, na euforia da revolução, disse ao meu -ex que estava entusiasmada com a Escola, pois tinham formado listas para a gestão e eu tinha sido convidada a participar numa ( a que ganhou, curiosamente), com pessoas dos vários quadrantes, desde a direita até ao MES. Havia uma outra lista que era formada por pessoas todas ligadas ao PC, radical, queriam sanear todos os profs mais velhos e o seu discurso era profundamente demagógico, autocrático e categórico.
Falando com o meu -ex que tinha a minha idade - 27 - mas sabia muito mais da vida e de História do que eu, ele disse-me uma frase que nunca mais esqueci." Não te fies nos comunas (sic), são iguais ao fascistas ou piores. Ai de nós se tomam conta do país, então é que vamos às urtigas". Eu ri-me, achei um exagero.
Ele não o disse por anti-comunismo primário, mas porque tinha em casa n livros sobre a extrema esquerda e as esquerdas europeias, Marx, Lenine, etc.e sabia o que Stalin representava.

É impressionante como quase quarenta anos depois os "adeptos" desse partido continuam a acreditar numa ideologia bárbara e utópica, negando a verdade dos factos e recusando-se a aceitar a queda dos regimes. Será que eles irão alguma vez aceitar a História?

catuxa disse...

Um amigo nosso, filho de um comunista convicto, foi à Alemanha de Leste, logo a seguir à queda do muro. Depois de muito ver, dizia "ena pá, o meu pai devia ver isto". Muitos comunistas defendem uma utopia, não conhecem a realidade. É pena.
Eu estava na faculdade quando o muro caiu e nunca mais se falou de outra coisa nas cadeiras de literatura e cultura alemã. A forma pacífica como decorreu foi admirável. Na altura, alguns autores temiam o renascer de uma hegemonia alemã (citando, nomeadamente, Thomas Mann), que dera maus resultados no passado. Neste momento, acho que isso está fora de causa, a Alemanha tem sabido crescer e pertence (com um papel fundamental) a uma União Europeia. Apesar de algumas falhas, a União Europeia tem possibilitado um aumento do nível de vida, da paz e da liberdade sem precedentes na Europa. Para não falar do papel da Europa no resto do mundo. Acredito que ainda vai derrubar muitos muros, físicos, sociais, económicos, e não só.

Huckleberry Friend disse...

Fachos até à quinta casa e com nula capacidade de renovação mental, apesar da evolução geracional. Veja-se o "jovem" Bernardino Soares com a Coreia do Norte e a recentíssima (mais nova do que eu) Rita Rato a propósito dos gulags. Hopeless, o seu destino é o do muro e mai'nada.

Virginia disse...

Concordo com o que a Catuxa diz sobre a Alemanha e a Europa. Quando vou à Alemanha - e nos passados dez anos devo ter ido umas quinze vezes, sempre que tinha um feriado com ponte ou nas férias - fico pasmada com o progresso das cidades.
Um amigo meu com quem estive ontem, sérvio, tinha estado uma semana em Hamburgo e dizia-se deslumbrado com as alternativas ao carro individual a que assistiu: bicicletas para pais e crianças, patins, skates, eléctricos rápidos, metro, comboios para todos os lados, bilhetes especiais para famílias, enfim é um nunca acabar de ofertas alternativas - que eu aproveitei tb - para que ninguém possa dizer que tem de usar o carro. Até para os esquis há lugares especiais nos comboios!!!
Quem me dera ser governada por alemães. Pode ser que tb haja corrupção, mas não há tanta incompetência e ganância. E como dizia o meu filho João, há 80 milhões de polícias a assegurarem-se de que todos cumprem :)))

P:S:
Esta medida do Jaime Gama ( aproveito para dizer o que penso) foi espectacular, só prova que até na UE tem de haver um mínimo de ética e de contenção nas despesas. Era chocante o que se fazia em termos de viagens e milhas.