domingo, 1 de novembro de 2009
Pão por Deus! Pão por Deus!
Hoje é dia de Pão por Deus.
Tenho cinco filhos e dois netos activamente envolvidos neste Dia - ontem o dia foi de arranjar os sacos de pano, pintá-los (ao mesmo tempo que recortavam caras nas abóboras, porque Halloween (All Hallows' Eve) e Todos os Santos andam a par...) - e creio que viver, "na pele" as tradições "de aldeia" é muito importante para a formação das crianças.
Nos bairros das cidades também haveria hipótese de fazer reviver estas e outras tradições, genuinamente portuguesas, sem andar a reboque dos comerciais dias dos namorados e afins - compete às autarquias, paróquias e agremiações ressuscitar estes momentos.
O Pão por Deus é um momento muito rico na vida das crianças - andar a percorrer as ruas da aldeia ou bairro, a tocar às portas e a pedir o "pão por Deus", e a receber doces e bolos de festa previamente preparados pelos adultos, é um momento grande de solidariedade e comunhão.
O que seria desejo, seguramente, de "todos os santos"...
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5 comentários:
Nasci e vivi em África alguns anos, bem como os meus pais que também nasceram lá, e os avós que aos 3 anos viram os seus pais trocar a Metrópole pela vida calma num Continente distante. Talvez por isso esse tipo de tradições nunca tenham acompanhado a nossa família, pois nem pais nem avós os viveram na sua infância. Tenho pena, pois acho que de alguma forma têm a haver comigo, e são momentos únicos vividos em família. É curioso como também com os mais velhos nunca fomentei esses programas, e lembro-me de dizer muitas vezes que tinha pena de não ter uma "Terra", no sentido de casa de aldeia, de família, onde todas essas coisas acontecem, pois a "Nossa Terra", tinha ficado para trás e muito longe. Mas se por ventura quiser incluir a Caetana para o ano nesse programa....!!!!??????, acho que ela não se importa...!!!!
Bjs Milene
Acho muito dofícil criar este espírito em cidades grandes porque não há aqulea cultura de aldeia. Os meus filhos sempre se ressentiram disso, dado que quase todas as pessoas do noret têm raízes em Trás-os-Montes ou no Douro. Quando vivi em Chaves , estes três dias 31, 1 e 2 eram a Feira dos Santos, de que tenho grandes saudades. Nunca comi tão bem , nem me diverti tanto como lá nesses dias. À noite toda a gente ia para a rua, os miudos também e havia stands e lojas abertas com tudo, carroceis, carros, farturas, chouriços, bôlas, etc.
O meu João adorava a Feira, quando saía do infantário pelas 4 íamos comner algodão doce e nadar de corrocel. Bons tempos. Con 31 anos, apetecia-me paródia ( nunca a tive na realidade porque o meu marido era o Dr. Juiz!), mas pelo menos aproveitava o meu filhinho para me divertir com ele.
Nunca é tarde para começar,porventura pelo prédio onde vivemos, depois pela rua, e finalmente com voos mais alargados.
Eles rejubilam, e contraria-se a ideia - potenciada pelos media de que "em cada outro há um inimigo".
Quando era criança vivia de forma muito especial o "Pão por Deus". Mal dormia nessa noite e acordava ainda de madrugada, a aguardar ansiosa pela hora de poder sair de casa para ir pedir o "Pão por Deus". Por isso, deliciei-me quando hoje de manhã, ao dar um passeio com os meus filhotes por Sintra (com 7 meses ainda são muito novos para essas andanças de porta a porta), vi algumas crianças de saco em punho, com um brilho nos olhos, a viver este dia tão especial!
Parabéns pelo blog
Mónica Oliveira
Aqui em Coimbra até há pouco tempo havia esse costume de andar de porta em porta (geralmente no prédio e arredores)a cantar os "bolinhos e bolinhós". A certa altura eram tantos, que fingíamos não os ouvir! No ano passado em Curitiba ajudei os meus netos a vestirem-se a preceito (a Rita de bruxinha e o João de vampiro) e andaram pelo condomínio (fora era perigoso!) a arrebanhar montes de doces e chocolates.
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