domingo, 15 de novembro de 2009
vacina anti-gripe A
Tendo o Ministério da Saúde decidido ampliar a vacinação contra a Gripe A (H1N1) às crianças a partir dos 6 meses, como estratégia de Saúde Pública para evitar a propagação do vírus, mas também para protecção dos mais vulneráveis, sou da opinião que os pais devem vacinar os seus filhos quanto antes, informado-se no centro de saúde da área de residência sobre o timing e horário adequado (que pode variar de centro para centro).
Muitos pais continuam com medo, pensando que a vacina é perigosa. Não o é, caso contrário, nem o Center for Diseases Control, nem a Agência Europeia do Medicamento, nem as autoridades portuguesas a preconizavam.
Mário Cordeiro
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146 comentários:
Olá Dr Mário. Antes de mais obrigado pelo conselho. Uma pergunte, são todas as crianças a partir dos 6 meses, ou até uma determinada idade?
Paulo Galindro
Neste momento são apenas as crianças até aos dois anos. Provavelmente, virá a fase seguinte para os outros.
Se houver suspeitas de gripe, mas não confirmada, vacinam-se na mesma.
Este "post" já nos poupou um mail. Obrigada.
Obrigada Professor. Assim saberemos o que fazer quando chegar a altura do nosso filho poder ser vacinado. Ele é acompanhado pelo Professor desde que nasceu (Guilherme Joaquim) e nós já estávamos a pensar em pergunta-lhe a sua opinião :-)
A vacinação das crianças é uma coordenada de três critérios:
1) haver vacinas - e agora já há;
2) as crianças como veículos de transmissão da doença - e têm sido em grau elevado;
3) a gravidade da doença nas crianças - os estudos feitos até agora, principalmente nos EUA, parecem demonstrar alguma tendência para casos graves nas crianças mais jovens.
Bom dia,
Sou mãe de dois meninos com 3 anos e 21 meses, portanto um deles é elegível para dar a vacina a partir de hoje.
Temos vindo a reflectir seriamente sobre se devemos ou não vaciná-lo e chegámos à conclusão que não o faríamos, por 2 razões principais que agora lhe resumo: primeiro é uma criança saudável e portanto não se antecipam qualquer tipo de problemas; segundo parece-nos excessivo querermos proteger as crianças de tudo, correndo o risco de estarmos a "criar" seres muito vulneráveis, com poucas defesas e que poderão pagar este preço na vida adulta ou na velhice.
Gostaria de ouvir a sua opinião.
Muito obrigada,
Catarina Diogo
Bom dia!
Hoje de manhã quando acordei ligo a televisão para ver as notícias e deparo-me com a notícia do feto que morreu numa mãe grávida de oito meses supostamente depois de levar a vacina!
Mais uma vez a comunicação social excedesse sem estar atenta às consequências. Também estou grávida e ainda não levei a vacina, mas penso no pânico que gerou nas que já tomaram a mesma. Mandam uma suspeita para o ar , sem sequer estar confirmado por uma autópsia? Neste momento nem sei quantas grávidas já estarão vacinadas, mas fico indignada com tamanha burrice e falta de informação que podem gerar pânico desnecessário ainda por cima numa grávida, em que stress não deve ser um ponto a favor!
Maria João Reino
Todos os dias há pelo menos um caso de um feto-morto. Claro que a perplexidade, dor e raiva dos pais têm de ser projectadas em algo, de preferência externo. As vacinas são o bode expiatório ideal.
Mas, repito, esta vacina é segura - argumentar que "é uma manobra das multinacionais para ganhar dinheiro" é o mesmo que dizer que as constipações são uma manobra dos fabricantes de lenços de papel.
Devo dizer que, como profissional, começo a estar farto de tanta desinformação, designadamente a que aterra nos nossos mails e à qual muita gente dá mais crédito do que dá às organizações científicas mundiais. E do facilitismo com que se querem explicar fenómenos complexos através de respostas básicas e simples.
Bom dia Dr. Mário
Esta era realmente uma questão que estávamos a pensar em lhe colocar em breve!
Os nossos filhotes de 8 meses, não frequentam o infantário... continua a ser preferível vaciná-los?
Obrigada
Mónica Oliveira
Mesmo não estando em infantário há possibilidade de contrair gripe...
Professor, sei que estou ainda pouco informada, mas acredito que sim, que a vacina seja segura. No entanto, não deixa de ser uma nova doença na sociedade, e uma nova vacina no mercado. E se surgirem novas gripes, mais vacinas, qual deverá ser o nosso critério para decidir e optar pela vacinação ou não?
Também nos disse que se houver sintomas de gripe, que deveríamos actuar conforme sempre fizemos. Porquê então a opção da vacina ser a mais aconselhável?
Agradeço desde já este post, eu tenho 2 meninas (Bruna com 3 anos e a Rafaela com 8 anos) que são seguidas pelo Dr. Mário Cordeiro, em relação a este assunto estava um pouco renitente em vacina-las na próxima fase, mas já que o Dr. me esclareceu, e acima de tudo é a favor, vou com certeza aguardar por essa oportunidade.
Mais uma vez o meu muito obragada
Realmente, com tantas opiniões contraditórias, "inflacionadas" pela notícia de mortes ou consequências graves após admistração da vacina (estejam elas ligadas ou não), torna-se difícil conseguir tomar uma decisão que possa ser considerada acertada a 100%. Uma coisa é certa: não deveriam os médicos - as pessoas em quem mais se confia neste caso - serem os primeiros a incentivar e a dar o exemplo? Todos aqueles (e são mais que muitos neste caso) que afirmam não quererem tomar a vacina, não a aconselhando aos outros, só vêm "perturbar" ainda mais os que no dia-a-dia não conseguem tomar uma decisão serenamente...
No seguimento do comentario anterior, venho também deixar a minha dúvida. Encontro-me num dilema relativamente ao meu nino de 9 meses... estou inclinada para a vacina mas tenho uma nuvem negra sobre a cabeça devido a todas as suspeitas levantadas e principalmente por saber (de fonte segura) que alguns pediatras, e outros médicos, não estão a pensar vacinar os seus filhos (alguns com menos de 2 anos)... é isto que me assusta....
Obrigada
Graça
Pois é... E - repito - se os próprios médicos emitem estas reservas, como é que nós, "simples pais", podemos ficar tranquilizados? Gostaria de saber se todos aqueles "especialistas" que dão garantias sobre essa vacina também já a tomaram ou se a deram aos filhos...
Pessoalmente, acho que a prática médica, e consequentes indicações aos utentes - pelo menos no que toca às vacinas - deve ser fundamentada pela "Medicina baseada na evidência", bem como no que a Ciência tem produzido sobre a matéria, e não em convicções pessoais ou nos e-mails que circulam nas nossas caixas de correio electrónico.
A vacina é considerada segura por todas as autoridades científicas mundiais e pelas academias e sociedades pediátricas. Cabe aos pais a decisão final, claro, mas factos são factos. Todos os dias revejo o que o Lancet, New England Medical Jornal, BMJ e outras revistas de nomeada escrevem sobre o assunto, e não vi, ainda, nada que diga que esta vacina é mal produzida, que tenha efeitos esquisitos ou otura coisa qualquer.
Claro que, quando se escreve num jornal: "Grávida perde feto depois de vacinada" passa a sugestão de que há uma relação causa-efeito. Mas também poderiam ter escrito "Grávida perde feto depois de ver a novela das dez" - seria tanto verdade como a anterior...
Dr. Mário Cordeiro,
Deixe ser eu a fazer a pergunta que (penso eu) muitos lhe querem fazer e que, com certeza, poderá contribuir para "aliviar" (ou não!) alguns pais: quando e se chegar a altura, o Dr. vai também levar a vacina e dá-la aos seus filhos?
Obrigado.
Li a sua sugestão para participar no debate sobre a Gripe A. Mas não tenho nada a dizer sobre o assunto. Não somos médicos. Temos um pediatra, escolhido por nós, em quem confiamos inteiramente. Se esse pediatra é de opinião que devemos vacinar o nosso filho, vacinamos. Sinceramente, não será com base nas sugestões dos media que vamos decidir sobre a saúde do nosso filho. Respeito os outros Pais, respeito os Pais que perderam filhos com esta Gripe, mas acho que temos todos que acalmar, respirar e focar-nos na opinião de quem confiamos e segue os nossos filhos.
Carlos: quando chegar o "meu" momento, vacino-me sem problemas. Quanto aos meus filhos, quando chegar a altura deles já terão tido gripe A, seguramente, caso contrário, vaciná-los-ei. Mais do que por eles, pelo impacte na Saúde Pública e no corte da transmissão da doença.
Elisete: obrigado!
Agradeço desde já este post a sinceridade nas respostas do Prof. Mário Cordeiro. Contudo fico na dúvida de se a "necessidade" demonstrada em vacinar as crianças entre os 6 meses e os dois anos decorre meramente da preocupação em conter a propagação da “gripe A” a nível nacional ou se há de facto razões fortes para proteger as crianças das consequências da infecção desta gripe. Isto é, se estas crianças forem infectadas qual as consequências para a sua saúde, como devem ser tratadas e se já tiverem sido vacinadas qual o grau de protecção que têm com a actual vacina? PS: tenho dois filhos uma menina de 1 ano e um rapaz de 3. Cumprimentos
Diogo
Creio que são duas vertentes: a protecção individual e a colectiva. A primeira, baseada no que se vai observando e que mostra que os mais jovens podem ter maior número de casos graves. A segunda, fundamentada no facto de as crianças estarem a ser as principais transmissoras do vírus.
Cada um pesará estas vertentes e decidirá. Mas que seja uma opção consciente, baseada na percepção do risco, e não num qualquer mail a dizer que é tudo inventado, ora pelo Bin Laden, ora pelos "americanos".
Uma das questões que me tem alarmado é o facto da vacina adquirida por Portugal conter 5 microgramas de tiomersal e 10, 69 miligramas de escaleno. Estes valores podem afectar o normal desenvolvimento das crianças ?
Olá Dr Mário... novamente.
Antes de mais gostaria de felicitá-lo pela transparência e sinceridade que consegue imprimir em tudo aquilo que faz... seja no blogue, seja nas consultas, seja a nível pessoal. Nós, como pais de duas crianças de 8 e 3 anos que são seguidas por si, confiamos inteiramente nas indicações e conselhos que nos vai dando em matéria de saúde (e não só)dos pequenos. Portanto, se no diz que a vacina é totalmente segura, não iremos decerto dar crédito a outras opiniões de outros que não conhecemos e que não nos dizem nada. Até porque em tempo de paranóia, temos sempre tendência em empolar os poucos casos problemáticos que de alguma forma corroboram os nossos maiores receios, em detrimento de um número substancialmente superior de casos se sucesso. Se uma das pessoas que foram vacinadas tiver problemas e morrer (mesmo que tal não tenha uma relação de causa efeito com o acto em si), isso vai decerto pesar muito mais do que as restantes 100 que fizeram exactamente o mesmo e "sairam ilesas". Assim sendo, quando chegar o momento da "pica" para os nossos filhotes, o seu aconselhamento será decerto absolutamente importante na tomada da nssa decisão.
No entanto, gostaria apenas de levantar aqui algumas questões que considero pertinente para compreender este fenómeno de tranferência do medo da doença para o medo da cura,para deitar mais gasolina numa fogueira que já vai grande:
1.Considero-me uma pessoa mediamente informada. E de facto, num mundo dominado pela indústria farmacêutica, que tal como todas as grandes indústrias criadas pelo Homem tem muitas vezes comportamentos mafiosos, subversivos e sinistros que nada têm a ver com os propósitos que lhe estão subjacentes, é muito compreensível, que nós, simples mortais, fiquemos de pé atrás face a este tipo de fenómenos. É óbvio, que para além do problema de saúde pública (que existe, é inegável, ainda que na minha humilde opinião, intencionalmente empolado) estamos perante uma excelente oportunidade de negócio, envolvendo fluxos de dinheiro absolutamente astronómicos. E isso, assusta, porque nos sentimos absolutamente indefesos e na mpele de cobaias.
2. A vacina é segura. Disso não tenho dúvida, pelos menos 97%. No entanto, confio 100% em si, Dr. Mário, como médico e pessoa, o que o coloca à frente da mesma, na pole position, e isso para mim vai ser fundamental na decisão. Gostaria apenas de perguntar porque razão temos de assinar um termos de responsabilidade se a quisermos levar. Não o fiz para mais nenhuma vacina que seja considerada segura. Porquê então este acto administrativo, que aparentemente inócuo, propícia todo o tipo de especulações por parte de quem está deste lado? A sensação de segurança não deveria começar logo na base da pirâmide?
É minha a impressão ou verifica-se aqui a aplicação do famoso e cínico provérbio árabe "Confia em deus, mas prende os teus camelos"
Um grande abraço de um admirador do seu trabalho.
Paulo Galindro
Bem haja, dr. Mário, o que aqui faz é serviço público. Também nós, pais, iremos seguir a recomedação do nosso médico - pois se é do nosso filho, é nosso também ;-)
Tenho contudo ainda uma dúvida: quando o nosso filho de 6 anos vier a apresentar estes sintomas gripais, o que nós podemos fazer é ficar com ele em casa e tratar dos sintomas que apresenta, certo?! Ou seja, naquela situação, justifica-se ainda dirigirmo-nos ao consultório, ao hospital ou ir à procura do Tamiflu?? Seja A ou sazonal, não vamos já saber através de um diagnóstico, pois não?
Muito obrigada! E mais uma vez, parabéns pela discussão aqui gerada.
Bom Dia Professor Mário,
Para início de diálogo : Os Médicos são Cientistas, como tal as suas opiniões baseiam-se num conhecimento que tem como fonte um método, de experimentação, verificação, confesso a minha irritação ao ver tantas pessoas com opiniões próprias baseadas no, tão pouco fiável, senso comum.
É muito comum assistir a este tipo de confusões, porque pensam julgam ter uma visão filosófica, porque vão a uma exposição sentem-se seguros para apreciar do ponto vista artístico, e assim por diante.
Como Pais podemos optar moralmente, baseados em convicções mais ou menos sustentadas, se queremos ou não imunizar os nossos filhos.
A partir desta opção convém confiar nos tais que estudaram, estudam e estudarão a melhor forma de proteger as crianças de doenças infecciosas e debilitantes.
Dou como exemplo o Rotavirús, e o Professor sabe que por este eu tenho especial antipatia, o nosso Benjamim foi vacinado, a escolha era nossa mas o conselho profissional só poderia ser do Professor ( ou de outro médico a quem tivéssemos confiado o apoio ao saudável crescimento dos nossos filhos).
Creio que é muito importante separar saberes, eu posso "mandar bocas"sobre qualquer coisa mas não emito opiniões avalizadas, a não ser sobre algo que seja da minha area.
Simplificando. cada macaco no seu galho. Pais Opção moral, médicos opinião cientifica!!!
Claro que os media vendem mais em cima de mortos e doentes do que em cima de pessoas imunizadas.
Ah e não basta ir á Net, é preciso ter as ferramentas cognitivas para separar as verdades das manipulações, mais uma vez a preparação e o trabalho específico de quem se dedica a uma area do saber!!!
Espero não ferir sensibilidades parentais!!!!
Somos pais não façamos de deuses pois pode correr mal.
Professor, Obrigado pela claridade!!!
Caro Professor, uma vez mais obrigada pela disponibilidade em abordar assuntos tão importantes para as pessoas como este da gripe A e vacina. É realmente muito importante acedermos a informação da sua parte de forma a ficarmos mais esclarecidos. A questão que coloco hoje é a seguinte: caso o nosso filho, de 4 anos, apresente sintomas de gripe, devemos fazer uma análise para podermos saber se teve gripe A? isto para decidirmos se vale a pena vacinar ou não, quando chegar a altura. Muito obrigada
Olá
Muito obrigado pelas vossas palavras. Apenas tento exercer a minha profissão com o maior apoio dos dados científicos que temos. E, por maioria de razão, o que preconizo para os outros é oq ue faço ou faria com os meus filhos (incluindo eventuais erros...).
Quanto à vacina, estamos conversados: é segura (na medida, claro, que todos estes produtos o são, e temos de admitir que até com um simples paracetamol se pode fazer uma lesão hepática grave, como ao andar na rua se pode escorregar, cair e morrer...), e tem indicações clínicas individuais, mas também dentro de uma estratégia de saúde pública.
Quanto aos anti-víricos (Tamiflu, Relenza, etc) não estão indicados em pediatria, salvo cassos muito excepcionais.
Se se tiver gripe: tratar cada sintoma por si (febre, tosse, faringite, etc), fazer repouso, convalescer (pelo menos 3 dias sem febre) e evitar exercício físico intenso nas duas semanas depois.
Recorrer a um serviço: só pelas mesmas razões que fariam recorrer noutra situação qualquer, com ou sem gripe.
Abraços e contribuam para pôr alguma ordem na freguesia. Agora que morreu mais um feto numa grávida vacinada, a confusão vai aumentar. Mas TODOS OS DIAS morre um feto no último trimestre de gestação... com o aumento da vacinação nas grávidas, este facto (morte em vacinada) será mais frequente, o que não quer dizer que a vacina tenha alguma coisa a ver com o caso (seria o mesmo que dizer que a tal pessoa que caíu na rua estava calçada... mas a culpa não é directamente de usar sapatos.)
Bom dia a todos!
De facto a confusão vai ser cada vez maior, mas se não confiamos em quem nos guia diariamente, vamos confiar em quem? Na comunicação social! Chegou a minha vez, grávida de 26 semanas vou ser vacinada 2ª feira juntamente com a minha filha Carmo que tem 2 anos e meio. Confio nas palavras sábias do Dr. e da minha médica e é por eles que me pretendo guiar. Confesso que estou um bocado nervosa, mas talvez por tanta anormalidade que roda aí! Enfim, devo estar pior sem a vacina do que com. O facto é que estou grávida e muito mais vulnerável para apanhar doenças e como os meus dois sobrinhos já estão com a gripe A... afinal já não está assim tão longe, pelo que para prevenir ou pelo menos tentar o melhor é fazer o que temos ao nosso alcance!
Mais uma vez agradeço ao Dr pelos esclarecimentos prestados, pois vou seguramente tomar a vacina na 2ª feira. Espero que não doa muito, vou tomar primeiro para ver se a Carmo não fica logo a chorar, pode ser que se me vir a mim primeiro pense: isto é peanuts!!!!!
Cpmtos,
Maria João
é possível fazer-se um teste de imunidade na dúvida se já se ter tido ou não?
Podem dosear-se anticorpos, mas não vejo grande necessidade, a não ser em casos excepcionais em que importa saber para agir de forma diferente.
Aproveito para dizer que o tiomersal, o tal adjuvante que assusta muita gente, já foi há anos totalmente ilibado na história do autismo, e que está a ser substituído em alguns países por pressão das políticas de ambiente, mais pelo mercúrio global do que por danos na pessoa, individualmente. Sò que não há capacidade, neste momento, de fabricar vacinas que cheguem sem tiomersal - um dia que o seja, o mercúrio (tiomersal) será excluído, mas daqui e de outras actividades produtivas.
Boa tarde a todos,
Hoje fui vacinar a minha pequenita (17 meses), confesso que com um pouco de receio, mas conversei com o pediatra, falei com uma médica infecciologista, e ambos aconselharam à toma: serão maiores os riscos de contraír gripe, do que os da vacina! Portanto, temos de confiar e, quando a opinião de uma dos melhores pediatras que conheço, é a de tomar a vacina, fico quase sem dúvidas!
Dr. Mário Cordeiro, tenho passado dias e dias a fazer pesquizas na net para tentar chegar a uma unica opinião. Estou gravida de 7 semanas o que me faz temer em muitos niveis o possivel contagio da H1N1. Não consigo perceber se a vacina será inofensiva ou ofensiva á saude de quem a toma.
Nas minhas pesquizas tenho encontrado artigos que alertam para a possibilidade de um desenvolvimento do "sindrome Guillain-Barré" a quem administrar a referida vacina. Já foi mencionado também que não estamos perante nada invulgar, que aliás a gripe sazonal provaca numeros muito mais elevados de óbitos anuais.
Estou preocupada e muito mas mesmo muito baralhada.
Pode ajudar no esclarecimento?
Obrigado.
Boa Tarde DR. Mário Cordeiro, o meu filho foi vacinado na passada 6ª feira com a vacina da Gripe Sazonal Istivac Infantil, aconselhada pelo Pediatra, gostaria de saber se pode fazer posteriormente a Vacina da Gripe A na mesma e quanto tempo depois de ter feito a primeira toma da Istivac?É que deverá novamente repetir a vacina Istivac um mês após a 1ª toma.
Ele tem 19 meses é seguido pela Imunoalergologia na Estefanea por episódios recorrentes de sibilância e pieira, tendo já tido 1 internamento aos 14 meses por crise asmatiforme.
O que me aconselha?Fazer a vacina da Gripe A ou apenas a Istivac?
Muito obrigado, Mónica Coimbras.
Ana: muitas vezes gostaríamos que, perante a gestão do risco, alguém dissesse, por nós, o que deveríamos fazer. Era mais cómodo, mas sinceramente, acho que a velha história de "o médico mandou" já passou à História. O médico deve informar, com veracidade e rigor, mas quem deve formar o conhecimento, as atitudes e depois optar em termos de comportamento são, no caso das crianças, os pais.
Acho que é contra a vacina deverá dizer porquê e, também dizer como estabelece o equilíbrio entre os dois riscos: doença e vacina. Eu, pessoalmente, já tenho a minha ideia sobre isso...
Mystic - quanto à sindroma de Guillan-Barré, é uma entidade que pdoe surgir sem mais nada ou associada à gripe. Também a vacina da gripe, segundo o que se sabe de anteriores, pode causar esta doença, que é grave, mas num risco de cerca de 1: mais um milhão de vacinados. Com a gripe o risco é bastante superior.
Mónica - se comparar as duas gripes, a que neste momento prevalece é a A. Mas em pessoas com risco acrescido, recomendam-se as duas. Pode fazer a A e, daqui a três semanas, a sazonal.
Boa noite
Obrigada Dr Mário por ter introduzido esta discussão no seu blog. Vai certamente ajudar muita gente a clarificar algumas ideias. Quero deixar o meu testemunho enquanto grávida de 16 semanas e mãe de uma menina de 5 anos com uma cardiopatia. Pode ser que ajude alguém. Pertencemos ambas ao grupo de risco A. Já fomos vacinadas e tudo correu muito bem, nenhuma de nós apresentou efeitos secundários. Fiz a amniocentese 1 semana depois da vacinação (esta 2ª feira) e até agora corre tudo bem. Nunca tive dúvidas quanto à minha vacinação e muito menos quanto à da minha filha, opinião reforçada após saber que já haviam casos de Gripe A na escola e na mesma sala. A vacinação não doi mais do que uma vacina normal e até a minha filha levou tudo com imensa descontração …creio que até sentiu um certo orgulho de “levar a pica da Gripe A” (como ela diz) sem chorar.
Nem 1 minuto do meu tempo desperdicei a ler ou ver qualquer comentário sobre possiveis efeitos secundários da vacinação. Só o faria se saísse de uma revista científica e mesmo assim não sei se chegaria a compreender alguma coisa...Limito-me portanto a saber a opinião dos médicos que me acompanham a mim (Drª Madalena Antunes) e à minha filha (Dr Mário Cordeiro e Dr Rui Anjos), em quem confio plenamente e que percebem bem mais deste assunto do que eu, do que os jornalistas e do que os cibernautas que para aí andam a gerar a confusão na população em vez de ajudar.
Tenho porém duas dúvidas que gostaria de ver respondidas neste forum, se assim se proporcionar. De acordo com o centro de saúde, ser-nos-ão administradas 2 doses com um intervalo de 3 semanas, mas ao que parece ainda não é certo. Já há alguma novidade em relação a este assunto? Isto leva à 2ª questão que é saber quanto tempo depois da 2ª dose poderemos ficar totalmente imunizadas?
Muito obrigada
Alexandra
Obrigado, Alexandra. Acho que fez a opção correcta. Quanto às doses, parece de facto que uma dose única é suficiente. A OMS e as próprias empresas farmacêuticas dizem que sim.
A imunidade vai-se estabelecendo e, em média, cerca de duas semanas depois já há níveis suficientes. Obviamente que esta produção tem muito de pessoal e até da experiência imunológica da pessoa.
Olá Dr. Mário!
Mto obrigada pelos esclarecimentos que nos tem prestado.
Sinceramente, com toda a confusão que se tem gerado à volta deste tema, é difícil não ficarmos confusos.
Sou mãe da Bia (de 18 meses) e do Lourenço (de 3 anos e 5 meses) e vivemos em Madrid. Em Portugal somos acompanhados pelo Professor (e a falta que sinto aqui de si por não o ter "à mão"). Por recomendação do pediatra que nos acompanha aqui, os dois foram vacinados para a gripe normal, em duas doses, no início de Outubro e no início de Novembro, mais precisamente no dia 2 de Novembro. A Bia, ontem, dia 17 de Novembro, foi vacinada para a gripe A (aqui a vacinação dos grupos de risco só começou no dia 16 de Novembro). No caso dela, dado o historial clínico de broncopneumonia, bronquite, bronquiolite, etc... o pediatra considerou por bem vaciná-la já. A 2.ª dose será administrada dentro de 3 semanas. Pergunto-me agora, e depois de ter lido tudo o que foi escrito, se as vacinas das duas gripes não terão sido administradas em períodos muito próximos. Queria que me esclarecesse sobre este aspecto, por favor.
Em relação ao vacinar ou não vacinar, eu tenho a ideia de que devemos dar crédito à opinião dos médicos que acompanham os nossos filhos e em quem confiamos a 100% (se bem que eu confio mais no nosso médico português do que no espanhol...)e foi isso que eu fiz, imediatamente depois de ter lido aqui no seu blog que os nossos filhos deveriam ser vacinados o quanto antes.
Boa noite e, uma vez mais, obrigada.
Ana Simão.
Adenda: A Bia foi vacinada com 2,5 ml. Será necessária então a 2.ª dose?
Ana Simão
Ana - Obrigado pelas suas palavras. Pode-se vacinar com 3 semanas de intervalo. A dose pediátrica, em princípio, é suficiente para adquirir imunidade.
Boa Noite,
Tenho algum receio em dar a tão falada vacina à minha filha de 2o meses. Ainda que possa ser um receio pouco racional...
de qualquer forma, e partindo do princípio que vou optar por dar, gostaria de perguntar ao Doutor Mário se, uma vez que ela está a tomar Lantigen B desde o início do Outono, se há qualquer contra indicação para que ela não tome, pelo menos para já, a vacina da gripe A. Muito Obrigada.
Bom dia Dr e desde já obrigada por todos estes esclarecimentos. Realmente a comunicação social levou a que demasiadas pessoas, mesmo bastante informadas, cedessem a especulações e alarmismos que a única coisa que conseguem é confundir-nos
Ainda as vacinas não estavam disponíveis já nós estávamos decididos a dá-la à nossa filha e o nosso pediatra é da mesma opinião que o Dr
Agora ela está é quase a completar os 15 meses e terá de levar a vacina do plano nacional, há 3 semanas levou a da gripe sazonal (apenas 1 dose por recomendação do pediatra)
Daí que pergunto quando será melhor tomar a da gripe A?
Pelo que já li é necessário fazer um intervalo de 3 senanas, certo?
Será então preferível tomar o mais breve possível e adiar a dos 15 meses ou tomar só depois da outra?
Apanhar ao mesmo tempo não convém mesmo, pois não?
Obrigada
Bom dia,
A minha questão é semelhante, apenas com a diferença que a minha filha tem sete meses e vai tomar agora a Prevenar (na próxima semana). Como devemos fazer? Vacino agora com a Prevenar e espero três semanas para dar a da Gripe A?
Obrigada!
Olá!
Tenho lido "confio no meu médico por isso vou confiar nele e vou vacinar (ou não".
Mas tenho lido tantas opiniões diferentes de pediatras que são de acordo e de pediatras que não o são como sabemos então em que pediatra confiar? porque afinal no meu caso a médica de familia acha sim, que os beneficios são muito superiores às consquências, mas a pediatra (que levou a vacina e ficou com uma tosse horrivel) que não sabe bem o que dizer, diz que sim que era bom levar, mas que também ninguém garante que daqui a uns tempos as crianças não comecem a apresentar problemas a nível neurológico ou outros.... como ficam pais que ouvem isto? eu e o meu marido temos a cabeça num nó... afinal é a saúde dos nossos filhos que está em risco (tenho um com 6 meses e outro com 3 anos e meio)
Outra dúvida... qual a dose que vai ser administrada nas crianças? as tais 2 doses de 2,5ml ou doses de 5ml como os adultos?
outra... o meu pequenino levou ontem as vacinas dos 6 meses, quando poderá levar a vacina da gripe A? a pediatra disse 1 mês, mas pelo que li algures aqui nos comentários alguém levou a vacina com 2 semanas de intervalo, é seguro?
Obrigada por estar desse lado a esclarecer tantas dúvidas a estes pais cujo cerebro para já ter um nó.
Márcia
Bom dia,
apesar do meu filho, de 9 meses, não ser seu paciente, os seus livros são "bíblias" para mim, pelo que a sua opinião sobre esta vacina é muito importante! Já tinha decidido vacinar o meu filho (o pediatra dele também é totalmente a favor) e as suas opiniões, que tenho lido na imprensa e agora aqui, só vêm validar essa decisão. Mas gostava de deixar um "desabafo": hoje, na TSF, o presidente do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos afirmou que seria preferível que as crianças não recebessem a vacina! José Manuel Lopes dos Santos entende que a vacina que está disponível em Portugal não é a melhor para a saúde das crianças... Perante isto, é impossível uma mãe ficar descansada...
Obrigada
Teresa
Bom dia.
Começo por saudar o Dr. Mário Cordeiro, tenho o seu Livro da Criança ao qual recorro com frequência.
Tal como a maioria dos pais que aqui colocaram os seus comentários, tenho dúvidas acerca da vacinação para a Gripe A da minha filhota de 10 meses, embora opiniões como a do Dr. Mário ajudem a pender os pratos da balança para o sim.
De qualquer forma, não queria perder a oportunidade para desmistificar (ou não) o meu principal receio quanto à vacina:
Ao que julgo saber, a PANDEMRIX detém na sua composição (ao contrário de outras vacinas aceites pela sentidades competentes, sendo que não percebo porque Portugal não optou por essas...) ESQUALENO (?) e TIMEROSAL (um tipo de mercúrio para conservação da vacina). A minha questão é: essas substâncias são efectivamente perigosas? Existe ou não alguma relação entre elas e algumas doenças neurológicas como o autismo e a tão falada Guillan-Barré?
Peço por favor ao Dr. Mário que esclareça esta questão, que estou certo é partilhada por outros pais e que poderá ajudar na decisão.
Saudações de um seguidor do seu trabalho.
Apesar de não ter problemas para já com a gripeA - ninguém da família mais chegada a apanhou -o pequenito de oito meses vai ser vacinado - gosto de ler estes conselhos sábios duma pessoa que não tem nada a ganhar e que dispende horas da sua vida pessoal a responder aqui neste pequeno espaço. Obrigada, Mário. Orgulho-me muito quando leio estes depoimentos e espero que continues por muitos e muitos anos assim,competente, lúcido, equilibrado e sensível.
Apenas uma correcção: penso que os termos correctos em português para as referidas substâncias são escaleno e tiomersal...
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1424796
Qual o seu comentário a estas declarações? Obrigada pela sua disponibilidade em esclarecer pais preocupados:)
Olá a todos (como diria o Noddy).
Estou fora de Lisboa e com dificuldade de aceder à Net.
No entanto, aproveitando um bocadinho de rede, queria agradecer as vossas palavras, e dizer ao Paulo que tem razão: ainda hoje, no artigo que escrevi no Público, fiz essa asneira.
Quando há várias vacinas para dar, é melhor ver quais as prioritárias em termos de epidemiologia - claro que a gripe A vence...
Como é uma vacina viva, convém fazer um intervalo de três semanas de outras vacinas vivas (VASPR, varicela) mas não é necessário qualquer intervalo para vacinas "não-vivas" (todas as outras).
As doses são as pediátricas, maws crê-se que uma só poderá chegar, embora a EMEA ainda não se tenha, que eu saiba, pronunciado sobre isso.
Quanto aos pediatras que desaconselham a vacinação, melhor será que lhes perguntem qual a fundamentação para a atitude. E outra coisa são alguns achados teóricos, e depois o interesse prático - dando um outro exemplo: é como dizer (que é verdade) que a congelação dos purés de legumes faz perder 5% das vitaminas, mas se isso tem algum impacte na vida da criança é outra história).
A vacina que temos é esta, não adianta estar a pensar em outras. A questão é: vacinar com esta ou estar à espera que o Pai Natal (de 2010) traga outras e assumir o risco - cada um sabe e a cada um compete decidir.Quando representam sociedades científicas têm de dizer se falam a título próprio ou em nome da sociedade.
A síndroma de Guillan-Barré é uma entidade que existe e pode surgir em menos de um para um milhão de vacinados. Não há nada a risco zero. Até a vida, que acaba, em 100% dos casos (pelo menos até agora) na morte!!!
Boa Tarde
Antes de mais o meu muito obrigado ao Dr. Mário por este cantinho.
Tenho uma filha com 22 meses a qual sei que devo vacinar o quanto antes, mas ainda não o fiz. Estou com muito medo.O pediatra dela é a favor tal como o Dr. Mário, mas também sei de outros pediatras que estão contra esta vacina.
A minha questão prende-se com o seguinte:
O pai da minha filha sofreu, segundo os médicos de sindrome de Guillan-Barré, quando tinha 6 anos de idade e ficou paralitico durante uns meses. Felizmente tudo correu bem e ao fim de muita fisioterapia voltou ao normal.
Gostaria de perguntar ao Dr. se haverá alguma predisposição genética para este problema? A minha filha terá mais probabilidade de sofrer deste sindrome do que qualquer outra criança??
Já agora gostaria também de saber a opinião do Dr. sobre a morte de 4pessoas na Suécia e 1 pessoa na Alemanha poucos dias e/ou horas depois de apanharem a vacina contra o H1N1? Sei que as autoridades descartam qualquer possibilidade de causa-efeito, mas perante noticias destas, como pode o coração de uma mãe ficar descansado??
Muito Obrigado
Paula Martins
Boa tarde Dr. Mário,
O meu filho de 24 meses foi ontem vacinado contra a Gripe A, por indicação do pediatra que o acompanha, bem como ao irmão de 4 meses. Pelo que li a imunidade estabelece-se em cerca de 2 semanas. Em termos práticos, isso significa que se exposto ao vírus neste período, poderá ser igualmente contagiado, como se não tivesse sido vacinado?
Obrigada por proporcionar este espaço de discussão e partilha.
Boa noite Dr Mário Cordeiro.
Gostaria de pedir a sua opinião sobre a situação dos meus filhos.
A minha filha de 4anos teve Gripe A e o irmão de 18meses esteve sempre em contacto com ela durante o período de quarentena(7 dias). O meu filho nasceu com sopro no coração (apenas diferença do batimento cardíaco)e como tal por conselho médico iniciou a toma do Oseltamivir(Tamiflú), 1xdia/10dias.
Contudo só a 1º e a 2ºtoma engoliu. As outras 4 tomas, vomitou-as e desisti de as dar.
O que devo fazer? Será que ficou imune por estar em contacto com a irmã? será que devo dar a vacina? Lembro que é uma criança de risco, dai a minha duvida.
Obrigada pela sua atenção e ajuda.
Patricia
Ganhei o dia ao descobrir este blog.
Obrigada Dr. Mário!
Olá Dr,
Tal como a Patricia tenho a dúvida: se o único dos meus filhos que não teve gripe A, ficou imune por ter estado em contacto com os irmãos e se o mesmo se aplica a mim e ao meu marido.Iremos ainda apanhá-la?
Paula
Já está! O rapazola está vacianado (15 meses) e continua com o braço lindo, sem sinal nenhum, super bem dissposto e a fazer disparates!
Confesso que para mim não foi como outra vacina, mais por culpa da comunicação social (que não sei porquê não noticia: - Grávida perde bebé e não tomou a vacina ou grávida, após cesariana, corre perigo de vida e não tomou vacina.) Bolas para a liberdade de imprensa e ao zonzon dos utentes habituais do Centro de Saúde. Somos conscientes e sabemos o que fazemos (MSaúde). Contudo, ainda há a dúvida de 1 ou 2 doses. Aguardo. Ahh, e perdi uma tarde de trabalho e tinha a hora marcada (formam eles que telefonaram!), enfim! E haja saúde!
Catarina Falcão
Olá novamente!
a falar novamente com a minha médica de familia ela diz que sim a vacina contem vestigios de clara de ovo... e no plano de vacinação a que contém isto é a dos 15 meses... e as crianças antes dos 12 meses ainda não experimentaram clara de ovo....
ela diz que isto é a grande dúvida dos médicos.... a introduçao de um componente alergénico em crianças menores de 12 meses...
é isto?
li algures que já há pediatras a mandarem dar um bocadinho de clara de ovo aos bebés pequenos para ver se fazem reacção para saber se se pode dar a vacina com segurança ou não... mas e é seguro dar clara de ovo (uma quantidade minima) a um bebé de 6m? e se ele entra em choque?
a minha médica disse também que até agora os doentes mais novos que teve foi com 9 meses.... mas que nos bebés pequeninos o risco é tão grande como para as grávidas... não gostei desta parte face ao panorama que temos visto...
é isto?
acho que quanto mais leio pior fico... mas não vou deixar de me informar ao máximo pois é a saúde dos meus filhos... e não consigo pensar "desgraças podem acontecer a qualquer momento" porque somos nós os pais que estamos a tomar uma decisão que pode afectar o futuro deles... isto é tramado.
Márcia
Olá
Para responder a todos, de modo sucinto:
1. a síndroma de Guillan-Barré pode surgir na sequência de várias infecções (por exemplo por uma bactéria chamada Campylobacter jejunni, que dá diarreia), pelo vírus da gripe ou mais raramente pela vacina (e por outros estímulos imunitários). Não é uma doença hereditária embora possa haver (não se sabe...) uma tendência familiar para responder dessa forma às proteínas estranhas. No entanto, como é tão raro, não há casos suficientes para estabelecer essa relação.
2.o facto de uma criança não apanhar gripe com a família toda engripada não quer dizer que a tenha tido, de forma assintomática, embora a probabilidade de isso ter acontecido é alguma.
3. mesmo no período de incubação, a vacina pode estimular os anticorpos e dominuir a intensidade da doença, como acontece com o sarampo ou varicela.
4. a alergia ao ovo que conta é o choque anafiláctico pela ingestão de ovo, e que tanto pode acontecer à primeira como à "enésima" ingestão de ovo. Os testes de comer ovo antes da vacina são escusados. Esta situação é raríssima.
5. o tamiflu não se deve dar em crianças, muito menos como preventivo. É um anti-vírico e deve ser reservado a indicação médica nos casos mais graves.
Espero que tenha esclarecido - agora não posso tomar decisões por vós... pesem tudo e decidam em coerência e consistência, com base em dados científicos e não em "diz-que-diz". E perguntem-se: se fosse perigoso, todas s insitutições, estatais, mundiais, científicas, advogavam a vacina? Estamos na mão de loucos, a todos os níveis? Nesse caso eu sou um deles... mas ao contrário do que um leitor do Público escreveu, não enviei a minha crónica para esse jornal de Cancun com viagem paga pelos laboratórios, como ele dizia...
"Quanto aos pediatras que desaconselham a vacinação, melhor será que lhes perguntem qual a fundamentação para a atitude."
O mesmo se pode questionar sobre quem defende esta vacina em concreto, dado os escassos dados existentes...
"A vacina que temos é esta, não adianta estar a pensar em outras. A questão é: vacinar com esta ou estar à espera que o Pai Natal (de 2010) traga outras"
Por só termos esta, devemos aceita-la com resignação e sem a questionar?!?
Porque será as entidades de alguns países não a querem, e não a dão a crianças e grávidas? São paranóicos? Talvez sim, ou talvez o seguro tenha morrido de velho...
Há, e para o ano? Quando chegar a HxNy? nova onda de vacinação, não é? Estou a ver muitos $$$$ e não é só para o lobby da indústria de lenços de papel :)
Para o comentário anterior: Quais as entidades que não as querem? Quais os países que não a dão a crianças e grávidas?
E a poeira no ar, a quem servirá?
Boa tarde.
Antes de mais, é de louvar a disponibilidade de um profissional para nos vir esclarecer assim desta forma fácil. Por isso os meus sinceros agradecimentos.
Sem querer ser muito chata, queria fazer uma pergunta: decidi dar a vacina ao meu filho, que tem 14 meses. Ele será vacinado na 3ª feira que vem. A minha pergunta é, se por acaso ele apanhar a gripe A até lá mas ainda não se tiver manisfestado com sintomas pode ser perigoso levar a vacina? Obrigada
Olá
Ana: pode vacinar. A vacina poderá diminuir os sintomas de gripe, nunca aumentá-los.
Rui: obrigado. Ia mesmo responder.
Seguro: vacine-se se quiser, não se vacine se não quiser. É consigo. Há médicos, porventura, qua ainda tratam amigdalites com sanguessugas...
Apresente-me argumentos médicos provados, em estudos científicos, ou pareceres de entidades credíveis. Até lá, desculpe, mas não me faz mudar de opinião.
Aliás, é evidente - evidentíssimo - que as firmas farmacêuticas que fabricam vacinas vão ganhar muito dinheiro. COmo os lenços de papel e os desinfectantes. Mas, Seguro, prefiro dar-lhes esse dinheiro do que aos cangalheiros e às agências funerárias, ou gastar 250€ com cada dia de internamento (subindo a quase 1000€ se for numa unidade de cuidados intensivos).
Já ouvi essa argumentação com a vacina da meningite C - desde que foi introduzida acabaram as meningites pelo meningococo C e pouparam-se cerca de 60 vidas por ano, além de mais de 250 pessoas com handicaps graves definitivos. O Seguro poderia ser um, ou os seus filhos... não lhe desejo isso.
Mas faça o que quiser - sa cabeça serve para pensar, como faz a "ex-ministra" da Finlândia, sejam lá os pensamentos o que forem...
PS. sabe uma coisa curiosa? não me vacinei, porque ainda não chegou a minha vez, infelizmente, e estou de cama com gripe. Preferia estar bem, garanto-lhe... e o mesmo com os meus filhos, que passaram bastante mal com a gripe.
Sou também profissional de saúde e regresso ao trabalho em contacto directo com o público, após licença de parentalidade, em Dezembro. No Centro Hospitalar em que trabalho também ainda não chegou a nossa vez de ser vacinados. O meu filho de 24 meses já foi vacinado, o pequeno de 4 meses ainda tem de esperar mais de um mês para o fazer. Se pudesse, eu tomava já a vacina, para o proteger a ele. É a única situação em penso que devíamos seguir o exemplo de outros países: os cuidadores de crianças que não podem ser vacinadas (< de 6 meses), poderem ser o alvo da vacinação. As suas melhoras :)
Caro Rui, como já foi referido em post anteriores:
"«O que era bom era que ficasse disponível a vacina sem o adjuvante», pelo menos para as crianças mais jovens, como acontece em países como Espanha, França e Suíça, defendeu.
Apesar de entender que «provavelmente» a vacina administrada em Portugal é «boa», o responsável da Ordem dos Médicos lembrou que ainda não há experiência suficiente que o comprove."
in http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1424796
Pensava que a gripe sazonal fazia mais vítimas que a H1N1, mas posso estar enganado...
Penso que muitas pessoas sentem que lhes estão a tentar impingir a vacina a todo o custo, o que sinceramente não ajuda em nada a sua aceitação...
Dr. Mário as melhoras.
Boa Noite Dr. Mario. Muito obrigado pela sua resposta sobre a sindrome Guillan -Barre. Contudo, a sua resposta levou-me a levantar outra questão:
Disse que esta sindrome poderia ser tambem provocada por estimulos imunitarios. Ora a minha filha está a tomar lantigen B, que penso ser um estimulante do sistema imunitário. Será indicado fazer a vacina e lantigen B, dado o historial do pai?
PS neste momento está a fazer o intervalo de 20 dias e retoma o lantingen B dia 29. A vacina vai tomar proxima semana
Mais uma vez o meu muito obrigado por nos ter proporcionado este espaço.
Paula Martins
Boa Noite Dr. Mário.
Suspeito que o meu filho de 18m tenha tido Gripe A devido aos sintomas que apresentou,apesar de não ter efectuado a analise.
Sendo eu de acordo com esta vacinação,devo dar-lhe a vacina nesta situação?
Pergunto de outra forma: se teve Gripe A existe problema em dar a vacina à mesma?
Desejo-lhe as melhoras e já agora ...fez o teste? A Gripe é A ou Sazonal??
Obrigado pela sua ajuda
Pedro
Tenho as mesmas duvidas que o Pedro. Se já não fazem a analise como é que sabemos se os nossos filhos tiveram gripe A ou não?
-Podemos vacinar-los à mesma?
Em relação ao comentário da Patricia:
-Se o Tamiflu não é um preventivo então para que serve?
Carlos Goncalves
Desejo as melhoras e obrigado pela sua ajuda. o seu blog está nos meus "Favoritos" :)
Descobri o blog por causa desta discussão. (Sei que não é por isso que escreve! mas...) Estou interessadissima no seu trabalho e quero mesmo conhecer os seus livros :) Não podia deixar de lhe agradecer a discussão que aqui promove. Desmistificar... É o que faz e é o que muito falta fazer em Portugal. ;) Tenciono vacinar o meu bebé e perdi o medo de o fazer... Confio nos bons profissionais. Confio em si.
Boa noite, Estou grávida de 35 semanas e levei a vacina na terça-feira consciente de que estava a escolher o mal menor. O que não me deixa de modo algum descansada... mas antes de tomar a vacina também não estva descansada. Fi-lo não tanto por causa das eventuais complicações de saúde que poderia ter se contraísse gripe A, mas porque é uma maneira de passar anticorpos ao meu filho que vai nascer numa altura de grande disseminação da doença. Prevê-se que pelo menos um terço da população contraia esta virose e 30% de possibildades de um bébé recém-nascido e com um ainda pouco desenvolvido sistema imunitário contrair a doença e as probabilidades de complicações da vacina que são bem menosres que esses 30% levaram-me a tomar a decisão. Bom bom era que não houvesse gripe A, que não houvesse doença nenhuma... mas infelizmente há e cada vez haverão mais viroses...o que é péssimo sendo os virus muito menos conhecidos que as bactérias, e as complicações decorrentes de das viroses bem piores uma vez que ainda não existe um modo 100% eficaz de os combater. Não vou aqui dizer que estou tranquila e descansada mas se calhar não estaria também descansada se não tivesse tomado a vacina.
Uma reflexão e uma proposta, com referências bibliográficas, por
Teresa Forcades i Vila, médica especialista em Medicina Interna e doutorada em Saúde Pública.
Teresa Forcades i Vila* - 11.10.09
Dados científicos
Os dois primeiros casos conhecidos da nova gripe (vírus A/H1N1,
estirpe S-OIV) diagnosticaram-se na Califórnia (EUA) no dia 17 de
Abril de 2009 [1].
A nova gripe não é nova por ser do tipo A, nem tampouco por ser do
subtipo H1N1: a epidemia de gripe de 1918 foi do tipo A/H1N1 e desde
1977 os vírus A/H1N1 fazem parte da época da gripe anual [2]; a única
coisa que é nova é a estirpe S-OIV [3] [4].
Cerca de 33% das pessoas maiores de 60 anos parecem ter imunidade a
este tipo de vírus da nova gripe [5].
Desde o seu início até 15 de Setembro de 2009, morreram com esta gripe
137 pessoas na Europa e 3.559 em todo o mundo [6]; há que ter em
atenção que anualmente morrem na Europa entre 40.000 e 220.000 pessoas
devido à gripe [7].
Como já disseram publicamente reconhecidos profissionais de saúde -
entre eles o Dr. Bernard Debré (membro do Conselho Nacional de Ética
em França) e o Dr. Juan José Rodriguez Sendin (presidente da
Associação de Colégios Médicos do Estado espanhol) -, os dados desta
temporada, pela qual já passaram os países do hemisfério Sul,
demonstram que a taxa de mortalidade e de complicações da nova gripe é
inferior à da gripe anual [8].
Irregularidades que têm de ser explicadas
Em finais de Janeiro de 2009, a filial austríaca da empresa
farmacêutica norte-americana Baxter distribuiu a 16 de laboratórios da
Áustria, Alemanha, República Checa e Eslovénia, 72 kg de material para
preparar vacinas contra o vírus da gripe da anual; as vacinas tinham
de ser administradas à população destes países durante os meses de
Fevereiro e Março; antes que qualquer destas vacinas fosse
administrada, um técnico de laboratório da empresa BioTest da
República Checa decidiu, por sua conta, experimentar as vacinas em
furões, que são os animais que desde 1918 são utilizados para estudar
as vacinas para a gripe; todos os furões vacinados morreram.
Investigou-se então em que consistia exactamente o material enviado
pela casa Baxter e descobriu-se que continha vírus vivos da gripe das
aves (vírus A/H5N1) combinados com vírus vivos da gripe anual (vírus
A/H3N2). Se esta contaminação não tivesse sido descoberta a tempo, a
pandemia que sem base real as autoridades sanitárias globais (OMS) e
nacionais estão a anunciar, seria agora uma espantosa realidade; esta
combinação de vírus vivos pode ser particularmente letal porque
combina um vírus vivo com cerca de 60% de mortalidade mas pouco
contagioso (o vírus da gripe das aves) com um outro que tem uma
mortalidade muito baixa mas com uma grande capacidade de contágio (o
vírus da gripe sazonal) [9].
Em 29 de Abril de 2009, quando apenas tinham passado 12 dias sobre a
detecção dos dois primeiros casos da nova gripe, a Drª Margaret Chan,
directora-geral da OMS, declarou que o nível de alerta por perigo de
pandemia se encontrava na fase 5 e mandou que todos os governos dos
Estados membros da OMS activassem planos de emergência e de alerta
sanitária máxima; um mês mais tarde, 11 de Junho de 2009, a Drª Chan
declarou que no mundo já tínhamos uma pandemia (fase 6) causada pelo
vírus A/H1N1 S-OIV [10]. Como pode fazer tal declaração quando, de
acordo com os dados científicos expostos acima, a nova gripe é uma
realidade mais benigna que a gripe sazonal e, além disso, não é um
vírus novo e ao qual parte da humanidade está imune?
Pôde declará-lo porque no mês de Maio a OMS tinha alterado a definição
de pandemia: antes de Maio de 2009 para poder ser declarada uma
pandemia era necessário que por causa de um agente infeccioso morresse
uma proporção significativa da população. Esta exigência - que é a
única que dá sentido à noção clínica de pandemia e às medidas
políticas que lhe estão associadas - foi eliminada da definição
adoptada no mês de Maio de 2009 [11], depois dos EUA se terem
declarado em «estado de emergência sanitária nacional», quando em todo
o país havia apenas 20 pessoas infectadas com a nova gripe, e nenhuma
delas tinha morrido [12].
Consequências políticas da declaração de «pandemia»
No contexto de uma pandemia é possível declarar a vacinação
obrigatória para determinados grupos de pessoas ou, inclusivamente,
para o conjunto dos cidadãos [13].
O que é que pode acontecer a uma pessoa que decida não se vacinar?
Enquanto a vacinação não for declarada obrigatória não lhe pode
acontecer nada; mas se chegasse a declarar-se a vacinação obrigatória,
o Estado tem a obrigação de fazer cumprir a lei impondo multa ou
prisão (no estado de Massachussetts dos EUA a multa para estes caso
pode chegar a 1.000 dólares por cada dia que passe sem o prevaricador
se vacinar) [14].
Perante isto, há quem possa pensar: se me obrigam, vacino-me e já
está, a vacina é mais ou menos como a sazonal, também não há para todos...
É preciso que se saiba que há três novidades que fazem com que a
vacina da nova gripe seja diferente da vacina da gripe anual: a
primeira é que a maioria dos laboratórios estão a desenhar a vacina de
forma que uma só injecção não seja suficiente e sejam necessárias
duas; a OMS recomenda também que não se deixe de administrar a da
gripe sazonal; quem seguir estas recomendações da OMS expõe-se a ser
infectado três vezes e isto é uma novidade que, teoricamente,
multiplica por três os possíveis efeitos secundários, embora na
realidade ninguém saiba que efeitos pode causar, pois nunca antes se
fez assim. A segunda novidade é que alguns dos laboratórios
responsáveis pela vacina decidiram adicionar-lhe coadjuvantes mais
potentes que os utilizados até agora nas vacinas anuais. Os
coadjuvantes são substâncias que se adicionam às vacinas para
estimular o sistema imunitário. A vacina da nova gripe que está a ser
fabricada pelo laboratório Glaxo-Smith-Kline, por exemplo, contém um
coadjuvante, AS03, uma combinação que multiplica por dez a resposta
imunitária. O problema é que ninguém pode assegurar que este estímulo
artificial do sistema imunitário não provoque, passado algum tempo,
doenças auto-imunitárias graves, como a paralisia crescente de
Guillain-Barré [15]. E a terceira novidade que distingue a vacina para
a nova gripe da vacina anual, é que as companhias farmacêuticas que a
fabricam estão a exigir que os Estados assinem acordos que lhes
garantam a impunidade no caso das vacinas terem mais efeitos
secundários que os previstos (por exemplo prevê-se que a paralisia
Guillain-Barré venha a afectar 10 pessoas por cada milhão de
vacinados); os EUA já assinaram estes acordos que garantem, tanto às
farmacêuticas como aos políticos, a retirada de responsabilidade pelos
possíveis efeitos secundários da vacina [16].
Uma reflexão
Se o envio de material contaminado fabricado pela Baxter não tivesse
sido casualmente descoberto em Janeiro passado, efectivamente,
ter-se-ia dado a gravíssima pandemia potencialmente causadora da morte
de milhões de pessoas que alguns andam a anunciar. É inexplicável a
falta de ressonância política e mediática do que aconteceu em
Fevereiro no laboratório checo. Ainda mais inexplicável o grau de
irresponsabilidade demonstrado pela OMS, pelos governos, pelas
agências de controlo e prevenção de doenças ao declarar uma pandemia e
promover um nível de alerta sanitário máximo sem uma base real. É
irresponsável e inexplicável até extremos inconcebíveis o bilionário
investimento saído do erário público destinado ao fabrico milhões e
milhões de doses de vacina contra uma pandemia inexistente, ao mesmo
tempo que não há dinheiro suficiente para ajudar milhões de pessoas
(mais de 5 milhões só nos EUA) que por causa da crise perderam o seu trabalho e a sua casa.
Enquanto não forem clarificados estes factos, o risco de este Inverno
serem distribuídas vacinas contaminadas e o risco de poderem ser
adoptadas medidas legais coercivas para forçar a vacinação, são riscos
reais que em caso algum podem ser desvalorizados.
No caso da gripe continuar tão benigna como até agora, não faz
qualquer sentido a exposição ao risco de receber uma vacina
contaminada ou o de sofrer uma paralisia Guillain-Barré.
No caso de a gripe se agravar de forma inesperada, como já há meses
anunciam sem qualquer base científica um número surpreendente de altos
dirigentes - entre eles a Directora-Geral da OMS -, e repentinamente,
comecarem a morrer muito mais pessoas do que é habitual, ainda terá
menos sentido deixar-se pressionar para ser vacinado, porque uma
surpresa assim só poderá significar duas coisas:
1. Que o vírus da gripe A que agora circula sofreu uma mutação;
2. Que está em circulação outro (ou outros) vírus.
Em qualquer dos casos a vacina que se está a preparar agora não
serviria para nada e, tendo em conta o que aconteceu em Janeiro
passado com a Baxter, podia ser, inclusivamente, que servisse de
veículo de transmissão da doença.
Uma proposta
Além de manter a calma, tomar precauções sensatas para evitar o
contágio e não se deixar vacinar, coisa que já propõem muitas pessoas
com senso comum no nosso país [Espanha].
Apelo a que se active com carácter de urgência os mecanismos legais e
de participação cidadã necessários para assegurar de forma rotunda que
no nosso país não se poderá forçar ninguém a vacinar-se contra a sua
vontade, e que os que decidirem livremente vacinar-se não serão
privados do direito de exigir responsabilidades nem do direito de
serem economicamente compensados (eles ou os seus familiares), no caso
da vacina lhes causar uma doença grave ou a morte.
Notas:
[1] Zimmer SM, Burke, DS. Historical Perspective: Emergence of
Influenza A (H1N1) viruses. NEJM, Julio 16, 2009. p. 279
[2] 'The reemergence was probably an accidental release from a
laboratory source in the setting of waning population immunity to H1
and N1 antigens', Zimmer, Burke, op. cit., p. 282
[3] Zimmer, Bunker, op. cit., p. 279
[4] Doshi, Peter. Calibrated response to emerging infections. BMJ
2009;339:b3471
[5] US Centers for Disease Control and Prevention. Serum
cross-reactive antibody response to a novel influenza A (H1N1) virus
after vaccination with seasonal influenza vaccine. MMWR 2009; 58:
521-4.
[6] Dados oficiais do Centro Europeu para o controlo e prevenção de
doenças (www.ecdc.europa.eu).
[7] Dados oficiais do Centro Europeu para o controlo e prevenção de
doenças (www.ecdc.europa.eu)
[8] Cf. Le Journal du Dimanche (25 juliol '09): Debré: 'Cette grippe
n'est pas dangereuse'; cf. La Razón (4 septiembre '09): Rodríguez
Sendín: Cordura frente el alarmismo en la prevención de la gripe A
[9] Cf. Virus mix-up by lab could have resulted in pandemic. The Times
of India, sección de ciencia, 6 marzo 2009.
[10] http://www.who.int/mediacentre/news/statements/2009
[11] Cohen E. When a pandemic isn't a pandemic. CNN, 4 de mayo '09.
http://edition.cnn.com/2009/HEALTH/05/04/swine.flu.pandemic/index.html
[12] Doshi Peter Calibrated response to emerging infections VMJ 2009;339:b3471
[13] Falkiner, Keith. Get the rushed flu jab or be jailed. Irish Star
Sunday, 13 septiembre '09.
[14] Senate Bill n. 2028: An act relative to pandemic and disaster
preparation and response in the commonwealth. 4 agosto '09. Cf. Moore,
RT. Critics rage as state prepares for flu pandemic. 11 septiembre
'09. WBUR Boston.
[15] Cf. Vaccination H1N1: méfiance des infirmières.
www.syndicat-infirmier.com/Vaccination-H1N1-mefiance-des.htlm
[16] Stobbe, Mark. Legal immunity set for swine flu vaccine makers.
Associated Press, 17 Julio '09.
Texto publicado no sítio da Coordenadora Antiprivatização de Saúde
Pública, Madrid, (www.casmadrid.org), em Setembro de 2009.
* Teresa Forcades i Vila, monja beneditina do Mosteiro de San Benedito
em Montserrat, Barcelona, é doutorada em Saúde Pública, especialista
em Medicina Interna pela Universidade de Nova Iorque, autora entre
outros livros de «Los crimines de las grandes compañias
farmaceuticas».
Tradução de José Paulo Gascão
Boa tarde Dr. Mário,
Agradeço, desde já o seu tempo e este seu espaço, tão útil e esclarecedor.
O meu filho (saudável) faz hoje 6 meses e amanhã de manhã vai ao centro de saúde à consulta e vacina dos 6 meses. Uma vez que acaba de entrar no grupo prioritário (6-24 meses), provavelmente a questão da vacina da gripe A colocar-se-á.
As minhas 2 questões:
- Será seguro vaciná-lo "logo no 1º dia dos seus 6 mesinhos"? Existem dados sobre quantos bebés de 6 meses foram já vacinados?;
- Será indicado ser vacinado para a Gripe A no mesmo dia em que recebe a vacina dos 6 meses (julgo que será a 3ª dose da vacina DTP - Difteria, Tétano e pertussis)?
Desde jáb grato pelo seu esclarecimento.
Pedro Gonçalves
Boa tarde Dr. Mário,
Venho colocar-lhe uma questão que não tem nada a ver com a questão da gripe A, mas que me suscita dúvidas e sei que, certamente, você será uma das melhores pessoas para esclarecer-me e "acalmar" os meus medos. A minha filha vai ser sujeita a uma intervenção cirúrgica de correcção a uma hérnia umbilical. O que pergunto é qual a verdadeira necessidade desta cirurgia, pois já li imensos artigos e fala-se, principalmente, em questões estéticas. A hérnia é pequena, ela tem 4 anos e meio. É simples, seguro? Desde já agradeço:)
Andreia, quero deixar-lhe apenas o meu testemunho - apesar de este ponto do blog ser sobre gripe A... (desculpe Dr. Mário Cordeiro)
Já sou mãe de dois filhotes, e aos cinco anos também tive de fazer essa operação, (quase!) há 30 anos! Mesmo depois das duas "barrigonas", o meu umbigo está normal e bonito!!heheh! (ninguém nota que fiz operação). Espero ter ajudado, e que corra tudo bem com a sua filhota.
Muito obrigada, Rita!!! Eu estou receosa porque é uma cirurgia com anestesia geral e, apesar de saber que é um procedimento muito simples e seguro,quero ter a certeza que não vou sujeitar a minha filha a uma cirurgia desnecessária... Conversei com o pediatra e com o cirurgião que me tranquilizaram, mas pensei que ouvir outras opiniões também não faria mal... Obrigada:)
Boa tarde, Dr. Mário.
O meu filho de 24 meses anda um pouco constipado.Tem expectoração e o nariz a pingar. Pode ser vacinado ou só depois de curar a constipação?
Boa tarde, doutor, este post foi decisivo para vacinarmos o nosso bebé de 9 meses, e por isso agradeço-lhe.
O nosso filho foi vacinado na quinta-feira passada e, na 6a feira, uma bebé da mesma sala foi para casa com sintomas de gripe e hoje foi confirmada a gripe A. Gostaria de saber a sua opinião sobre se é melhor manter o meu filho em casa, visto ainda não estar imunizado, e ainda quanto tempo demorará a desenvolver os anticorpos.
Obrigada e parabéns por este tópico
Melissa
Bom dia,
Antes de mais gostaria de agradecer o espaço dedicado ao assunto.... assunto esse que não em sai da cabeça e ao qual não consigo ter uma decisão a 100%!!!
Vi quase todas as minhas dividas esclarecidas ao ler o blog, no entanto gostaria que o Dr. Mario respondesse o porque de alguns paises não administrarem esta vacina as crinaças, gravidas e idosos!!! Paises europeus, salvo o erro Noruega, Espanha, etc...
Falta-me também saber o porque de termos que assinar uma declaração para vacinar os nosso filhos!!! A MAriana tem 9 meses, tomou as vacinas do plano Nacional + a Rotavirus e a da Meningite (não foi a Prevenar, foi outra) não faziam parta da vacinação Nacional e tu não assinei autorização nenhuma, porquê? Porque é que a maior parte dos profissionais de Saude não tomam a vacina? motivo esse que existem vacinas para as crianças... Coenhceço várioas pessoas ligadas a saude, e só uma é que tomou, de resto todas se recusam... Como é que consigo dar a vacina a Mariana que sempre foi saudavel uma vacina que poucas pessoas confima? Mas concordo, e se apanha a Gripe e tem consequencias graves... Como é possivel os pais decidirem conscientes do que estão a fazer!!! é logico que temos que confiar nos pediatras, mas o Dr. é a favor muitos outros são contra....E se eu confio no pediatra da Mariana erradamente....Concordo que existe uma grande força da comunicação social e muitas vezes infundada... Mas os prorpios medicos não a tomam....
Obrigada.
Vânia
Boa tarde.
Em relação ao último post, e porque já tenho ouvido mais pessoas a colocar esta questão, gostaria apenas de deixar uma informação.
As minhas filhas já foram vacinadas e não tive que assinar nenhuma declaração ou termo de responsabilidade. A enfermeira limitou-se a dar a vacina e a registar a ocorrência no Boletim de Vacinas.
Vanessa
Prof.,
Sou leitora e consultante (será que esta palavra existe?!?) dos seus livros. Não sabia da existência deste blog, mas não podia deixar de felicitá-lo pela forma como publica a sua opinião, ao contrário do que fazem os seus colegas que, entre paredes, dizem aos seus pacientes e respectivos pais que são contra a vacina por isto e por aquilo.
O pediatra da minha filha também não se coíbe de recomendar a vacinação e fá-lo de forma esclarecida.
Lá em casa, por um motivo ou outro, estamos todos vacinados, conscientes, segundo a informação dos profissionais de saúde que escolhemos, de que fizémos a melhor escolha para nós e para os que nos rodeiam.
Obrigada,
R.
Escrevo este comentário de casa, com uma valente gripe que me tem deixado mal, como há muito tempo não me sentia. Não fui vacinado contra a Gripe A, pois não pertenço a nenhum dos grupos para os quais foi disponibilizada. Se tivesse sido vacinado e poupado a este estado (não sei se tenho gripe A, ou outra!) agradeceria imenso.
A minha filha mais nova foi vacinada no centro de saúde da Alameda (Lisboa) e não foi pedido qualquer termo de responsabilidade. É caso único?
Sobre questões de bioquímica, saúde, epidemiologia, etc. sou ignorante e portanto nem as discuto. Tenho também a lucidez para não achar que com três dias de pesquisas na Net me torno um entendido na matéria.
Lendo os vários comentários deste post sobressai a angústia dos pais perante a decisão de dar ou não a vacina aos filhos. É legítima, mas não estará muito ampliada?
Se Portugal não tivesse pedido a vacina, estaríamos aqui a “cascar” nas nossas autoridades de saúde por nos tratarem como cidadãos de 2ª. Assim, resta-nos criticar o tipo de vacina. E se tivéssemos a “outra” vacina sem o adjuvante XPTO, mas que pelo que percebo chegará mais tarde, haveria quem acusasse: “agora é tarde de mais para vacinar, não serve para nada!”.
São tantas as coisas que se dão diariamente às crianças sem que se questione minimamente sobre os riscos para elas (e para nós!). Desde a lista infindável de ingredientes de efeitos duvidosos que compõem os produtos que compramos nos supermercados (a gordura vegetal hidrogenada, por exemplo, da qual nem a simples bolacha Maria escapa, e é proibida no Canadá), aos telemóveis que confiamos que não nos farão grande mal, mas honestamente ninguém porá as mãos no fogo por essa afirmação.
Enfim, a lista é interminável e mostra que não existem certezas absolutas em nada da nossa vida (a não ser a morte!).
Philippe, uma curiosidade. 10 em 1 milhão (0,00001) é a probabilidade de morrer no colapso de seu edifício - sim, quando fazemos construções (sejam edifícios, pontes ou túneis) temos de escolher um compromisso entre custo (quanto mais fiável, mais caro e no limite irrealizável) e o benefício.
Conclusão: não nos safamos mesmo! Viver em liberdade obriga a fazer escolhas e tomar partido o que por vezes é doloroso. Seria muito mais fácil chegar alguém e decidir por nós? Até porque se errasse a culpa era dele!
Recomendo, claro está para os que poderem, um belo passeio com os vossos filhos, porque a tarde está magnífica ;-).
Olá
Tenho andado a lutar contra os vírus, pelo que não tem sido possível vir aqui.
Obrigado pelos comentários.
Para tentar responder às questões:
Philippe: obrigado pelos comentários, mas são um tudo nada extensos e coirtam um pouco a leitura e o debate. Não partilho de algumas ideias de conspiração, até porque a evolução natural da doença se observa com o evoluir dela.
Andreia: as hérnias umbilicais geralmente não dão problemas (só estéticos) nas crianças mas podem, depois, sobretudo após uma gravidez, aumentar e aí já o anel herniário é rígido e corre-se o risco de fazer um "encarceramento" do intestino, com a necessidade de uma operação de urgência. Aos 5 anos convém tomar uma decisão.
Sara - mera constipação não é contra-indicação, desde que não haja febre.
Pedro - pode-se vacinar uma pessoa que já teve gripe: os vírus da vacina serão inutilizados pelas defesas da pessoa. Sem problemas. Custa mais caro fazer o teste.
A vacina é a aprtir dos 6 meses, mas não é um dia que vai fazer a diferença... Fevereiro só tem 28!!!
Dr. Mário,
Muito obrigada pela sua resposta. É realmente uma situação complicada (para nós, pais...entendo que para os especialistas deva ser simples).Provoca-me ansiedade pensar numa cirurgia com anestesia geral na minha filha tão pequena,mas também ainda gosto menos da ideia de vê-la a ser sujeita a uma intervenção de urgência. Na sua opinião, aocnselha a fazer? Tem menos riscos? Muito obrigada e força na sua luta contra os vírus.
E peço desculpa por deixar aqui dúvidas sobre um assunto que não tem a ver com o tópico aqui colocado... O pediatra da minha filha entende que a minha reacção é emocional, que esta cirurgia é extremamente simples, não trazendo qualquer risco para a criança e que a anestesia dada é ligeiríssima, que ela desperta logo de seguida e bem disposta, tendo apenas dores fracas devido aos pontos. Também me disse que agora ou mais para a frente a anestesia é sempre geral e que eu deveria ponderar se quero correr o risco de haver um estrangulamento e viver a angústia de uma emergência médica...Posto isto... Sei que vai correr tudo bem, acho que apenas precisava de ouvir mais gente a dizê-lo...:) Obrigada pela sua disponibilidade. E parabéns por este espaço onde os pais vêm serenar os seus medos.
Dr. Mario,
Agradeço a sua resposta e a sua passagem por aqui, mesmo atarefado a lutar contra o bichinho :)
Acabei por não vacinar já o pequeno pois ele levou duas picas do programa nacional e não lhe quis infligir uma terceira. Por outro lado, não sabia, ainda, se havia contra indicações dar diversas vacinas no mesmo dia. Sei agora que poderia ter prioritizado, mas optei assim...
Por outro lado, perguntei quantos bebés de 6 meses haviam vacinado e não me souberam dizer... "talvez 1 ou 2", disseram.
Daqui a duas ou 3 semanas, leva a da Gripe A. Espero que vá a tempo!
Muito obrigado e continuação de bom trabalho!
Professor Mário.
Esperamos que o seu combate contra o dragão Gripíco esteja em fase final!!!
Agora apareceu-nos aqui uma dúvida, o nosso filho mais velho pode estar a ter uma mutação da gripe, não tem febre mas está prostrado e com queixas intestinais.
´Devemos fazer-lhe a análise?
É que se o Dragão Grípico ataca fará muitas vítimas...
Boa tarde Dr. Mário Cordeiro,
Não tenho qualquer pergunta a colocar-lhe, muito menos alguma dúvida, apenas lhe desejava dizer que admiro a sua paciência para responder vezes sem conta às mesmas questões... :)
Com os melhores cumprimentos,
Maria João Serpa
Vânia
As vacinas, em Portugal, não têm carácter de obrigatoriedade - refiro-me às do PNV e às outras. Em 1990, quando da revisão do PNV, coube-me a mim estudar o assunto e emitir um parecer sobre a matéria, juntamente com a Drª Celsa de Carvalho, da DGS. Depois de ponderarmos as vantagens e desvantagens, chegámos à conclusão que estabelecer obrigatoriedade iria levar a coimas para os que não cumprissem, bem como a um processo individual de averiguação de responsabilidades (pais? enfermeiros? médicos?), que não teria sentido e que iria penalizar justamente aqueles que têm, à partida, maiores dificuldades logísticas, de saber ou financeiras.
Por outro lado, o consentimento informado (que se pode expressar de várias formas, com o mesmo valor ético), que já existia - os pais levarem, de livre vontade, o filho à vacinação -, foi considerado suficiente. Portugal era na altura (e é ainda) um dos países da europa onde a taxa de vacinação é maior.
Assim, para as vacinas do PNV basta levar os filhos. Para as outras, como só podem ser comporadas com receita médica, será suficiente isso (mais a vontade dos pais).
Pedir papéis e papelinhos é perda de tempo, burocracia e só vai fazer baixar as taxas de vacinação e prejudicar os mesmos do costume.
Andreia: quanto à operação, mesmo não sendo nada de especial, é muito importante que, na cabeça das crianças, não exista um acto de "abandono" e de medo, ou seja, a mãe deve estar presente até ela adormecer, na sala de operações, e estar presente quando ela acordar. Não existirá, assim, uma quebra e os efeitos traumáticos são mínimos. É perfeitamente possível porque basta a mãe calçar umas botas, gorro, máscara e bata - não mais do que qualquer estudante que vá assistir.
Se não o fizer, a sensação das crianças será ver a mãe desaparecer, e ser levada por indivíduos mascarados para dentro de uma sala onde há aparelhos de ficção científica... bastante diferente... e a ideia da figura da mãe cada vez mais pequenina e distante é suficiente para entendermos o trauma.
Não custa nada. Então porque não? A mãe entra, sai quando a criança adormece, e re-entra quando a criança está para acordar. Só por desinteresse não deixarão fazer isso...
Miguel e Rita: os dragões e bruxos existem, mas as histórias de fadas ensinam-nos que os podemos vencer...
A todos: exijam esclarecimento e fundamentação nas respostas. Se alguém diz "não se deve vacinar", perguntem porquê. E as respostas têm de ser baseadas na evidência científica. Existe, mesmo, uma especialdiade chamada "Medicina baseada na evidência" - e não apenas por medo das companhias de seguros ou dos advogados americanos...
Olá Dr.
Uma pergunta: se a criança estiver constipada, convém esperar algum tempo antes de ponderar fazer a vacina, não é (já agora, quanto tempo)? No caso dele, continua com o nariz entupido há 4 dias, apesar de aplicarmos Nasorhinatiol e soro 3 vezes ao dia... Alguma solução para conseguir "desentupir"?
Obrigado
Boa tarde,
Dr. Mario concordo que não devemos andar a assinar papeis por cada vacina, a minha pergunta era porque é que neste caso nos exigiam essa assinatura, se nas outras não! Mas entretanto já me responderam a dizer que não obrigam a assinar, por isso a minha pergunta deixa de fazer sentido.
Obrigada na mesma, pela sua resposta.
Entretanto hoje também fui ao Pediatra da Mariana que aconselha a vacinar, agora cabe-me a mim vacinar ou não!!!
Obrigada.
Vânia
Boa tarde,
encontrei o seu blogue por acaso e gostava de deixar a minha opinião, ou melhor, de 3 médicos.Tenho um pequenote com 2 anos e o pediatra dele Dr.Santos Cardoso, não aconselha a vacina. Estou gravida de 12 semanas e tanto o Dr.Estrela como o Dr.Cravo, não aconselha a que eu seja vacinada!!!!
Estranho ou não!!!
São 2 médicos a dizer isso e fica-se a pensar!!!!!
Obrigada.
NELIA E JOCA:
Quais são os argumentos dos Médicos?
As bulas quer da Pandemirx que da Celvapan assumem não existirem testes de segurança. A Pandemirx diz não ter sido testada em menores de 18 anos e a vacinação deverá ser dada "se considerada necessária", ou seja à responsabilidade de quem a dá.
A Celvapan que é a única na Europa sem adjuvantes, diz na sua bula que simplesmente não foi testada em grupo nenhum.
Outro detalhe interessante é que a Pandemirx diz "não ser recomendada a menores de 6 meses", afinal qual é a idade de um feto? Ao vacinar uma mãe com Pandemirx estamos a vacinar também um bebé que é menor de 6 meses.
Eu fico chocado quando um médico consegue dar mais seguranças do que a Baxter e a GSK, que em caso de dúvida passam a responsabilidade para os médicos e autoridades de saúde, pois assumem que a decisão de vacinar determinados grupos não devidamente testados, está fora das suas responsabilidades.
O meu comentário baseia-se quer nas bulas das duas vacinas, quer nas especificações dos laboratórios, que deram origem a essas bulas.
Vejo imensos médicos a defender a vacina com uma paixão que não é partilhada pela Baxter e GSK.
E sabendo que o primeiro relatório de segurança e eficácia irá sair somente em Dezembro de 2010, gostaria de saber em que documentação você baseia as suas certezas, visto que quem é contra a vacina é conspirador e toda a documentação que apresenta é ignorada. No entanto você espera que a sua palavra seja tomada como certa quando não apresenta documento nenhum, unicamente o seu nome e titulo.
Nomes e títulos ficam um pouco à quem, do que uma pessoa precisa para aceitar ou não um medicamento pouco testado. E nem me venha dizer que ele foi devidamente testado! Poderá consultar os seguintes documentos, pois não me parece que o tenha feito:
Celvapan: http://www.mhra.gov.uk/home/idcplg?IdcService=GET_FILE&dDocName=CON060005&RevisionSelectionMethod=Latest
Pandermirx: http://www.mhra.gov.uk/home/idcplg?IdcService=GET_FILE&dDocName=CON060004&RevisionSelectionMethod=Latest
Bruno
Tem razão.
A OMS, a UE, a Agência Europeia do Medicamento, o Center for Diseases Control, o Governo português, a Ana Jorge, e eu, claro, fazemos parte de um complot para liquidar a espécie humana.
Eu, por exemplo, já tentei suicídio com o H1N1, mas falhei, pelo menos estou vivo. Vivo, o suficiente para dizer que "bulas há muitas...", como diria o vasco Santana, e que cada um acredita no que quer.
É preciso ir um bocadinho além e perceber o processo de fabricação, validação, extrapolação de dados, etc, bem como as diversas fases.
Se é totalmente segura? Nada o é, Bruno, nem um Blogue onde perdemos tempo a dizer o mesmo e a rebater argumentos de quem não quer decidir pela sua cabeça. Decida, que eu também.
Decido com toda a certeza sem a sua ajuda, a minha passagem por aqui está unicamente relacionada com um comentário seu no Público em que dizia: "A vacina da gripe A é uma vacina segura e eficaz. Repito: segura e eficaz." O meu comentário vem só questionar tamanhas certezas.
Eu decido por mim, você decide por si e arrasta consigo dezenas, que confiam no seu título médico.
Não me venha com idiotices sobre complots pois ninguém disse isso, eu referi-me a documentos dos criadores da vacina que assumem que eles não foram testados, mas você sabe mais do que eles. Aliás você diz que temos de saber um pouco de como as vacinas são feitas, ou seja, você quer dizer que eu e todos os comentadores nada sabem e que você sabe mais do que a Baxter a GSK, pois eles como criadores além de saberem mais do que o senhor, não dão as seguranças que você dá.
"Eu, por exemplo, já tentei suicídio com o H1N1"
Mais um comentário ridículo, mas continua a fugir à questão.
Bulas há muitas? Essa é muito boa vinda de um médico. A bula não interessa nada e o que vem lá é mentira? Isso é um insulto aos seus leitores. Você diz "esqueçam as bulas, eu é que sei!". Sabe mesmo? Com a rapidez que respondeu ao meu comentário nem sequer leu a documentação que lhe dei, vinda desses dois laboratórios. E isto coloca em causa toda a sua argumentação pró-vacina.
No entanto a sua resposta ao meu comentário, rasteira como o seu comentário no público explica bem que o que você quer é fé. Quer que as pessoas tenha fé nas suas palavras onde nem as bulas possuem qualquer relevância.
Eu sou da opinião que devem ler as bulas dos fabricantes, em particular os médicos. Pois médicos com certezas absolutas há muitos e é por isso que devemos pedir sempre uma segunda opinião!
Aqui temos um médico pró-vacina com base na fé, e contra as bulas e informação médica. Interessante...
Tentei ironizar porque já me vai faltando a paciência para estas discussões - desculpe se o ofendi.
Escrevi no Público o que tenho escrito e dito, evoluindo a minha opinião com os dados que vão surguindo.
Claro que TODOS os medicamentos têm efeitos secundários potenciais, e alguns deles graves - já leu a bula do paracetamol ou do ketotifeno, por exemplo?
Mas, para mim, contam muito as opiniões das agências científicas nacionais e internacionais, e depois de ter estado muitos anos ligado ao Programa Nacional de Vacinação, à escolha e compra de vacinas em concursos públicos, etc, sei do que estou a falar.
Se a minha opinião influenciar outras pessoas, ainda bem - fico muito satisfeito. Em termos, ainda, do artigo do Público, vê-se o que o alarmismo com os fetos-mortos causou, sem qualquer justificação científica ou epidemiológica, levando a uma diminuição drástica no ritmo de vacinação das grávidas. Se não acha grave, eu acho.
E se há alguém que tem mais dúvidas do que certezas, sou eu, mas procuro ir pela "menor dúvida possível", quando se exige acção e não se pode estar permanentemente numa masturbação mental que não conduz a nada.
E pronto. Já sei a sua opinião, sabe a minha, fiquemos por aqui.
Abraço e obrigado pelas suas intervenções.
Não se preocupe que este será o meu último comentário, quero unicamente destacar que você admite não possuir dado nenhum (concreto) sobre a segurança das vacinas e assume que "ainda bem" que há quem se vacine por ter fé em si (baseado em opinião pessoal).
Noto também que considera quem é contra esta vacina como alarmista, no entanto são os defensores da vacina que dizem que vão morrer milhões de pessoas. Essas agências que defende são as que estão a causar alarmismo, e são as mesma que disseram em 2005 que poderiam morrer 150 milhões de pessoas com o H5N1, e afinal morreram 150. O alarmismo vem de quem defende uma vacina que não tem documentação para se defender.
Já percebi o seu ponto de vista, ter fé nos médicos como se de Messias se tratassem.
Passe bem, tenho a certeza que ainda nos iremos cruzar por esta blogosfera.
Bruno
Volte sempre que quiser, mas continuo a pensar que tenho razão. Não me convenceu. E o cenário traçado relativamente à Gripe das Aves (H5N1), tem a ver com a hipótese que se colocou (felizmente não se concretizou) da passagem da gripe aviária para a variante humana. Pela primeira vez foi possível coordenar a acção de todos os governos do mundo, e isso permitiria evitar milhões de mortes. Não ocorreu a transmutação do vírus: ainda bem, mas se ocorresse haveria hipóteses de resposta e não a situação de pandemia de mãos a abanar. Não se esqueça que estas medidas beneficiam sobretudo os mais desfavorecidos, que morrem como tordos nestas ocasiões.
Quanto à segurança das vacinas, repito que todos os medicamentos e vacinas têm eventuais efeitos secundários, e que não há risco zero. Mas é bom saber medir os riscos (da doença e da vacina) e comp+arar. E dentro do grau de risco admissível, esta vacina é segura - ou então nada é seguro, nem viver, nem andar na rua, nem respirar, nem fornicar, nem nada... se é assim que acha que se deve considerar a vida, é consigo...
Não tive qualquer intenção de o convencer, passei por aqui simplesmente para expor os seus problemas de argumentação e a falta de dados científicos, visto que o que apresenta como documentação cientifica é a sua opinião pessoal, que obviamente não basta.
Durante alguns meses tenho vindo a apresentar documentação, agora resolvi confrontar os causadores do pânico H1N1. Até a senhora que menciona como sabedora que por acaso é nossa ministra, apesar de manter a sua posição pró-vacina rotulou o H1N1 como vírus benigno e não o monstro de 7 cabeças que deverá levar as pessoas a alinharem-se como ovelhas para a tosquia.
Disse que não comentaria mais, pois de si tive a informação que necessitava de modo a expor o alarmismo injustificado, mas achei importante esclarecer que não o quero convencer, não é você o alvo, você é o meio para que o outro lado da questão passe a quem busca respostas.
Está visto que o que este senhor pretende é publicidade e atenção. Porque a argumentação é débil e como se pode perceber baseada no insulto pessoal. Já não chega levar com dementes e invejosos no trabalho, depois dedicamo-nos aos blogs para descontrair e ainda aparecem os mesmos malucos... Da minha parte, nem desprezo merecem.
(Desculpe a intromissão, Mário.)
Boa Noite Dr.
Já vacinei a minha filha no dia 24. Apenas gostaria de saber se poderei retomar dia 29 a 2. parte do lantingen B? Não serão estimulantes imunitários a mais? receio pela sindrome GB? Obrigado
Paula
Concordo com a Musa mas sem ter percebido a quem ela se refere.
Acho que o senhor Mário deveria de apresentar documentação do que lhe deu tantas certezas e não ironizar tanto nos comentários. Noto um pouco mais acima que foram feitas perguntas pertinentes e a sua resposta foi insultuosa, não só ao comentador mas a qualquer pessoa que saiba ler.
Mas claro, podem sempre argumentar que eu também busco publicidade.
Paula
Pode dar. Não há problema, são mecanismos diferentes.
Lucifer
Não vou dar mais para peditórios desses. Cada um faça o que bem entender.
Sei é que se se vacinasse metade da população e a outra metade tivesse gripe, morreriam uma ou duas pessoas na primeira e mais de cinco mil na segunda. Para lá dos internamentos e handicaps. Isso sei e é segundo essas coordenadas que me comporto e sugiro comportamentos. O resto é convosco.
A que peditório se refere? Ao peditório de informação?
Estando eu atento ao que se está a passar e bem no meio de toda esta questão, como é que pode afirmar que ao vacinar metade da população morreriam 2 vs 5000?
Com que bases afirma isto? Dou-lhe o exemplo de França, como 700.000 infectados morreram 48 pessoas, os infectados quadruplicaram sendo agora perto de 3 milhões e as mortes não quadruplicaram, continuam em 48. Mesmo que fosse exponencial 3x3=9 e 48x3=144. 144 está para 5 mil, tal como os milhões especulados pela OMS estão para a centenas que se verificam.
E essas 5000 (numero que não entendi) ficariam muito aquém das mortes causadas pela gripe sazonal. Não vejo onde está o monstro H1N1, mas acho que nunca irei perceber pois pessoas como o senhor que deveriam ser uma fonte de esclarecimento, não dão para peditórios de esclarecimento? Isso é de facto estranho e não merecedor do meu tempo.
Fique com as suas ideias e se quer realmente deixar as pessoas decidir, não lhes forneça informações falsas ou meramente especulativas como tem feito e a sua resposta ao meu comentário é prova cabal. Os seus 5000 parecem ser uma licitação e não um cálculo.
Aos senhores que estão na defesa da propagação do vírus H1N1 e não têm dúvidas em relação a isso, sugiro-lhes que deixem este espaço para quem quer trocar ideias e pedir opiniões válidas a especialista no assunto, ou seja, os MÉDICOS. Se fosse para pedir opinião a QUALQUER UM, com certeza que não era aqui que viria. Já agora Dr. Mário, a minha filha já está vacinada, graças às suas palavras, juntamente com as do pediatra dela.
Um bem haja!
Drº Mário Cordeiro,
Estou um pouco baralhada quanto à vacinação da Gripe A na minha filha.
Não lhe venho pedir que decida por mim, mas que me ilucide.
A minha filha tem 3 anos, e após uma crise de falta de ar, que nos levou Às urgências, disseram-nos que o quadro clinico previa que ela fosse asmática. No hospital em consulta disseram-nos que podia ser "asma passageira" que desapareceria entre os 3 e 7 anos ou que continuaria. Visto que ela em 3 anos teve 4 Bronquiolites, disseram-nos q era possivel que tivesse asma.
No Hospital passaram-nos a Vacina para ir tomar no grupo B. A pediatra não aconselha porque não é grupo considerado de risco.
Ela não andava na creche, mas foi chamada agora para entrar já.
E, mediante, opiniões contraditórias gostariamos de saber exactamente o que deveriamos fazer.
Aguardo um esclarecimento
Grata pela atenção
Teresa
Não me lembro de ter ofendido a senhora dona Musa ou o autor deste blogue, e ao reler os meus comentários não encontro qualquer ofensa, nem sequer um mínimo de ironia ou pitada de sarcasmo.
Abordei e abordo este assunto de forma séria.
lUCIFER...volta para o inferno...Todos nós que lemos o blog sabemos que o numero referido (5000) era apenas especulativo.
Pela quantidade de comentários compreende-se que vai mais alguém que um "peditório". E se deste-te ao trabalho de ler o blog esta sempre saliente que CADA UM FAZ O QUE ENTENDER!
Alem que é apenas alguém de renome nacional que consultou milhares de pessoas, tem obras que muitos profissionais e famílias seguem,contribuiu para a vacinação nacional, etc etc...
Caro Dr. Mário,
Antes de mais muito obrigada pelo tópico e pelos esclarecimentos e opiniões que nos facultou aqui, de forma gratuita (porque a opinião de um médico sobre um qualquer assunto, ainda que seja geral, paga-se e deve pagar-se).
Queria que soubesse que consigo imaginar o que é para si, defender algo em que acredita tão fervorosamente, e contrapor opiniões não científicas e um mito que já se criou e de que todos falam.
Concordo consigo, embora sem o conhecimento necessário para concordar em consciência, concordo. Acho que é verdadeiramente assustador pensar que crianças não serão vacinadas por causa do medo da... vacina. Acho terrível que grávidas venham a morrer por terem tido medo da vacina que as poderia proteger.
Quero dizer que também eu tenho medo, medo que todos tenham razão, medo que as pessoas que me disseram que não iriam vacinar, tenham razão. Medo que os médicos que me disseram que não vacinariam, tenham razão. Mas na realidade, ninguém me disse que faria mal vacinar, somente que não era necessário...
Mas o meu medo deste vírus num bebé de 12 meses constantemente constipadito e ranhoso, foi maior... e foi agora mesmo ser vacinado...
Queria agradecer-lhe pelos comentários (mesmo os que transpiram falta de paciência, pois compreendo-os perfeitamente), e pela sua opinião gratuita mas não por isso menos valiosa. Foram decisivos para esta mãe ter medo menor, e vacinar...
Espero, como todos esperamos, ter tomado a melhor decisão e estar a proteger o meu bebé...
Obrigada
Uma incidência de 15% gera cerca de 1.500 mortos. Uma incidência de 50%m conforme o exercício acima, geraria 5.000. Isto para uma gripe "mansa".
É tão complicado assim?
Nada complicado para mim, as suas contas é que são extremamente simplificadas. Mas vamos confirmar os seus resultados
Você diz que se metade da população estiver vacinada que podem morrer 1 a 2 pessoas e se a outra metade não estiver vacinada e tiver gripe suína podem morrer 5.000 pessoas.
Tendo em conta que os estudos actuais atribuem uma mortalidade de 0,1% a 0,2% vamos calcular.
Para 0,2%:
X = 5,000,000 x 0,2 / 100
X = 10,000
Para 0,1%:
X = 5,000,000 X 0,2 / 100
X = 5,000
A matemática simples dá-lhe razão, mas estes cálculos não possuem nada de simples, pois estamos a falar da metade da população não vacinada tendo em conta a sua teoria de que a vacina é segura, portanto os grupos de risco estariam vacinados e os não vacinados não são esses grupos. Por isso vamos introduzir a variáveis e criar duas hipóteses tendo em conta que: As mortes se verificam em mais de 90% dos casos em pessoas com problemas clínicos como: asma, diabetes, problemas cardíacos, etc
Hipótese 1 - Se estamos a considerar que a vacina é segura, essas pessoas estariam vacinadas e portanto o vírus atacará pessoas saudáveis onde as mortes seriam 1 ou 2 e você falha por excesso em 4998.
Hipótese 2: Mas vamos ter em conta que a metade é total, e que metade das pessoas com problemas médicos não foram vacinadas. Essas pessoas seriam quantas? 15%, acho muito mas vamos por alto:
15% de 5,000,000 = 750,000 pessoas doentes
Por isso e usando os 0,1% de mortalidade que lhe deram razão nas minhas primeira contas:
750,000 x 0,1 / 100 = 1.500 mortos
1.500 é muito menos que 5.000 e não podemos esquecer que estou a considerar que 1 milhão e meio de Portugueses são doentes o que é um numero extremamente exagerado, mas se eu estou a exagerar o que se pode dizer do seu resultado?
Por isso acho que não deveria mencionar números hipotéticos que só seriam reais se todos os Portugueses tivessem problemas clínicos e se a gripe fosse maligna.
Boa Noite Dr. Mário
Gostaria de lhe colocar uma questão sobre a vacina da gripe:
Um adulto que já tenha tido sindrome Guillian Barré em criança (ficou paralitico durante alguns meses)tem maior probabilidade de que tal volte a acontecer aquando da toma da vacina?? Se sim, recomenda a toma da vacina??
Obrigado
Paula
Excelente blog. Agradeco e admiro a sua disponibilidade para todos os pais preocupados.
A minha bebé de 8 meses tem agendada a vacina da prevenar a 11 dez e a da gripe A a 17 dez.
Existe algum problema neste distanciamento de dias? tem outra recomendação?
Ouvi dizer que seria preferível , se possível, dar a vacina no mesmo dia? Concorda?
Obrigada, cumps,
José Gomes
Paula - obrigado pela questão. Creio não ser conveniente dar, assim como a peswsoas que têm doenças musculares crónicas graves, embora o vírus da gripe possa causar os mesmos efeitos indesejáveis, ou até piores. Só que a vacina é mesmo dada, enauqnto a gripe, apesar de muito frequente, não é "obrigatória".
José Gomes - obrigado. Pode, porque o intervalo de pelo menos três semanas só diz respeito a vacinas vivas - a da gripe, a VASPR e a da varicela.
Bom dia,
Vejo que os ânimos andam mais exaltados por aqui... É normal, visto que o assunto em foco é, no mínimo, polémico...
Bom, só queria deixar o meu agradecimento pelas suas palavras em relação à cirurgia da minha filha. Já a fez, já está recuperada, portou-se de uma forma extraordinária no pré e no pós-operatório. Quanto a mim, fiz como disse, acompanhei-a sempre(excepto na cirurgia em si), ainda que com alguns "narizes torcidos" por parte dos médicos, mas os meus "dentes afiados" ganharam vantagem...:).
Obrigada.
Bom dia Dr. Mario,
Muito Obrigada pela sua opinião, gostava que nos esclarecesse sobre a vacina anti-gripe A mas para o caso de portugal, por não ser unidose, e ser uma dose para 10 pessoas. Pelo que tenho investigado a nossa vacina, como é para 10 pessoas, para ser conservada aquando da abertura, adicionam-lhe um conservante e um acelarador (não sei se este é o termo certo) para que a vacina seja depois administrada às 10 pessoas. Há opiniões que este acelarador pode vir a ter repercussões a medio / longo prazo (problemas a nível cerebral que pode afectar a locomoção das crianças). Isto tem algum fundamento cientifico? Se sim, há possibilidade de comprar a vacina noutro pais? Muito Obrigada. Eu sou a favor de dar a vacina, só ainda não dei porque a minha menina de 10 meses esta constipadita e esta semana começou a tomar o Oxolamina e pelo que sei por agora não posso dar a vacina enquanto não estiver completamente recuperada. Até lá vamos pesquisando e investigando junto de quem mais sabe. Um bem haja.
Olá Dr Mário uma vez mais,
Queria saber se a vacina contra a gripe sazonal é nalguns bebés recomendada ou não?
Tenho a ideia que não o é, e se assim me confirmar, qual a razão para não ser?
E no seguimento desta pergunta, o que diverge na gripe A para que esta vacina já seja recomendada?
Muito obrigada uma vez mais pela sua disponibilidade,
cumps,
José Gomes
Xana
A vacina é tão segura como qualquer vacina da gripe. Aliás, o processo de fabrico teve o mesmo ritmo (normal), a produção tem sido a normal e as farmacêuticas não se exporiam a ficar na bancarrota cvom uma vacina "má". Aliás, esta vacina é uma migalha no orçamento deles...
Pode vacinar, desde que assuma o risco que qualquer vacina tem. Á síndroma de Guillan-Barré é muito rara, e mais frequente com a própria gripe.
Xana
A vacina é tão segura como qualquer vacina da gripe. Aliás, o processo de fabrico teve o mesmo ritmo (normal), a produção tem sido a normal e as farmacêuticas não se exporiam a ficar na bancarrota cvom uma vacina "má". Aliás, esta vacina é uma migalha no orçamento deles...
Pode vacinar, desde que assuma o risco que qualquer vacina tem. Á síndroma de Guillan-Barré é muito rara, e mais frequente com a própria gripe.
Boa Noite!
Fui hoje com a minha filha de 13 meses ao centro de saúde para levar a vacina da varicela e, em vez de agendarem a vacina contra a Gripe A para outro dia,como eu pensava que iriam fazer, deram-lhe as duas. Deveriam ter dado alguns dias de diferença entre as vacinas ou não existe qualquer problema em levar estas duas vacinas no mesmo dia?
Obrigada!
Margarida
Margarida. Obrigado pelo comentário. As únicas vacinas que precisam de intervalo de, pelo menos, 3 semanas, são as vacinas vivas EXCEPTO quando administradas no mesmo dia.
As vacinas vivas são varicela, gripe, VASPR. Mas como foi no mesmo dia, está correcto.
Cumprimentos
Olá Dr. Mário.
Antes de mais parabéns por se disponibilizar por responder aos comentários e dúvidas que vão aprecendo por aqui. Pode-me informar se existe alguma vacina no plano nacional de vacinação que contenha o ESCALENO e TIMEROSAL em simultâneo ?
Obrigado
Estou grávida de 28 semanas e 5 dias e estou com muitas dúvidas em relação á administração da Vacina da Gripe A... A minha questão é: Se eu levar a vacina da Gripe A o feto fica também imune, ou sou só eu que fico imune á Gripe A? Obrigada.
Telma Medeiros-Açores
Roger: andei á procura, para lhe dar uma resposta inequívoca, mas não consegui saber - talvez o Infarmed o informe.
Telma: fica a mãe e a criança, durante as primeiras semanas, pelo menos.
Muito obrigada Dr. Mário pelo esclarecimento. Estou de facto a pensar levar a vacina da Gripe A apesar do meu obstetra não estar muito convencido,pois é uma vacina que não foi suficientemente testada e os efeitos secundários a longo prazo desconhecidos,contudo, ele acrescenta que deve ser uma decisão que deve ser tomada individualmente,ou seja, eu é que decido. Ele próprio já levou a vacina para se proteger e proteger os seus pacientes. Tenho 2 filhas de 5 e 12 anos, e o pediatra também não é a favor da administração da vacina da gripe A,mas mais uma vez, a decisão é individual... e hoje começa a vacinação para o grupo das minhas filhas,(que nos açores começa sempre mais tarde)e nós estamos também com dúvidas,mas em principio elas vão levar a vacina também,vou contactar o centro de saúde hoje. Obrigada.
Telma Medeiros-Açores
Telma - são as tais decisões individuais. Mas posso dizer-lhe que a vacina foi tão testada como as mais de 50 desenvolvidas anualmente até agora.
O meu conselho é que tome - não se morre de vacina, mas morre-se de gripe. E as suas filhas também. Faria isto com os meus filhos, não fosse já terem tido gripe A (e não achei piada nenhuma, pode crer)...
Bom Natal e felicidades.
Olá Dr. Mário,
Muitos parabéns pelos seus livros! Agora que marquei a ida ao Centro de Saúde para dar a vacina ao meu filho da Gripe A, disseram-me que as vacinas já em falta dos 18 meses, só poderiam ser tomadas uma semana depois da vacina da Gripe :(, não percebo...
Agora estou com receio de uma outra coisa, o meu filho começou a tomar as ampolas de pulmonar om à cerca de uma semana, não tem qualquer implicação, espero?
Obrigada.
Boa Noite Dr. Mário
Peço desculpa pela pergunta que lhe vou fazer, mas o coração de mae não me deixa descansar.
A minha filha (23 meses) tem programada para esta semana a toma da segunda dose da vacina anti-gripe A. Acontece que tem os 4 molares a nascer e anda rabugenta, acorda a chorar de noite, enfim, o normal para estas situações.
Ora, eu penso que o sistema imunitário da criança anda um pouco + debilitado quando tem dentes a nascer!? ela não tem andado febril, mas será aconcelhável tomar agora a vacina? Temo pelo sindrome GB, pois tb já há historial deste sindrome na familia (o pai).
Gostaria de colocar outra questão que está no seguimento de uma outra que lhe fiz anteriormente. Perguntei ao dr. se uma pessoa que j'a sofreu de sindrome de GB poderia levar esta vacina anti-gripe A. O Dr. desanconselhou.
Contudo há um promenor importante que não mencionei: A pessoa a que referi sofre de asma, embora seja uma asma ligeira e controlada (num ano talvez necessite de fazer bomba 10/12 vezes) e passa o inverno sempre com muitas constipações (nao sei se não será devido á rinite alergica), mas não passa disso. Continua a manter a sua opinião em desaconcelhar a vacina?? Qual a sua opinião em relaçao à analise beneficio/risco??
Obrigado
Paula
Boa tarde D. Mario,
Mais uma vez muito obrigada pela sua opinião, desta vez gostava que nos esclarecesse sobre o 2º reforço da vacina anti-gripe A. A minha menina vai fazer 11 meses e já lhe foi administrada o 1º reforço da vacina. Agora tem o 2º reforço agendado para dali a 1 mês (Jan), e voltaram algumas dúvidas, pois no centro de saúde disseram que o 2º reforço poderá ter mais efeitos secundários, e pelo que tenho ouvido também dizem que este 2º reforço é que pode trazer consequências a médio prazo. Existe algum fundamento científico para este alarme? Faz sentido ou traz algum benefício dar o 1º reforço e não dar o 2º reforço?
Aguardo a sua opinião. Até lá continuamos a avaliar o que será melhor para o nosso tesouro. Mas continuo mais inclinada a dar o 2º reforço. Bom ano 2010. Um bem haja.
Andreia - obrigado, Pode dar todas as vacinas no mesmo dia. Quanto às vacinas vivas é que há que tomar cuidado em dar no mesmo dia ou com 3 semanas de intervalo, mas nesta "tranche" só a da gripe A é que é vacina viva.
Quanto ao Pulmonar-OM, não há qualquer incompatibildiade.
Xana - se estas pessoas gastassem as energias a tentar que as pessoas se vacinassem talvez contribuíssem efectivamente para melhor saúde! Pode dar a 2ª dose. Aliás, é de crer que as pessoas que fazem uma "gripinha" com a vacina (vírus atenuados), fariam uma "gripona" com o vírus selvagem.
Abraços
Boa tarde Dr. Mário, leitores,
Voltei a esta núvem para colocar questão sobre "a segunda parte da dose" da vacina para o meu bebé, actualmente com quase 7 meses... mas a questão tinha sido colocada recentmente e respondida!
Assim fica aqui o meu obrigado ao Dr. Mário e os meus desejos de um excelente 2010, cheio de saúde e paz para todos!
Pedro
Professor Doutor Mário Cordeiro
Quanto tempo depois de administrada a vacina posso considerar que os meus filhos já não vão sofrer efeitos secundários da mesma, quer sejam graves ou não?
Ou será que pode causar efeitos a médio, longo prazo?
Os efeitos secundários são predominantemente os imediatos: dor e inflamação ou febre no dia ou dias seguintes, ou uma síndroma gripal ligeira cerca de 3-5 dias depois.
O Guillan-Barré (raríssimo!!! - cerca de um caso para um milhão de vacinados, com a estirpe de 1976) pode aparecer mais tarde, dado que se trata de uma doença auto-imune.
Doutor
Desculpe novamente incomodá-lo, mas quando diz mais tarde, há algum timing ou pode ser em qualquer altura da vida? É que quase todas as vacinas apresentam este sindroma como efeito secundário.
Cumprimentos
Obrigado
As reacções de auto-imunidade podem dar-se a curto, médio ou longo prazo, e com praticamente todos os produtos: vacinas, fármacos, alimentos, toxinas...
É difícil dar uma ideia, e por ser raro e poder acontecer com tanta coisa, na prática não tem muito significado em termos de risco, pelo menos para mim, em termos pessoais.
Doutor
Vacinei os meus filhos com convicção e aconselhamento médico. Neste momento sinto-me muito ansiosa, pois tenho lido horores na internet.
Acha que há razão para toda esta ansiedade?
Obrigado pelos seus esclarecimentos.
Acho que fez muito bem em vacinar, e esqueça o assunto. A net é um lugar pouco fiável para assuntos científicos, salvo se se souber procurar bem os sítios de rigor, o que não é tarefa fácil para um leigo.
Cumprimentos
Doutor
Obrigado por tudo. A internet tem muitas vantagens, mas também inconvenientes ...
Cumprimentos
Boa tarde Dr. Mário,
Vacinei a minha filha há quase um mês e vou agora com ela levar a 2ª dose da vacina. Entretanto, eu e o meu marido resolvemos também vacinar-nos. Confesso que na altura da enfermeira administrar a vacina à minha filha senti uma ansiedade terrível. Considero-me uma pessoa informada mas, sinceramente, com todos os "filmes" que a comunicação social e agora a classe política tentam vender à população, o meu discernimento fica desequilibrado... A nível racional não tenho qualquer dúvida de ter tomado a decisão certa, mas não consigo deixar também de reagir emocionalmente e ficar assustada com tudo o que leio e vejo... Mas vou seguir o conselho que já deu aqui neste espaço e confiar nos profissionais e esquecer o assunto, sabendo apenas que fiz o melhor para a minha filha e para a minha família. Obrigada.
Dr Mário,
Uma amiga minha dirigiu-se hoje de manhã com os filhos ao centro de saúde para ser administrada a 2ª dose da vacina...Comentário da enfermagem: "Sabe que esta 2ª dose é que pode provocar consequências a longo prazo, é a que tem mais efeitos secundarios e a que pode provocar reacções alérgicas???"... Sinceramente...Consegue imaginar uma mãe a ouvir isto segundos antes de ser administrada a vacina??? Como é possível??? Há razões para isto? Mas quem lhes disse para avisarem (alarmarem) desta maneira os utentes? Algum conselho científico? Há estudos feitos que suportem esta conclusão??? Enfim... Obrigada, antes de mais, por toda a sua infinita paciência...
...E mais,como é possível que as pessoas tenham reacções destas quando podem ver que nos países subdesenvolvidos, milhares de pessoas morrem por falta de vacinas(sim, por falta das vacinas REPLETAS de efeitos secundários!!!)...Sabem que há uma teoria que associa a denominada "vacina do sarampo" ao autismo??? Deram essa vacina aos vossos filhos??? Não puseram em causa esta questão??? Então, pesquisem na Internet e ASSUSTEM-SE!!! Sinceramente, acho que as pessoas deviam fazer o seguinte: não querem levar, não levem e pronto. Ponto final!!! Mas não alarmem aqueles que querem lutar pela sua saúde e a dos seus!!! Efeitos secundários existem em tudo, até num simples copo com água. Agora, cada um decide como quer lidar com isso!...
Boa tarde Dr Mario,
Gostaria que me aconselhasse se devia dar a vacina contra a gripe A a minha filha de 4 anos? Ja que o Inverno passou e não há muitos casos de gripe A. Você ainda aconselha esta vacina? Obrigado pelo seu conselho.
minha filha vai tomar a vacina da gripe A dia 29/04 e no dia 03/05 ela tem agendada a vacina previnar tem algum problema? a ela esta gripada. grata
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