sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

preocupante


Um estudo realizado na Universidade de Boston concluíu que as vantagens das medidas anti-tabágicas, traduzidas numa grande diminuição do número de fumadores activos e passivos, e na quantidade de cigarros fumados por cada fumador,  estão a ser completamente torpedeados pelo aumento da obesidade e do excesso de peso.

Não sou partidário do "higienismo" ou "sanitarismo" exacerbado, mas qualquer coisa vai mal "no reino da Dinamarca", se o descontrolo sobre os estilos de vida revela esta realidade.

7 comentários:

Virginia disse...

Acredito plenamente no que dizem as estatísticas.Do que vejo e sei, muitas pessoas que deixaram de fumar aumentaram de peso enormemente. O apetite é voraz.
O problema da obesidade está à vista de todos e infelizmente já toda a gente aceita que se seja gordo, o que tem o seu lado positivo, mas é muito negativo no aspecto saúde.

O Sousa da Ponte - João Melo de Sousa disse...

Antes fumante que gordante!


E mesmo melhor ? Não sei mas...

catuxa disse...

A redução do tabaco tem a enorme vantagem de não afectar a saúde das outras pessoas, embora a obesidade tenha também muitos custos em termos de saúde pública, para além de afectar a saude das próprias pessoas.
Todos sabemos que não é nada fácil deixar de fumar. Mas será que não há outras alternativas, não poderá a vida ser enriquecida com outras actividades, distracções, interesses, etc., que façam com que as pessoas não tenham necessidade de compensar a falta da nicotina com a comida? Eu acho que sim. E a verdade é que, felizmente, há muita gente que conseguiu fazê-lo.

Anónimo disse...

Como refere a Catuxa (e muito bem) o diminuir o número de tabagistas terá reflexo nos não-tabagistas que não têm culpa nenhuma de não fumarem mas que se vêm 'obrigados' a inalar o fumo dos cigarros dos outros, com todos os custos que isso tem para a sua própria saúde.

Fumei durante muitos anos. Aos 46 anos 'engolia' por dia cerca de 3 maços de cigarros sem filtro mais duas cigarrilhas 'Café Creme' depois de cada refeição, e no dia 1 de Fevereiro de 1988, logo de manhâ, deitei fora o que deveria ter sido o primeiro cigarro do dia e, logo ali, decidi que não fumaria mais. Até hoje não toquei em mais nenhum cigarro ou afins e, embora tivesse adquirido algum pêso, passados que foram alguns dias já me sentia muito melhor em termos de respiratórios e de locomoção (sobretudo subir escadas e correr). É verdade que os repastos passaram a ter um muito melhor sabôr...

Ao princípio, de vez em quando, houve a tentação de 'dar uma puxa' mas sempre resisti e hoje, que são passados 21 anos, o tabaco não me faz falta alguma e, devo confessar que o fumo dos cigarros dos outros me incomoda bastante.

Uma coisa é certa: o acréscimo de apetite e inerente ganho de peso só afecta quem deixa de fumar, ao passo que o fumo libertado pelos cigarros e pelos fumadores afetam muitos terceiros. Com moderação, dieta e exercício físico será possível a redução do pêso. Pelo contrário, não há nada que possa obviar os malefícios do tabaco em terceiros.

Penso que a conclusão é lógica...

Mário disse...

Atenção: o artigo refere-se ao aumento da obesidade em geral, não à dos ex-fumadores.
O que acontece é que os benefícios da redução de tabaco, a nível populacional, estão a ser torpedeados pela "epidemia" de excesso de peso. Mas, pelo contrário, se pensarmos só nos ex-fumadores, mesmo aumentando de peso, os benefícios em termos de perspectiva de longevidade e de qualidade de vida são bons. Dois maços de tabaco por dia podem comportar aumentos de 30 kg e ainda ter benefícios (convém não engordar, mas isso é outra história)...

catuxa disse...

Tio Filipe, o tio foi precisamente uma das pessoas em que pensei. E como sei que é difícil, admiro-o pela força de vontade, é um exemplo.
Quanto à obesidade "per se", tem muito a ver com a falta de actividade e de interesse das pessoas por outras coisas, com a falta de sensatez e, sobretudo com o que os pais passam para os filhos, ou com os hábitos que lhes incutem. Salvo algumas excepções, há um facilitismo e um comodismo, por vezes, incompreensível. Para mim, nessa medida e pelas consequências que podem ter para os filhos (de saúde e não só), alguns casos chegam a ser de maus tratos.

Virginia disse...

O meu -ex também deixou de fumar dum dia para o outro e nunca mais tocou num cigarro. Não fumava tanto - um maço talvez por dia - mas já fumava desde os 13 anos. Nunca mais ficou bom dos pulmões, tem uma respiração muito difícil e problemas graves, engordou imenso, mas pelo menos não prejudica as outras pessoas. Eu vivi vinte e oito anos a inalar o fumo dele, no carro, em casa, em todo o lado, agora não posso ver cigarros à frente.