"Lisboa leva sempre o que no Norte há de melhor" - lamentava-se há pouco, na televisão um comerciante, apoiado pelos presidentes das autarquias do Porto e de Gaia.
Não será melhor responder às perguntas: "Porque é que o Norte deixa fugir o que, pelos vistos, tem de melhor? E porque é que os autarcas não fizeram valer as mais-valias que supostamente o Douro teria para a realização da prova?".
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
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11 comentários:
Não foi o caso.
O que aconteceu foi que Lisboa se habilitou a realizar o evento que já tinha sido experimentado no Porto e como sempre, ofereceu as contrapartidas de ser capital, ter mais gente, mais turistas, mais dinheiro, mais hoteis, mais restaurantes, mais tudo.
Bolas....entra pelos olhos dentro que perante tudo isso a organização preferiu Lisboa. A cidade é que devia ter recusado competir contra o Porto, que tinha tido a iniciativa e que tinha organizado o evento durante tres anos com enorme sucesso. É jogo baixissimo e não vos perdoo.
Capital de m..... ( desculpa é o que penso)
Virgínia
Estive a ver o que há do processo (nos meios de comunicação, claro) e pareceu-me que não foi bem o caso.
O que resumi foi que a organização, depois do sucesso no Porto (não perdi um!), resolveu dar um passo de crescimento e de financiamento, e que o Porto não conseguiu acompanhar a parada. Ou seja, o Red Bull, se não viesse para Lisboa, ia embora de Portugal, dado que o nosso show pertence ao Campeonato Internacional.
O António Costa já sugeriu fazer-se ano cá-ano lá, para minimizar as perdas do Porto.
Agora, sendo Lisboa a capital, é normal que eventos desta natureza prefiram ser centrípetos. Acontece em todo o lado. Não é preciso pensar que os mouros estão sempre a tramar os celtas - veja-se a programação da Casa da Música: quer trocar pela do CCB+Gulbenkian?
Desculpa, mas o António Costa disse que Lisboa não vai pagar nem mais um chavo do que pagou o Porto. Em que é que ficamos?
Aqui ninguém acredita nessa história....
Não troco a CdM, mas trocava muitas outras coisas...sobretudo a pobreza que é cada vez maior aqui no norte e refiro-me a milhões de pessoas.
http://www.redbullairrace.com/cs/Satellite/en_air/Article/Lisbon,-Portugal-signs-contract-to-host-Red-Bull-021242805913188?p=1238611393596
Claro como água....o Porto serviu para os treinos, agora Lisboa oferece-se para brilhar...
Mas a grandeza do Douro não a levam, nem a beleza das suas margens. Em Lisboa - de Belém a Oeiras , como está previsto, não há qualquer comparação com este cenário, com ou sem bulls.
Devo dizer, antes de mais, que também acho o Douro um cenário mais espectacular para a corrida do que o Tejo. Por ser mais estreito, acrescenta dramatismo e proximidade. E a zona ribeirinha de Lisboa, que é linda, está a ser estragada (em Oeiras não!) por betão e mais betão (hotel Altis-Belém, fundação Champalimaud, uma merdice qualquer no Cais do Sodré, etc.)
Agora, lendo o comunicado para que a Tia nos remete, parece-me que Lisboa ofereceu condições (requirements) que permitiram incluir Portugal no campeonato, algo que era impossível no Porto. Ou seja, Lisboa não roubou ao Porto, antes aceitou uma prova que os organizadores já não queriam fazer na Invicta por terem subido o grau de exigência. Ou li tudo mal??
Não era impossível, não, mas os subsídios que o Turismo de Lisboa recebe são dez vezes maiores que o do Porto, o que faz toda a diferença. Em todos os jornais vem isto...a Bola, Publico, Record, etc.
Pessoas como Rui Moreira, Rui Rio,Lobo Xavier, Menezes, Pacheco Pereira são do PSD e do Porto e estão revoltados por não terem tido o aval do governo e do Turismo geral para manter o evento no Porto.
Como diz o Lobo Xavier: Só não nos levam o S. João porque não têm as fontainhas...ou como dizia o Pinto da Costa: podem levar tudo, mas o FCP não roubam, pois é imortal e é da Invicta.
E não digo mais nada sobre o assunto, pois hoje até sonhei com os aviões, que se ouviam sempre a sobrevoar a cidade durante dias...é menos uma coisa para esta região. É sacanice pura.
Nunca vi um Red Bull ao vivo. MAs sigo pela TV e acho admirável - concordo com o Huck e a Virgínia: o Douro é inimitável e lindo. É diferente do Tejo - ambos são excelências e um privilégio das duas cidades, mas para este efeito, porventura um rio sinuoso tem mais impacte do que um estuário.
Note-se que tentar explicar porque veio para Lisboa não é achar melhor que seja em Lisboa. Estava muito bem no Porto, mas estas coisas do vil metal é que mandam sempre, infelizmente, salvo aqui nos Blogues onde podemos, de borla, colocar o que desejamos. Valha-nos isso!
Detesto fronteiras, porque criaram os nacionalismos e a xenofobia. ( Viva a Europa! )Mas já que existem, ao menos que a corrida vá para Tejo e vez de ir para o Guadalquivir ( o que seria, ainda por cima, muito mais radical do que fazer acrobacias no Douro )
Afinal, somos ou não somos uma só nação?
Idem, Miguel. Não me importava de pertencer a um país ibérico, ou a um país europeu.
Ao estudar o reinado de D. Pedro (e de D. Afonso IV ou de D. João I) vemos bem o que as lutas com Castela deram.
E, tal como a regata que foi para Valência, o que manda são os carcanhóis, e os organizadores querem lá saber do Douro, do Tejo ou do Mondego. Ficar cá já foi muito bom...
Concordo. Bairrismos e gente de costas voltadas não fazem qualquer sentido. Nem aqui, nem em lado algum. Daí concordar com a 2ª questão deste post, mas não com a primeira.
De todos os modos, um bem-haja ao autor por continuar a presentear-nos com tão enriquecedoras partihas.
Segundo os organizadores:
A mudança da Red Bull Air Race para o rio Tejo ficou a dever-se a “limitações naturais” no Porto e em Gaia, que condicionavam o desenvolvimento técnico desta prova aérea, explicou Bernd Loidl, presidente executivo da empresa que organiza a competição.
A zona ribeirinha de Lisboa, adiantou o responsável da Red Bull Air Race GmbH, “tem para oferecer uma área completamente diferente para a corrida, com um espaço amplo no estuário do Tejo, o que permitirá desenhar e proporcionar aos pilotos um traçado extremamente exigente”.
É neste contexto que a organização da prova entende que, na perspectiva do campeonato aéreo programado para 2010, as cidades do Porto e de Gaia apresentam “limitações naturais que não se ajustam aos moldes deste desporto”. Isto porque a organização tem procurado desenvolver, com a Federação Aeronáutica Internacional, os percursos de acordo com as capacidades dos pilotos e a evolução técnica dos aviões. Ou seja, no Douro o percurso implicava manobras em altura, enquanto no Tejo será também possível realizar acrobacias na horizontal.
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