sábado, 10 de novembro de 2007

já enoja...


Ah, grande Rey, que mandou calar este imbecil mascarado de presidente. E grande Zapatero que saíu em defesa de Aznár, ex-presidente do governo espanhol que, faça o juízo que se fizer dele, foi eleito democraticamente, o que não aconteceu propriamente a Chávez (se democracia é a Venezuela, estamos conversados...).

E que dizer de alguns sectores portugueses, que continuam a venerar este energúmeno. A atitude de Mário Soares é a que me deixa mais perplexo. Poderá o ódio anti-Bush levar a alianças tão inacreditáveis?

Hoje, a Câmara Municipal de Coimbra deu o nome de "Álvaro Cunhal" a uma rua. Estou contra. Porque a sociedade que Cunhal imaginou para nós tem muito de antítese do que a que imagino e com a qual sonho. Pode ter lutado contra o fascismo, mas tentou implementar uma sociedade próxima dele. Até ao limite, ou para além dele, como revelam as suas críticas a Gorbachov e à Perestroika. Aliás, Mário Soares (como Salgado Zenha) foi um dos principais resistentes a essa deriva da democracia instaurada pelo partido comunista português.

Daí a minha perplexidade e o aplauso ao Rey Juan Carlos e a José Luiz Zapatero.
Los tienen en su sítio!

8 comentários:

ana v. disse...

Completamente de acordo, Mário. Aplaudo quem não se encolhe e mete na ordem aquele déspota louco e arrogante, que se acha dono de um país e de um povo. E que gostaria de ser dono de muitos outros, se o deixassem.
Zapatero esteve muito bem, e o rei também. Bajular estes imbecis perigosos, porquê? Acho que o Mário Soares está gagá, no mínimo. Para não chamar-lhe coisas piores, e todas verdades.

CVD disse...

Também concordo com o "Rey" acho que esteve muito bem, e, apesar de não gostar particularmente de Zapatero tenho a dizer que gostei da intervenção em defesa do seu antecessor, bem como da cházada que deu ao malandro do Chavez que de democrata não tem mesmo nadinha. É que de facto ser é impossível ser-se muito diplomata com um sujeito daqueles que mente impunemente e com quantos dentes tem! Francamente!!! Este mundo está muito malzinho...

Anónimo disse...

Não tem este comentário exclusiva e directamente a ver com o post do Mário, em si, e com o qual, òbviamente, só posso estar de acordo.
Porém gostaria que a Ana que chama "gágá" ao Mário Soares lhe chamasse as "outras coisas todas piores e todas verdades" pois já agora gostaria de saber o que são essas "outras coisas todas piores e todas verdades".
Ana, será que tal como o Rey, dá para também não te encolheres e simultâneamente satisfazeres a minha curiosidade, ou...

Mário disse...

Por acaso discordo que o MS esteja gagá. Não creio. Acho que a postura dele é muito típica dele. Infelizmente. Revela uma das facetas mais desagradáveis: alguma irracionalidade perante coisas que pareceriam merecer mais fleugma.

A par de um certo "monarquismo" e de amar ter uma corte bajuladora, Soares tem, quanto a mim, umas bêtes noires nas quais projecta um ódio visceral e vesgo.~
O homem é "defeituoso", como todos somos, só que impacto dos defeitos dele é bem maior, por supuesto.

ana v. disse...

Manel, encolher-me não é muito o meu género. Faz-me essa justiça. Mas não estou em maré de guerras, e não acho que o Mário Soares e as suas atitudes de imperador na reforma valham o incómodo. Vê-lo fazer alianças com o Chavez não responde á tua pergunta? Ele teve sempre carta branca para fazer e dizer tudo o que quer, neste país. E tudo isso por conta de uma dívida antiga que temos para com ele, por ter lutado contra o fascismo e nos ter salvo do comunismo. Mas acho que todos nós já lhe pagámos há que tempos, com todas as honrarias e uma infinita tolerância em relação às poses de monarca e às exigências descabidas. Não achas?

ana v. disse...

Como vês, Manel, o Mário foi ainda mais longe do que eu. Eu chemei gagá ao MS, ele chamou-lhe defeituoso e irracional! Voilá.

Anónimo disse...

Estou esclarecido. Obrigado pelo esclarecimento - aos dois. À Ana porque lho pedi, ao Mário porque achou por bem facilitá-lo.

E como é bom vê-los de acordo !

Bjs do Manel

Anónimo disse...

Sorry, o anónimo acima sou eu.