segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Eu e a Maria casámos de facto... e gravata...

O Presidente da República vetou a nova lei das uniões de facto, considerando "inoportuno" que em final de legislatura se façam alterações de fundo à actual lei. Cavaco Silva defende, no entanto, na mensagem que envia à Assembleia da República a explicar o veto que são necessários um “aperfeiçoamento do regime jurídico das uniões de facto” e uma "discussão com profundidade" sobre a matéria.


Cavaco revela-se, dia a dia. Perdeu a equidistância que o mandato exige e que bem soube cultivar, nos primeiros anos, para se tornar num manipulador, não escondendo o desejo de uma vitória do PSD, provavelmente para poder ser ele a vestir o fato de PM de facto...

E se fosse contar o dinheiro que tem debaixo do colchão, ou procurar as escutas que não negou existirem (pelo menos, não admoestou publicamente o assessor que proferiu aquelas afirmações ridículas)? Parece um Eanesito, mas desfasado no tempo...

E, já agora, porque é que, em "final de legislatura", não se podem fazer leis? No final dos jogos não se podem marcar golos? Que raio de noção do que é a AR: há meses mais democráticos do que outros? Que grande novidade...

3 comentários:

Virginia disse...

Acho bem que se não façam leis que impliquem ainda mais o endividamento do pais, dado que os mesmos não vão lá estar para pagar essas dívidas imensas.
Quanto ao Cavaco, lembro-me do Sampaio, tremelicante e untuoso ( desculpa , mas é o que sinto pelo homem, lembra-me aquelas tiras de gordura de bacon à inglesa...e isto já vai da Escola Inglesa onde andámos com os Sampaios), sem saber o que fazer com o Santana, a planear um estratagema para pôr o Sócrates no poder, mas não o Ferro, que figura mais triste...e em fim de mandato.
Apesar de tudo o Cavaco tem mais presença e justifica bem as suas posições. Não se pode dizer Amen a tudo o que o Sócrates desvairadamente quer fazer neste fim de mandato. Se tem a certeza de que vai ganhar , para quê tanta pressa?????

PS. Sabes o que é um curso de vitrinismo??? Eu tb não e sou professora. Mais uma daquelas bojardas das novas oportunidades!!! Que gozo!

Mário disse...

Acho que a regulamentação das uniões de facto, dando os mesmos direitos civis sobre bens e heranças, empréstimos para habitação, acompanhamento hospitalar, etc, é uma urgência e não implica aumento de custos.

Se se admite que as pessoas possam viver em união de facto, então porquê deixar as coisas arrastarem-se? Moral? A moral pessoal do Presidente não pode entrar nas suas decisões políticas, pelo menos neste contexto.

Quanto ao vitrinismo, sei: é aprender a fazer vitrines de lojas e arranjos dentro das lojas, de forma a tornar mais inovador e apelativo para o consumidor. É um dos pilares para a comercialização e venda de produtos. Uma vitrine bem feita é, também, um deleite estético: quantas fotografias já não fiz de vitrines, especialmente à noite, com a iluminação, porque são autênticos quadros.
Pessoalmente, gostava de trabalhar nessa área.

Virginia disse...

Por acaso até sabia o que era o vitrinismo, tive uma amiga cuja filha se dedicava a fazer montras no Natal e ganhava algum dinheiro com isso. Duvido é que alguma pessoa hoje em dia faça vida desse modo, mas tudo bem, pode ser que as lojas falidas empreguem pessoas com esse curso para lhes arranjarem as montras, de modo a atraírem mais clientes :)

Não respondi ao problema das uniões de facto, que pessoalmente, não me preocupam demasiado. O meu -ex explicou-me muitas vezes porque é que seria injusto para os casais casados no civil gozarem dos mesmo direitos dos não casados, mas foi há tanto tempo que não me lembro dos argumentos. Sei que um amigo meu resolveu casar-se pelo civil porque a união de facto só lhe trazia prejuizo em termos financeiros e pessoais. Ainda está casado ao fim de dez anos e espero que continue...
Penso que não vem mal nenhum ao mundo se o Cavaco promulgar essa lei, mas nem sou casada ( ou antes até sou), nem vivo em união de facto, de modo que me é difícil decidir. Nem sequer sei quais são os pontos relevantes nesta matéria.
Quanto a outros documentos e decretos, acho bem que ele veja muito bem se é de irem para a frente se não, pois a maioria decidiu muita aldrabice que pode vir a ser prejudicial. Vejam-se os Códigos penais que estão uma desgraça, segundo TODOS os interessados.