sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

e tudo nos parece indiferente...



A Cãmara dos Horrores mundial não é só o Haiti. Ainda agora, na SIC, mostraram uma reportagem sobre a Suazilândia: metade dos adultos são HIV positivos e, a continuar assim, em 2025 não haverá adultos no país.

O Rei continua com grande fausto, absorvendo para o Palácio Real 18% do orçamento do Estado, enquanto apenas 8% são dados à Saúde.

É tabu falar de SIDA, e o preservativo é execrado.  A Igreja católica é conivente com isso, e os políticos nunca falam do HIV nos seus discursos. Mais de 30% das crianças são orfãs de pai e/ou mãe, e este número aumentará, neste país de um milhão de habitantes, criado artificialmente pela África do Sul racista, acarinhado por Portugal salazarista através de Moçambique, e local de festanças, caçadas e divertimento dos ocidentais.

Quase que apetece dizer: antes do Iraque havia muito país a invadir: volta Saddam, que estás perdoado!

4 comentários:

Alexandra Figueiredo disse...

É verdade. Também vi a reportagem e fiquei chocada com a realidade da Suazilândia, uma vergonha a distribuição do orçamento de estado...

Alexandra Figueiredo

Anónimo disse...

Foi o país onde mais medo senti ao circular a pé nas principais ruas da capital. Éramos um grupo razoável de europeus mas não conseguimos circular mais de 30 minutos, ou talvez menos. São sociedades que vivem debaixo de um medo permanente e sem recursos para reagirem a quem controla o poder!
Helena Freitas

disse...

Mário!!!!!!!!!!!!!
Finalmente encomputarizado de novo! Bastou alguma coragem para gastar umas massas e pronto, já posso cá vir de novo!
A desgraça no continente africano parece ser proporcionalmente inversa à sua beleza... E o "sistema moral" dos líderes é uma grande ajuda, sim senhor! E depois, claro, a cereja no topo não do bolo, mas no topo do monte de me... que são as sentenças e puros conselhos e veredictos católicos...
Amanhã vou à Lourinhã, almoçar ao restaurante Camelo, pelo 50º aniversário de casamento dos tios.
Se por aí estivesse, era o grande abraço!

miguel disse...

Parece-me que vi parte do documentário, hoje, domingo. Digo parece-me porque no pouco que vi: a única referência feita a Suazilandia foi através duma belíssima jovem, que era a miss local.

De qualquer modo, os jovens que foram filmados; a maneira de se vestirem; os penteados; a sexualização da dança tem parecenças incríveis com os jovens e as jovens da minha escola. Não fora um documentário com gente a falar inglês e eu diria que estávamos na Damaia.