Ainda a propósito do uso do cinto, Portugal é o único da UE na qual os condutores mais em risco estão ISENTOS de usar cinto de segurança.
Não lembra ao diabo, mas é verdade. Quando do pacote legislativo de 1995 (já a Lei anterior enfermava do mesmo erro), o sindicato dos motoristas exigiu a isenção, com o argumento de que "os taxistas tinham de entrar e sair muitas vezes do carro", e que portanto seria incómodo colocar outras tantas vezes o cinto. É o absurdo casado com o surrealismo.
Primeiro, não é verdade que tenham tantas entradas e saídas. Mas mesmo que tivessem, andam oito horas no trânsito, com tudo o que isso implica. Mas a cereja em cima do bolo são os motoristas de táxi que vêm de fora da cidade e que, ao verem o sinal que diz "Lisboa", "Porto" ou outra cidade, retiram o cinto, mesmo até que a via continue a ser do tipo de auto-estrada.
E que fosse um sindicato a propôr um maior perigo para os profissionais, e que passados 15 anos, nem governantes, nem Prevenção Rodoviária, nem os próprios motoristas tenham feito qualquer acção para mudar as coisas, é verdadeiramente extraordinário!
Da mesma forma, os polícias também estão isentos, com o argumento de que têm de fazer perseguições. Certo, mas então quando andam a passear e a fazer a ronda? Não deveriam usar cinto? Além dos profissionais mais em risco, também os que deveriam fazer cumprir a Lei estão isentos de a cumprir...
3 comentários:
Os taxistas não saem tantas evzes como isso dos taxis...normalmente estão sentados à espera do cliente. Nunca os vi usarem cintos , nem sequer obrigam os que vão à frente a usá-los, mas os meus filhos pôem sempre os cintos quando lá vão.
Atrás é que nem por isso....
Tem toda a razão Dr.
Outro dia vi um acidente que envolvia dois carros: um da polícia e outro “civil”. Como não levavam cinto dois dos três polícias tiveram ferimentos ligeiros nas cabeças e coluna e acabaram por sair do local em ambulâncias.
E o transporte de crianças nos táxis Dr.? Sem cadeira e sem cinto? Recorro a este meio de transporte algumas vezes entre o St. Maria e o Estádio Universitário. Só uma vez encontrei um táxi que possuía um banco especial que após umas “manobras” do taxista se transformava num banco especial para criança. Foi tão confortável a viagem para ela, para mim. Não deveria haver regulamentação neste tipo de transporte?
Obrigada,
Susete
Lá venho eu mais uma vez ser do contra! Mas, desculpem, qq regulamentação para táxis só deve existir qu os Pais cumprirem a q existe. E não me venham dizer q cada vez é menor o número de crianças que anda solta nos bancos ou, apenas, com o cinto de segurança qu ainda deviam andar com a cadeira. Isso não é verdade! Basta ser-se observador! Aliás, há até situações em que no carro dos pais têm cadeira mas no carro dos avós não. Justificação: “Ah, não é preciso é uma viagem curta e até não é todos os dias …” Se quiserem, proponho-me fazer uma estatística e vão ver que encontro uma situação, pelo menos, uma vez por semana. Têm é que acreditar em mim… E olhem que não são pessoas da classe média/baixa.
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