domingo, 3 de janeiro de 2010

grande Leopoldina!


Pode-se gostar ou não da personagem, mas uma coisa é certa: a Missão Sorriso, liderada pela Leopoldina e patrocinada pelo Continente, conseguiu distribuir pelos serviços de pediatria do País, uma série de equipamentos que os hospitais e o Serviço Nacional de Saúde não conseguiam dar. Com as consequências positivas que daí advêm para as crianças internadas e assistidas nesses serviços.

O espírito social das empresas é sempre de louvar, tanto mais que feito através da alegria dos mais novos. O Continente estás de parabéns. E é bom que se diga isto.

PS. ainda ontem, no telejornal, vi uma reportagem sobre o apoio de "uma cadeia de supermercados" a uma orquestra de crianças de bairros degradados da Amadora, que num ano aprenderam a tocar instrumentos de orquestra e fazem digressões nos supermercados desse grupo. A jornalista omitiu o nome, porventura por receio de estar a fazer publicidade. Se foi por isso, é lamentável!

8 comentários:

miguel disse...

Devo informar que esta orquestra de " jovens de bairros degradados ", se é a que eu penso, é um caso sério de experiência de inclusão bem-sucedida.

Conheço bem a Amadora: trabalho lá há muitos anos; vivi lá; "vivo-lhe" coladinho .

Há muito, mas muito a dizer da Amadora. O que me faz confusão, no entanto, é o carácter ultra-periférico que esta cidade ocupa no imaginário dos lisboetas quando é "coisa" que, menos que periferia, faz já parte da própria capital.

Sendo que , como alguém disse, a tolerância é por vezes o alibí da indiferença, no caso dos lisboetas não se pode falar sequer de indiferença em relação à Amadora mas de um quase xenofobia - " de trazer por casa ", evidentemente.

Nada mais injusto, como é injusta, aliás, a sociedade socialmente estratificada.

Virginia disse...

A ideia talvez tenha vindo das orquestras juvenis da Venezuela, que resgatam as cranças das favelas e lhes dão música, instrumentos e razão de viver. Tenho acompanhado o percurso do Gustavo Dudamel, que é o expoente máximo do entusiasmo e da generosidade nesse campo. Porque não dizer o nome do supermercado? Deviam dizer alto e bom som. Alguém faz alguma coisa!!

Quanto à Amadora acontece o mesmo que aqui, em relação a Gaia ou a Matosinhos. São cidades com dinheiro, fachada, praias, prédios luxuosos, etc. mas o Porto cidade recusa-lhes o beneplácito, pois chama-lhes dormitórios. Um apartamento em Matosinhos é mais caro que no centro do Porto degradado, mas isso não vem para aqui chamado. Matosinhos é sempre periferia (onde não me importava de viver, junto ao mar...)

Mário disse...

Miguel e Virgínia - há bairros (agora cidades, como também Odivelas) que continuasm a as a "porcalhota", como era o nome dado antigamente à Amadora.
Esta orquestra, praticamente toda composta por membros das "minorias étnicas", reune crianças dos 5 aos 14 anos, mais coisa menos co0isa, e o entusiasmo das crianças é bom de se ver.
Também concordo que o nome do supermercado deveria ser dito - e se foram eles, patrocinadores, que não desejaram, a locutora deveria mencionar essa opção. Mas não. Aliás, ainda no outro dia, na SIC, no programa onde vou, um dos entrevistados disse que tinha dado uma Nintendo ao filho e, imediatamente, houve um gesto de censura porque "não se podem dizer nomes comerciais na tv" - ridículo, porque o que lhe tinha dado era mesmo uma Nintendo!

Jennifer disse...

Olá Dr. Mário!

A orquestra a que se refere chama-se Orquestra Geração Dolce Vita e foi criada no âmbito de um projecto de responsabilidade social do Grupo Chamartín Imobiliária, proprietária dos centros comerciais Dolce Vita.

De facto esta ideia teve subjacente o conceito já existente na Venezuela, tal como já foi aqui referido.

Mais concretamente este projecto está ligado a abertura do Centro Comercial Dolce Vita Tejo, e resultou numa parceria entre a Chamartín Imobiliária, a Escola de Música do Conservatório Nacional e da Associação Unidos de Cabo Verde, com o intuito de proporcionar formação musical a 93 crianças do Bairro do Casal da Mira, na Amadora.

Em Maio deste ano assisti ao primeiro concerto desta orquestra e fiquei impressionada com o desempenho destas crianças, o que demonstra que as crianças precisam de oportunidades destas para brilhar!!!!!

Virginia disse...

Os Dolce Vita são propriedade da SONAE, não são? O daqui foi considerado o melhor centro comercial da Europa e é lindo. Já lá fui várias vezes em dias da semana e pasmo com a tranquilidade e beleza que este centro nos transmite. Não gosto muito de centros comerciais, mas devo dizer que este é especial. Se assim for, a SONAE está de parabéns porque o Continente tb é deles.
As crianças têm apetência para a música e devia ser obrigatório ensinar-lhes na escola - não só no básico, mas para além disso - cultura básica de música, não só bandas, mas também música clássica e composição. Nas escolas alemãs - no colégio cá - os miudos que querem tocar podem levar o instrumento para casa durante dois anos. Foi assim que o meu filho João começou com a flauta, chegando a tirar o curso completo no Conservatório mais tarde. A Música lá é obrigatória até ao 12º ano!!

Anónimo disse...

OS Dolce Vita são propriedade da Chamartin e do Grupo Amorim.

A orquestra é por ele patrocinada e, pelos vistos, com grande sucesso social e musical.

Era tão bom que outros grupos comerciais (incluíndo os bancos com milhões de lucro) seguissem o exemplo...

Deve também ser referida a Campanha da Popota do Modêlo (esse sim Sonae) que consegui anagariar 1 milhão de euros.

Mário disse...

Jennifer - obrigado pelo esclarecimento.

PhilA Popota é uma delícia, e a campanha dela é outra a que me irei referir. Até porque a minha neta a dançar a música da Po-po-po-pota é extraordinário!

Virgínia - estou a ler um livro do Daniel Baremboim que mostra bem como a música é a chave de tudo!

Vale a pena, também, referir a Jerónimo Martins, para mostrar como é possível uma empresa ter espírito social - a Fundação que criaram e que é presidida pelo António Barreto tem princípios muito nobres.

Pena é que os partidos políticos só criem juventudes serôdias, movimentos de mulheres despeitadas e de sindicatos labregos e cristalizados. Todos eles, graças a deus!!!

catuxa disse...

É óptimo quando as empresas investem nestes projectos que, embora tenham subjacente o marketing, beneficiam também quem precisa e sensibilizam as pessoas para as causass e as potencialidades que existem. E as pessoas gostam de contribuir para estas campanhas. Faz bem a todos.