quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

valha-me São Silvestre!



O Miguel Leal, nosso Leitor e "Comentador residente", é também um maratonista de primeira gema.
Temos tido várias entusiasmantes conversas sobre as virtudes de correr, com as inerentes bolhas nos pés, calos nos dedos, suar que nem um cavalo e quase ser internado depois de percorrer km e km à chuva ou ao frio (isto sou eu a falar, claro..., já que prefiro passear e andar do que correr).

Mas, ao ver a cara dele nesta chegada da Corrida de São Silvestre, fico a pensar se ele não terá toda a razão, e se o aspecto de zombies pedrados com que estão, ele e o colega dele, não será espelho do nirvana de tantas endorfinas libertadas naquela correria toda...

Miguel: a trip foi boa? Estiveste numa high? Olha, facultaste-me as fotografias e disseste para eu fazer delas o que quisesse... aqui estão. Um abraço.

9 comentários:

miguel disse...

A questão que s poe em ralaçao a estas fotos tem a ver com aquilo que aparentemente elas parece representar: um atleta - guia e um atleta cego - correm geralmente braço com braço, reprodução exacta daquilo que se passa na foto.

Ora nem eu nem o ilustre desconhecido que a mim se colou , somos cegos ou amblíopes. Mais: não nos conhecemos de lado neenhum. Mais: não me lembro da situação , muito menos daquela troca de olhares com o seu quê de ameaçadores. Mais: nada me move contra o homem, bem antes pelo contrário. Mais: sou um deles sim; não são gémeos siameses.

Concluíndo: as fotos configuram o equívoco perfeito!

A amnésia só poder ter uma explicação: terminamos uma prova muito pior do que aquilo que julgamos estar.

A fraternidade entre os atletas é um facto que acontece institivamente, mais uma conclusão decorrente destas fotos. Donde se concluí, por sua vez, que os princípios da revolução francesa se cumprem plenamente no pelotão de amadores.

Viva a corrida!

joaopedrosantos disse...

Está engraçada a situação. Já eu planeio aparecer na de Março na ponte sobre o Tejo. Ando desejoso de tentar uma meia-maratona, mas ainda nem sequer comecei a intensificar o treino de corrida pelo que não sei se não me ficarei pela mini. De qualquer forma, o que interessa mesmo é que correr é fantástico, manter aquela ambição de nos superarmos a nós próprios e de aumentar a nossa capacidade de sofrimento é um excelente motor e motivo para uma boa corrida. Respiramos melhor, sentimo-nos mais relaxados e bem dispostos, só não sei porque não o faço mais.. Ai, preguiça...

miguel disse...

Para correr, é necessário começar, o qque custa. Depois de se começar, é necessário manter, o que custa. Depois aparecem as lesões , o que custa. Depois vêm as meias-maratonas, o que custa. Depois chamam-nos malucos, o que custa. Depois é necessário continuar a treinar , o que custa. Depois, há o calor e o frio, o que custa. Depois tem que se pensar em treinar para uma maratona, o que custa. E tudo o mais que se possa imaginar

MAS QUE DÁ UM GRANDE PRAZER, LÁ ISSO DÁ.

Porquê, não sei.

( e respiramos melhor e ficamos eufóricos, e não ficamos doentes,e ficamos mais magros, e viajamos e convivemos e vivemos por objectivos e..)

Virginia disse...

O berbicacho é que fiquei sem saber QUAL é o Miguel!!
O da direita ou o da esquerda?

Só posso dar opinião depois de me facultarem essa info importantíssima!:))

Mário disse...

O Miguel é o de azul m ais escuro e calções castanhos - mas diria que a fotografia carece de um assessor de imagem, com o devido respeito...

Quanto à descrição do Miguel, das diversas fases da corrida, creio ser muito figurativo. Só se explica o "amor à pátria", ou por masoquismo, o que acredito que não seja o caso, ou por toxicodependência. É, a sério. As endorfinas são morfinas poderosíssimas, tão fortes que aquietam, dão bem-estar, sensação de plenitude, analgesia, vontade de adormecer tranquilamente, e há quem diga que até podem dar orgasmo depois de 42 kn de corrida!

miguel disse...

Confirmo, por experiência própria, o manancial de efeitos que as endorfinas causam e que o Dr. Mário enumerou.

No entanto, e justiça lhe seja feita por o ter referido,não há evidência científica de que a segregação brutal de endorfinas ocorrida durante uma maratona, dê orgasmo no momento ou nos momentos após a chegada.

Pessoalmente não tenho conhecimento de qualquer caso. O que consta nos "mentideros" do grande pelotão do atletismo amador é a ocorrência de um orgasmo triplo masculino numa relação sexual ocorrida minutos após uma prova de 42,195m , após o qual o referido atleta terá sido internado com sinais evidentes de esgotamento e alguns de sandice irreversível.

Repito, é o que consta.Mas apreciem aqueles dois a chegar à meta e cogitem sobre se se pode ou não acreditar naquilo que eles possam dizer.

Mário disse...

Aquela do orgasmo era tanga para ver se o Miguel se descosia e concordava... mas afinal acabou por nos revelar o que andam lá a fazer em grupinhos... em véspera da aprovação do Decreto-Lei na AR, é no mínimo suspeito...

Virginia disse...

Juizo, mano!
Insinuações malévolas acerca de dois maratonistas corajosos e esforçados vindas dum "indivíduo" que só quer sofá e descanso não são dignas de meus familiares!! Eu assumo que corro todos os dias do sofá para a cama e vice-versa...e mesmo assim já sofro de artrose no joelho!
Haja respeito por quem é capaz de se endorfinar (?) por uma causa.

miguel disse...

Adenda ao meu último comentário: onde escrevi "relação sexual ocorrida minutos após uma prova de 42,195m " deve ler-se ""relação sexual HETEROSSEXUAL ocorrida minutos após uma prova de 42,195m "

:)