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A sua principal arma, a arrogância, derrotou-o. Não as políticas, porque algumas até estavam certas. Foi uma derrota pessoal e é isso que me dá particular gozo!
O mesmo homem que ameaçou e perseguiu, no verdadeiro sentido da palavra, quem defendia uma vacina que, três anos depois, anunciava com pompa e circunstância ter introduzido no Programa de Vacinação "para salvar vidas"; o mesmo que pôs processos disciplinares, demitiu ilegalmente, colocou especialistas de um grupo etário a tratar do oposto, com gabinete numa casa de banho (autêntico!); que manipulou jornalistas ao ponto de estes, em tribunal, confessarem como foram pressionados e coagidos para dizerem mal e caluniarem quem, afinal, defendia o que o senhor ex-ministro acabou por achar que era muito bom, finalmente foi corrido, mesmo que, na versão oficial, "a pedido dele".
Diz-se que a vingança se serve fria, e é verdade, mesmo quando é por interposto Sócrates - já se dizia na Grécia que a arrrogância era o único pecado não permitido pelos deuses.
CC caíu. O ministro que também gostava do conceito "jamé" (já se preparava para inaugurar o hospital pra o qual lançou a primeira pedra há dias!!!), pode ir agora perguntar ao ex-colega se é na margem sul que fica o deserto que terá de atravessar. A menos que prefira candidatar-se a presidente da Junta de Freguesia da Anadia.
Entra Ana Jorge, colega pediatra, e a enorme esperança do regresso das políticas de Maria de Belém e de Constantino Sakellarides (que neste momento ocupa o cargo, na Escola de Saúde Pública, que CC deixou quando foi para o ministério, depois de também ter sido altamente incorrecto para Sakellarides - o homem é assim, o que se há-de fazer...).
É nestas (só nestas) alturas em que acredito que haja um deus justo!