Apesar das constantes descobertas da neurociência, durante muitas décadas pensou-se que só utilizávamos 10% da nossa capacidade cerebral. Aliás, os “10%” foram um pouco inventados, para expressar, no fundo, a ideia de que dávamos uso a muito pouco do cérebro, e que muito mais haveria de se descobrir, para além das capacidade humanas que se esperava virem-se a revelar.
Foi exactamente há 100 anos que esta ideia teve lugar. Actualmente, sabe-se que se usam múltiplas partes do cérebro, com funções melhor ou pior conhecidas, mas que não se trata propriamente de usar uma parte e a outra (neste caso a esmagadora maioria) estar “em silêncio”, inactiva.
Que realmente o cérebro tem uma plasticidade até agora pouco compreendida, é verdade, o que permite fazer uso de “planos B e C” quando de lesões que alterem alguns neurónios ou vias neuronais. Daí a importância da rehabilitação e da estimulação precoces.
Por outro lado, os estudos com ressonância magnética funcional permitiram ver que, para uma dada tarefa, se “acendem” partes do cérebro muito distantes e que não fazem parte do que se supunha ser um grupo funcional único.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
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