quarta-feira, 15 de outubro de 2008

já que se falou ontem de fraldas

Antes de 1961, as opções não eram muitas: só havia fraldas de pano (algodão) as quais, em média, podiam ser utilizadas entre 50 a 100 vezes.


Mas as “descartáveis”, primeiro apenas de papel, depois incluindo já a parte plástica e materiais super-absorventes só verdadeiramente começaram a ser usadas nas duas últimas décadas.

Se as fraldas de algodão têm problemas, não apenas práticas para os pais mas de infecção nos infantários (20 vezes mais), além de poluirem e contribuirem para os problemas ecológicos decorrentes da cultura do algodão, as descartáveis causam menos problemas ao bebé ("rabo assado") mas infectam mais os lençóis de água freáticos e demoram muito tempo a biodegradar-se. O uso de "fraldões" está a desenvolver-se em muitos países.

E aqui ficam alguns dados, para vosso gozo:
Quantas fraldas usa, em média um bebé até aprender a usar o bacio?
- cerca de 5.000

Quantas fraldas é possível fazer a partir de uma só árvore?
- cerca de mil

Quantas fraldas serão necessárias, por ano, para a população infantil portuguesa?
- cerca de seiscentos milhões por ano (um número assim: 600.000.000)

Quantas árvores é preciso cortar para tal?
- cerca de seiscentas mil. Só cada criança "gastará" cinco árvores!

Quantos anos leva uma dessas árvores (abetos) a crescer?
- cerca de 75 anos. Cada criança “gastará” assim 375 anos de árvores – mais de cem anos por cada ano de uso.

Quanto custa a um bebé (ou aos pais!) o uso?
- 1500€... ou seja, 1,5€ por dia

E quanto é que isto envolve, no País, por ano, em termos de negócio?
- cerca de 200 milhões de euros

5 comentários:

Anónimo disse...

what happened to the other one?

miguel disse...

A propósito mesmo: este é daquelas problemáticas para as quais não devemos cagar!

Anónimo disse...

Usar ou não usar já não se pôe. Nem quero lembrar o que passei nos anos 80 com dois filhos a usarem fraldas - dos 0 aos 3 anos. No infantário habituaram-nos bem a partir dos 15 meses, deixavam as fraldas de dia....
A máquina de lavar avariava e as fraldas eram lavadas na banheira, secas num secador, um horror...o cheiro, a porcaria.

Benditas as fraldas descartáveis, os rabinhos sequinhos.....

Palntemos árvores. Cada casal deveria plantar cinco árvores por menino e assim se tornava mais sutentável....:)))

Plantei várias em Chaves, onde tinha só um menino...ainda lá estão no jardim da casa de magistrados....nespereiras e limoeiros.

Tempos que não voltam, nem deixam grandes saudades. Os rabinhos agradecem.

Virgínia

Anónimo disse...

Mais um facto:
Em média, um bebé polui mais o planeta, com as fraldas que gasta no período em que há necessidade disso, do que um etíope em toda a sua vida.

Mário disse...

Used: o outro está nos comentários à Entrada das cadeirinhas

Miguel: absolutamente de acordo.

Virgínia: vivi as duas gerações e, do ponto de vista prático, as descartáveis são óptimas... mas 600milhões é muita coisa.

João Pedro: a questão ambiental é muito mais grave do que se pdoe pensar, até porque, além do plástico, há a libertação de dioxinas nas lixeiras, resultantes da polpa de abeto com que é feito o material absorvente.